ESTIGMA RESIGNADO
A vida que fere
Quem enfrenta não corre
Encoraja o pleito
Senti os gumes da adaga
Que ressignifica a mágoa
Numa sina sem afago
A deriva de toda sorte
Rompe o ego da torre
Pelo raio que afere
Com a estética da fome
Pelo julgamento estreito
Desumano vem a praga
Estrofe do hipócrita doutorado
Medíocre com seus dotes
Decepção atravessa o peito
Mas o discernimento nos salva
Estigma é a costura do corte
Sistêmico maus tratos
Antítese vence a tese
Na cadência do trote
E o horizonte se alarga
Alegoria com a morte
É o sentido a flor da pele
Por a prova o que te prove
A oportunidade ao mal feito
Respiro a nova saga
Descobre a falha que retarda
A jornada do novo brado.
SÉRGIO CUMINO –
CATADOR DE RESENHAS