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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

FABRICA FECHOU


FABRICA FECHOU

 Fabrica fechou
Aborto honorário
De sonhos modestos
De poder respirar
A casa caiu
Fugiu por aí
No colo operário
O que fala pro credor?
O moço da perua?
 Fabrica meu Deus
Tenho criança pequena
E que conter as lagrimas
O espanto estampou
O afago do melhor abraço
Cúmplices da desilusão
Os pegou de surpresa
 fabrica com dor
Que não escolhe
Chão de Fabrica
Gabinete gestor
O estampido voraz
Patrão e empregado
Sentiram a porta que fecha
Quando a Fabrica fechou
Num único nó entalado
portanto inconformado
- o tanto que a gente lutou!
A pergunta que não calou
Agora para onde eu vou
sem fabrica para ser chão
alicerce da corporação
como chegar ao paraíso
em tempos de recessão
e as lastimas do comércio
obstáculo de todo acesso
a fecha de desidratação
um golpe na estima
tanto que declina
que a fabrica ficou sem chão
SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

domingo, 29 de setembro de 2019

DIÁRIO DA RESENHA


DIÁRIO DA RESENHA

A rima  ecoa noutra conjuntura
Reverbera por onde lança
Nem sempre há empatia
Quando o medo ama
Tende musicar um conceito
Separando o justo do ordinário
Singulariza a batuta na vida
Sinalizar seu litígio eleito
Dialogar com atos falhos
E tudo aquilo que intriga
E componha seu jeito

Escutar as verdades da loucura
Hora Quixote outrora Sancho Pança
Chega a elevar sua poesia
Compor sua caravana
 amor ao rancor com efeito
de acordo com calendário
e o acaso e ações atrevidas
e as esperanças dos cortejos
por falsos atalhos
em veredas bandidas
de pensamentos estreitos


Norte quando desestrutura
É desabafo na folha branca
O palco  de alma vazia
Qual roteiro de melodrama
Nesse estado de direito
Libertar pelo querido diário
Todas as  liturgias reprimidas
Qual for seu seminário
Quando a fé ensina
De um suspiro rarefeito
Busca novos faros
na dialética em sua sina
e resgate o sorriso do peito

SÉRGIO CUMINO – Poetiza-se na Poesia da Paz

sábado, 28 de setembro de 2019

NAZISMO TUPINIQUIM

NAZISMO TUPINIQUIM 
Foi numa primavera
Que a sensibilidade cutucou
Mulheres de vida marcada
Pela assinatura que inaugurou
Sabe o que adoça e amarga
e serem muitas em sua lida
lindas de contos de fadas
saltos e passos da bela
Sobrevivente dessa esfera
Tem história cada resenha
Chibata para cada raça
Esperanças que se revelam
Estigmas e conquistas
Contrapondo patriarcas
Emponderár- se também pudera
Ninguém solta a mão de ninguém
Deram ouvidos ao coração    
Disse a elas que Elenão
Feministas e femininas
E vice e versa
Não se esconderam com a culpa da sina
Foi logo dando força a rejeição
Sem pretexto pela preleção
Meu corpo minhas Regras
Como arautos da afirmação
Dão sentido as vontades
E direito a beldades
Nas praças em poética procissão
Seja intuição feminina
Ou realidade sem redenção
Prognostico sociológico
o manifesto que previam
o capitão nefasto
feito aquele do mato
e seu orgulho de servidão
passa dignidade em revista
De tempero misógino
Sabe ventre como revolução
Contra abusos sexistas
Esteja onde estiver
Instinto de sobrevivência
O sagrado se refina
Como mitos de mãe áfrica
Arquétipos das Deusas
E todas as diversidades divinas
e as preciosidades para ser Mulher

SÉRGIO CUMINO – Poetiza-se na Cultura da paz

terça-feira, 24 de setembro de 2019

AGATHA UM QUARTZO DE SANGUE

AGATHA
UM QUARTZO DE SANGUE

Não era seu ponto final,
Há uma sina de provisão
suspiro repleto interrogações
o mundo se abre a criança,
 menina empoderada
de alegria de ser esperança
que revela seus sonhos
aflorando a cada primavera
fecha-se com tiro que exclama
com a bélica  interrupção
com toda ilusão 
que cabe as reticências
 vai alem de dois pontos
acolhida de amor entre parênteses
em formato de ninho
roga a Deus sabedoria
a jornada a cada dia
família e suas bonecas heroínas
todo tipo de carinho
todas as cores de quartzo
como sonhos de arco-íris
transforma a vida bela
em cinza como travessão
maldade institucional
intolerância as raças
pelo terror branco de “bem”
vôo do condor e fuzil
espalha dor sem aspas
como chuva nas favelas  
 a separa pelo ponto e virgula
não é uma pausa total
uma moderação
pela próxima execução
deveria ser uma virgula
e seu baixo grau de coesão
alimentada pela Resiliência preta
não justifica sua interrupção
o que mais apavora
altera o período da vida simples
a linha tênue que se rompe
de balas doces, pela de pólvora
Da governança entre colchetes
que surge como tocaia de pobre
Agatha assassinada numa Kombi
E quantas a caminho da escola,
A indignação se instala
Manchou suas cores
com sangue da impunidade
todo dia novo enterro
É Estado que retalha
o povo que degola
um suposto plano de governo.

SÉRGIO CUMINO – Poetiza-se na Cultura da Paz

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

OLHO DO VULCÃO

OLHO DO VULCÃO 

Arde e ofusca a visão
De todo processo
Da vida vivida
Angustia a revisão
Reviravolta na sina  
De onde foi vacilo?
Nas chamas da paixão
O mergulho querido
E tudo que conflita
o âmago  em explosão
como julgamento perpetuo
espiral sem fundo
para onde vamos então?
Se a liberdade é um espectro
Estima rala a baixo
Sobra o consolo dos aflitos
Proselitismos da exclusão
O que se ouve de direitos humanos
Melhor darmos as mãos
Na situação não confio nem um pouco
Entra por um pavilhão
E se despede pelo outro
E a parte que me toca
Discurso da evasão
Para os sem assuntos
E a dialética da empatia
Sem nossa participação
Subterfúgio oficial
Onde a vida não importa
Para dizer, não há solução
Descaso de milícia
E vida sem condição
Delírios fundamentalistas
Gestão de barbárie
Imobilidade dos caminhos
Ódio em provisão
Encontro com medo eleito
Essa paralisia pede perdão
Um socorro engasgado
Dentro desse tufão
Faço parte desse fogo
Que queima em dimensões
Deus e o diabo reunidos no inferno
Desdenham do  cognitivo
Teste de valores
Que subverte a razão
Murmuro de amizade
Perfura esse vulcão
Que nutre a condição
Mentiras de resenhas
Que vem toda virtual
Enfarta a razão
É na cinza da fênix
Que damos o primeiro passo
Dos caminhos de Ifá
A alegria poética da ilusão

SÉRGIO CUMINO – Poetiza-se na cultura da Paz

domingo, 15 de setembro de 2019

MELODRAMA MODERNO

MELODRAMA MODERNO
clímax do suspense
um desenlace regresso
que abala o cronometro
Sinto o sopro da angustia
Rosnar nos pensamentos
Sádico me aporrinha
Com termino de ciclo
Como sombra terrorista
Esquinas escuras do centro
Especialidade cognitiva
É a desordem cientifica
Para manter desnorteadas
Almas torturadas
Lançado ao incerto
E os medos Ca dentro
Subverte provérbio
Da vida provedora
o que se aproxima
sairá  de uma porteira
envolto por uma poeira
e sob nuvem escura
paralisou a mobilidade
 o julgo da alma impura
o que vem desse terremoto
chega determinado
consome e rebenta
Não se sabe  abismo
Que representa futuro
Apelo ao instinto
Expectativa do epílogo
E seus tempos verbais
Sonhos do prelúdio
Tem de remate pesadelo
a força que virá de mim
Rogo que cheguei ao talo
qual o desfecho operado
o grito de socorro
entala na invisibilidade
escorre como lagrima
 perde-se no cinismo do estado
destino sem caminho
e subjugado a censura
imprensa passa um pano
Demência do opressor
Não há tempo relativo
Na cultura do descaso
Civilização do atraso
Vejo-me entregue
A dialética da barbárie  
No protocolo do despejo
Ao palco da nulidade
A rua imunda
 adoece a humanidade;
SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

sábado, 14 de setembro de 2019

LOURO NO CORPO


LOURO NO CORPO


Cúmulo do insuportável
A desculpa de tolo
O tal louro no feijão
O tempero  destempera
Até um relacionamento
Quem não saboreia
feijão bem temperado?
de resto só alegria
não quer significar
em absoluto afirmar
tristeza sem delongas
se mostrou ar da desgraça
gritando na boca estomago
louro excelente para digestão
encontramos por ventura
obstáculos difíceis
assim protege a pele
relações tóxicas
previne o corpo e alma
de pronto antiinflamar
e todo mal que afere
para poder amar
e com sorriso emergente
para trás o vacilo
das crises cíclicas
diz estar pronta para outra
o amor esta a mesa
retoma alegria do chocalho
feijão e latinha de ervilha
a primazia do  temperado
de cultura da grande ceia
insiste, louro como laranja
não retome o jubilo
insiste na teimosia
desculpa furada
julgado que o Louro
acabou com poesia
tolo se perde da visão
ladrões de paladares
de todo tempero da vida
diversidades integradas
fica com alegria contida
feridas estigmas lavrados
azeda qualquer caldo
mal sabe para esse estresse
chá de louro para ansiedade
esta na paz de espírito
o caminho a vidas saboreadas
e seus temperos mágicos
Portanto deixou de ser
Para ser louro de tolo.

SÉRGIO CUMINO – Poetiza-se Na Cultura da Paz


quarta-feira, 11 de setembro de 2019

REDENÇÃO MEDIADA


REDENÇÃO MEDIADA


Novos ares que aspira
Afrouxa o que oprimia
Dilatou o tônus da raiva
É a faísca de  presente
a virtude se fez cadente
assim com prudência
em seus medos adentra
A presença do amor
Nas penumbras de cada alma
Agora irrigada; melhor a pele
Que desfere feridas
Como cura sagradas
Carcaça que relaxou
De tantas tensas paradas
Signos e os fluxos fluviais
Fé nas mães de mares
Força  das mães de maio
Assim como os sábios
Por ações não vangloriam
Com seus dons de mediador
O amor a paz o faz redentor
Retenção dos náufragos
Perdão aos obstáculos
E receba sem discriminação
É de todos  a navegação
Dessa vida não precisa
Onde as carências
A fome e suas estéticas
são mais poéticas
Que toda sua poesia
Alvos fracos do universo
É uma constelação de anseios
Quando se conjuga o dar
Afirma seu modo genital
Céu que esta em voz
Paradoxo do tempo
Porem esta alem
do que imagina ser
quais forem os padrões
que impediam de acender

SÉRGIO CUMINO – poetiza-se na Cultura da Paz

ANJO PERDIDO


ANJO  PERDIDO

Não deprecie  sua luz
Somos fulgor e sua ausência
O senso e contra censo  
Dedo que desliga interruptor
Desafio a percepção
Vem de si, é quem produz
Seu Buda, seu cristo, orisá
Esta nas suas células
é cultura molecular
Algum nuance percorre
Como se quisesse te avisar
Da a palavra generosa
Construída na intuição
Luzente adentre
Pronuncia etérea
ao ar que respira
de olhos estatelados
absorto com sistema
que afundam o sistema
são preceitos abjetos
e difere de cada agora
 algoritmos e seu duplo
fechadura de cada chave
que reserva o destino
que pode chamar de seu
saberá ser reluzente
quando entender o inferno
persuasão cética de um ateu.

SÉRGIO CUMINO – Poetiza-se na Cultura  da Paz.

domingo, 8 de setembro de 2019

PALMAS A REFLORESCER


PALMAS A REFLORESCER


Mãos abertas a doar
Interagi com o universo
Propósitos ilimitados
Poesia da satisfação
Transborda a xícara vazia
Que encheu com amor
As mãos que recebem
Abraça a conexão
Alavanca a convicção
Movimento da generosidade
Alem do bucólico prazer
o que por vir florescer
Somando a força e o apego
Da graça ao metabolismo
Fotossíntese a sua pele
arrepio anuncia pelos
instigados erguidos
quando o amor roga
além das normativas
é o poder curativo
mediador das relações
semelhança sistêmicas
afere as interesseiras
de egoísmo obsoletos
cada passo doado
gera horizonte novo
uma vereda constelar
o afago de irmão
Construído no amigo
Restaurado no perdão
espécie de cordão de umbigo
faz do universo, dimensão
Por sua mão um novo sentido
Sentidos se dão as mãos
Esperança em ebulição
Autoflagelo se rende
Ao caminho pedido
Que a corrente atende
Movimento recoloca
Nessa caminhada cíclica
Outros sentidos e tréguas
Experiências a jornada;

SÉRGIO CUMINO – Poetiza-se na Cultura da Paz