CORAÇÃO NO ARQUIVO
Pensamento na direção exata
sonhos de passos seguros
a lua, terra e boca úmida
estão dispostas na pasta azul
corredor seis
arquivo morto
desejos retirados com raízes
desidratados com raiz quadrada
Amar deleite de literatura
e depois delete
enquanto se entrega a transáveis
artigos e cláusulas
de temperatura amena.
há sussurros nada contratuais
que fazem
perder o rumo
de uma procedência segura,
deparando com a insuficiência
do termômetro pejo, deixa sua
ordem física e moral
se escarnecer
burlam a clara idéia
do regimento das palavras.
mas essas que têm vida própria
quentes que fogem
as exatas combinações do perito assexuado
dão pane geral;
que vírus é esse
de origem selvagem?
que desorganiza o coito burocrático
uma revolução na sua cabeça
uma desarmonia da ordem
que movem o corpo
é preciso entender isso
em que pasta deixou a palavra
prazer?
SÉRGIO CUMINO
nossa meu poeta!!!! que profundo.....um pouco triste, gostei.....assim faremos, em passar para amigos....bjs.
ResponderExcluirÉ exatamente assim que me sinto estes dias...
ResponderExcluirAxé de Paz!
Minha esperança vem da minha fé...
Paty Bernardes
Oi poeta:
ResponderExcluirEssa perda é realmente desesperança
Mas, o arquivo morto existe e é triste.
Maria da Graça (nem tão anônima assim).
O arquivo onde esta pasta está guardada não é morto assim...............ao contrário,ele pulsa...mais às vêzes que o vivo ,ou o de proseguimento.Apenas aguarda,silencioso,paciente, a tão esperada hora de ser redescoberto,e transbordar em efêmeros gemidos o desfrute do tão sonhado prazer....
ResponderExcluirparabéns querido;
ResponderExcluiresta linda.
beijos
Td que vc escreve é lindo, vem da alma e do seu coração, por ter vivenciado tantas coisas , na sua vida, parabéns pelas poesias , parabens por estar passando para as pessoas sentimentos,tão doces e tão verdadeiros bjssss
ResponderExcluirrsrsr fantástico, um pequeno texto com o poder de causar grande transformações em nossa maneira de pensar, mobilizar nosso intelecto para escolher com precisão a nosso prazer desordenado.
ResponderExcluirNalva F.
Revendo esse lindo poema
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