LUZES SIGNOS DA PRAÇA
Pelo que me lembro
Numa tarde dessas
Em ritmo de toda pressa
Dando charme de inverno
E olha que é dezembro
Os respingos chuva fininha
Aquela que abranda
A inquietude do pensamento
É um sentir fraterno
Rebate olhar austero
Do velho Dr. Mendes
A garoa caia na pracinha
Como uma nevoa
Contrasta chegada da lua
Com as luzes da praça
Que tímida se abre
A poesia da noite
Com seus poucos arvoredos
Que habitam aquele largo
Parecem olhos de menina
acanhada
Com folhas de sorriso
parado
Ao vir o desfile das
galhadas
Arvores vestida de luzes,
Sampa em ação de graças
Já indicava que lá pelas tantas
Resgatará encantos de
crianças
Qualquer um poria
Sonhos e lúdico na balança
Aos cegos faz-se justiça
Não importa o costume
O ledes que percebes
Os leds que encandecem
Semiótica da contemplação
No portal da casa de
processos
Escreve certo com luzes a volta
Se bem que entraram em
recesso
Anuncia os sinos da
catedral
Signos subvertem o
magistral
Deixa à féria a conta lâmpadas
Azuis, vermelhas e brancas.
Faz-se da praça, céu
estrelado.
E de mãos dadas namorados
Reverenciam a chegada do
natal
SÉRGIO CUMINO