LUZES SIGNOS DA PRAÇA
Pelo que me lembro
Numa tarde dessas
Em ritmo de toda pressa
Dando charme de inverno
E olha que é dezembro
Os respingos chuva fininha
Aquela que abranda
A inquietude do pensamento
É um sentir fraterno
Rebate olhar austero
Do velho Dr. Mendes
A garoa caia na pracinha
Como uma nevoa
Contrasta chegada da lua
Com as luzes da praça
Que tímida se abre
A poesia da noite
Com seus poucos arvoredos
Que habitam aquele largo
Parecem olhos de menina
acanhada
Com folhas de sorriso
parado
Ao vir o desfile das
galhadas
Arvores vestida de luzes,
Sampa em ação de graças
Já indicava que lá pelas tantas
Resgatará encantos de
crianças
Qualquer um poria
Sonhos e lúdico na balança
Aos cegos faz-se justiça
Não importa o costume
O ledes que percebes
Os leds que encandecem
Semiótica da contemplação
No portal da casa de
processos
Escreve certo com luzes a volta
Se bem que entraram em
recesso
Anuncia os sinos da
catedral
Signos subvertem o
magistral
Deixa à féria a conta lâmpadas
Azuis, vermelhas e brancas.
Faz-se da praça, céu
estrelado.
E de mãos dadas namorados
Reverenciam a chegada do
natal
SÉRGIO CUMINO
Belo poema, momentos bons esses regados a luzes de natal, onde a essência inspira até a austera casa dos processos onde vidas são julgadas,mesmo que por esse instante estejam suspensas suas atividades pelo recesso, mediante aos bustos dos ilustres no vai vem do cotidiano. Mas permitindo aos namorados o romantismo desta época do ano com o passeio de mãos dadas e o devagar de seus sonhos mais secretos. Interessante um poema sobre um local publico com tamanha eloquência. Nada mais que PARABÉNS pela sensibilidade da escolha e a forma abordada que leva o leitor a passar por lá e vislumbrar a praça com um olhar enternecido pelas datas festivas.
ResponderExcluirNo cair da noite, a energia deste momento convida ao desarme dos espíritos.. é natal, e mesmo eu, agnóstico convicto, celebra este renascimento de esperança e congraçamento que as pessoas, cotidianamente, esquecem de renovar em seu dia a dia..
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