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quarta-feira, 2 de julho de 2025

RAÍZES NA EROSÃO

RAÍZES NA EROSÃO 

A mágoa não é água salubre 

Que nutri a terra que pôs os pés 

Não fertiliza, a razão estagna

 Reverso, o oposto ao desejo

Se quer o desafio do obstáculo 

Que daria sentido ao drama

É um parasita de tentáculos 

Que suborna a dialética 

Enfraquece a própria prece 

Torna moribundo o credo 

 folhas caem ao som lúgubre 

Das ventanias do pensamento

É compostagem de falsas retóricas 

Os estalos é o mais próximo 

Que os galhos chegam da Prosódia

Não há retratação 

A preposição uma ação patética

Vácuo doravante 

No retrato da natureza morta 

Talvez o luto da decepção 

O estado bruto da inércia

Niilismo e seus rompantes

não passa de adubo toxico

para alguma reflexão

 constatação sem controvérsia

E o amor apagado pelo rancor

A sorte é, o lamento ser legado

De uma opereta sem noção 

Torna o desejo procrastinado 

O sonho é tronco desidratado 

Quando a Árvore da vida 

Magoada perde o chão

Faz as raízes depressão.

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS                     

segunda-feira, 30 de junho de 2025

CHAMADO, CHAMA

CHAMADO, CHAMA

Dilema intermitente 

E a percepção do grito 

Sem sentir o aguardo 

Na boca de cena 

 que desembaraço, fala 

 que saliva, mas cala

Amarga no hálito

No palco da vida

Com medo da tormenta 

A um vacilo engole

Que antecede a Bonança 

Águas que se dividem 

Os apegos se despedem

Marolas que se esquecem 

E o espírito medita 

Conforme a calmaria 

Acalenta o agito, 

Que antecede o grito 

Na menina dos olhos 

Quando a fala respira 

em forma de prece

E a Imperatriz do império 

Manifesta a vida 

E o brilho que ilumina força

E a intuição que te lança 

Na perspectiva do novo

Nesse caminho será o louco 

O raio tirou faísca da pedra 

Mergulhou na terra 

Até o inconsciente das Águas 

Para banho do pensamento nu

É um mergulho nos mitos.

Nos lagos das parábolas.

 A sabedoria dos elementos 

Que comportem meu ori

 cabaça de conhecimento 

Que se encherá no Odu 

Na jornada que me aguarda. 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS                             

sábado, 28 de junho de 2025

FEITA DE OXUM

FEITA DE OXUM 

Ela é feita de Oxum 

Seus olhos Abebé’s

Que são luzes

E suas interfaces

Bela e compaixão 

Protetora e bélica 

Nuances do amor 

Eucaristia do coração 

Domina com louvor

Sagrado e espiritual 

Paixão e combate

Alma feminina 

Dança das corredeiras 

Braços e membros 

Soltam pó de ouro 

Que só a alma enxerga

O que vê é brilho

Do reflexo dos rios 

de essência dourada

O cesto balança 

Com a cantoria das marolas 

Quando abençoa as crianças

Feito deusa do conto de fadas

Ressignifica ser graça 

Lugar de fala a estética

Concepção e a cria

A mãe da arte

Fora do lugar comum

A cachoeira, abelha e mel;

 criação 

O broto da flor do amor 

É a filha Feita de Oxum. 

SÉRGIO CUMINO 

             O CATADOR DE RESENHAS