MÃE E O COLCHETE
QUE ACALENTA
Mãe menina
Gerou um doce
Carolina
Cuja essência das
aguas salgadas
E sua realeza é o
amálgama
Das nossas profundas
buscas
Que sagra nossas
sinas
É menina mãe e
puro acalento
No inconsciente do
oceano
Que a mazela nos
engana
E de cerne límpido
A filha olha nosso
lado insano
De lá revela o que
somos
Com ternura sem
julgamentos
Há também, a
afetuosa Camila.
Da dança das
cachoeiras
Alma agitada da
menina levada
É o prisma da
felicidade arteira
Dona do sorriso
que embarcamos
Nas ondas dessa
vida alada
E a mãe menina
quando ralha
E repreende a
palmada
Chora mais que a
filhinha
Da bunda marcada
Porque ambas ninas
são amadas
Esse é o meigo da
poesia falada
E que saiba mãe
menina
Que nossas trilhas
desatadas
São contos das
lidas predestinadas
Se aceita fluir
dessas passadas
É transformação não
destroços
Nem o fel deprimido
do rancor
Isso apenas gera remorso
Contorcido nas
noites caladas
Pelas filhas
afetuosas acarinhadas
Rogo o sentir da mãe
sagrada
Ninas são colchetes
a ampará-la
E refletir dos
meus passos na estrada
Como no vulcão de
Ayrá
Viverá erupções de
amor
Assim será eterna bênção
E meu olhar para
ti com louvor
SÉRGIO CUMINO
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