PAIXÃO E SEUS RAIOS
Arrepia a pele
O sono afasta.
Enlouquece o salutar
E o que importa a verdade
Faz-se dos complexos medonhos
É um sacode a poeira
Para viver o melhor de sua sina
Revolução da fênix com Jaz
Nessa insônia
que te pede
Respira e de um basta
Porque há de embarcar
Inibindo até a vaidade
Na noite que não é mais dono
Nem dos sonhos dessa ribeira
Que lhe banha assim como atiça
É o tudo dentro do Nada
Uma coisa que ferve
Um querer que
cata
Faz io-io com o ar
Ao reconstruir os rombos
Abertos em nossa passagem
Aquecido pelo fogo
Revê uma existência inteira
Que avariam sua estima
Ilumina tudo que é capaz
E que por ela intercede
E chega como
tapa
Que leva a rebolar
No melhor do que somos
Nessa idônea vadiagem
Liberta-se do engodo
Nessa vida derradeira
Desperta o que fascina
Amortecido fugaz
Assim interfere
A sensualidade vinga
Abatido de tempos atrás
Pelo estigma que te fere
Respira o novo
Que abranda a soleira
E ter o vale de cima
E a diferença que faz
SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803