OXALÁ O TEMPLO DE NOSSA ALMA
Na duvida do conflito
Quando não sabemos aonde chegar
Renovar-se para outro advento
Entrega-se a ausência total
Do sentimento aflito
O que leva a afogar
Psicologia do trauma
No turbilhão do pensamento
Apresenta-nos a brandura do caos
O berço o qual medito
E faz a mente zerar
Onde querer se salva
O que precede o discernimento
Antecede o saber oral
Esvazia tudo que acredito
E o que tenha a declarar
Adentro ao portal da calma
Torna nulo o movimento
Para prece ancestral
Uma entrega sem veredito
Para a culpa desocupar
E descobrir a própria fauna
Livra-nos do cabimento
E tudo mais que faz mal
Até a lógica que gera vício
E as regras que venha adorar
Aquelas que cerceiam a alma
Religiões sem fundamento
Busque em si novo canal
O aconchego do espírito
O branco sem coloramento
Que germina o sinal
Desvenda o segredo íntimo
Sentiremos os nós a desatar
Uma abertura de nova válvula
Desacelerando o tempo
Já não somos o próprio rival
Desvenda-se o fluir cíclico
Brandura de ser e estar
Acepção em pleno amalgama.
Traz a sabedoria do silêncio
Que o cosmo é nosso quintal
O sentir nosso indício
Entender que Oxalá
Indica com sua palma
Que o coração é nosso templo
SÉRGIO CUMINO – O POETA DE AYRÁ
Na sabedoria de suas palavras fica enfatizado claramente o que todos nós buscamos em nosso pai Oxalá, cada um a sua forma como abertura de nossas mentes que nos permite transitar entre o ser e o estar na sabedoria de nosso silencio interno. Sendo nosso coração um templo sagrado que na meditação vivenciamos as mais importantes constatações, é Nele que nos aconchegamos em todos os momentos de nossas vidas e encontramos a sabedoria de viver.
ResponderExcluirLindas palavras com grande leveza e ao mesmo tempo tão profundas. Seja você este que com sutileza nos encha de carinho por nos permitir dividir sua visão dos orixás.