OLÒWÒ &
YAWO NA POESIA DE ITAN
(homenagem a Alfredo Lago
- Okubenjela
Pangi)
Encantado
poeta alado
Que
vem das alturas
Com
os ventos de Oyá
Com
poética de oxum
Que
reina em seu lago
Chega
a mim em ondas
De
plena sabedoria
De
toda sina
Que
a vida o fez passar
Sobre
o pombo de Oxalá
Chega-me
como afago
Os
versos nas escrituras
Que
digina é obra prima
Onde
fazemos do sarava
Ternura
do Mo tumbá
E mesmo de norte a sul
Poesia germinando do Orí
Bradamos Axé Odoyá
Criando como ato de fé
Nessa caminha pelo aye
Saldamos com muitos mukuiu
Ligados ao orixá
Com o mesmo branco
Pureza funfun
Ser ou não ser
Digo-lhe kolofé
Axé a todo saldar
Faz espirito inspirar
E olhos para ver
E que a poesia seja rum
Que nos liga a orumila
Retorna como trovão de Ayrá
Que nos faça Olorum
E oráculos de Ifá
Seja a flecha de Odé
Que direcione ao centro
Para se encontrar
Agora meu Baba
Perante seu saber
Serei eterno Yawo
Aos pés de Olòwò
Embargado de emoção
De diante de ti me declinar
Fortalece o poeta
O sinto espada de ogum
Abrindo caminhos
Não importa o Ilê
Ou que agua beber
Deixe a poesia hidratar
Desbrave o crer
No coração de cada um
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ
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