AGUAS DE SÃO
PAULO
Caminha nossa
vontade
Contraria a
maldade
Da
intolerância
Agua dessa Sampa
Representa um
povo inteiro
Através da
agua de cheiro
E o símbolo da
roupa branca
Aguas ribeiras
que encontram
No navegar da
fé primeira
Como flecha de
Odé certeira
Uníssonas
rezas te cantam
Em marolas de
cada um
Formam
corredeiras fun-fun
Numa beleza
que encanta
Aguas para essa
cidade
Tão sofrida,
porém amada.
É a corrente
que afaga
Onde o Ajo não
tem idade
Aguas de
muitas barcas
Que veem em
corredeiras
Rumbê de mães
criadeiras
Todo orgulho
da raça
Aguas que me
levam
Com esse povo
de axé
Afirmação de
fé
O preconceito
renega
Aguas leva a
mãe preta
Mito do
terreiro urbano
Flores,
perfumes e panos.
Para saldar as
divinas tetas
Aguas de Oxum
Com magia límpida
Dessa crença intima
Que nos leva
ao Olorum
SÉRGIO CUMINO –
POETA DE AYRÁ
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