ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

quinta-feira, 20 de abril de 2017

OLHAR DA ESQUINA



 OLHAR DA ESQUINA
O fogueteiro da noite
Adormece as narinas
Suspiro quando brisa
Abre alas a  entrar
Assim raposa ligeira
Conduz a fonte
os ratos sem ratoeiras
para ter o que cheirar
Na boca da noite
Que seu alerta virá
quando caça virar
O gosto mesmo
e ver o que passa
Farol da quebrada
Dentre os salves
e “parcas” da praça
A o vigia  da moto
e seus periódicos apitos
Conforto ao sossego
mostra que a noite
não fica  sozinha
e palco do medo
com tantos encantos
e outros nem tanto
Só a noite já não é só
Tem seu movimento
e sua arte orquestrada
Sob um divino silencio
de infinitas noites
e lua enamorada
de poesias e mistérios
E as matilhas ladram
para outras de longe
é que o eco há de levar
E o contratempo
surge em contraponto
como a batucada
do clássico  menestrel
O malandro de terno branco
Afasta maculas das esquinas
com seu toque de maestro
coreógrafa os fósforos
sapateiam dentro da caixa
sua melódica serenata
para a noite passar
SÉRGIO CUMINO – O POETA DE AYRÁ

Nenhum comentário:

Postar um comentário