Na calada da angústia
Onde as estrelas da noite
Se misturam com as pirotecnia
De um genocídio nefasto
Vozes emudece no front
Eram ondas, eram Pontes
a realidade a outros encontros
Indignação e crueldade
no nosso mundo
Relato em tempo real
Vozes que vão a campo
E morrem no solo
No colo da agonia
Mulheres, crianças e outros tantos
Que roga por uma gota de vida
Nessa corredeira de sangue
Entre a fumaça de pólvora e poeira
Último suspiro do fone
Foi o lamento da microfonia
Nos afogam com a voz embargada
esperanças decepadas de Gaza
A compaixão na vida e na morte
É a chama do seu íntimo, repórter
Até as pedras ficaram órfãos
Das casas, hospitais e mesquitas
E as escaladas nos tiraram o arauto
tantas mazelas que nos contou
sua fonte está em loco, no front
Tragédias de bastidores
Testemunhando a sombra do terror
Seu obituário é manchete de capa
A denúncia do mundo desumano.
Deixou os editoriais de luto.
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS