LORDE BOB
Pelas ruas abandonado
Perdido e maltratado
Nas veredas da
história
Em passos mancos
È uma pata quebrada
Machucou na escada
Essa bola de algodão
Cão velho abatido
que ninguém quer
Por um cesto é acolhido
A casa de animais
perdidos
O que conforta a
prosa
Que há louco para
tudo
No balanço da rede
virtual
Uma mulher fez gosto
Pelo cão velho
enjeitado
Adiantou a adoção
Claro que há
reflexões
Que vão à linha
contraria
Já este avelhantado
não serve para nada
Desanimado e
deprimido
O retiraram dessa
ilha
Deram a ele um
parceiro
novo ainda moleque
arteiro e serelepe
carinhoso e amigo
Cão velho desperta
A vida e o gosto
Fica mais moço
Com a nova família
Cada qual dá o que
pode
O amor que o acolheu
Somado o que viveu
Deu-lhe o titulo
De Lord Bob
E seu arteiro
escudeiro Marley!
SÉRGIO CUMINO –
OBSERVATÓRIO 803