LINGUAGEM INSANA
loucas entranhas
Sutilmente cavam
Fendas na linguagem
Inconsciente coletivo
Limita o raciocínio
A certeza emburrece
A pensar por extremos
desvirtua percepção
assombra a razão
Ressignifica conceitos
Você nem percebe
a convenção dos signos
Tece o incoerente
Embrutece a neurose
Símbolos desviam fatos
Chega a overdose
Para virar manchete
A cultura do “falso”
Mistura os quereres
Aliado e adversário
Pastor e narcóticos
Cúmplices no delírio
Com Arquétipo de Fausto
Desse Baralho viciado
Uma licença neurótica
Justifica a perversão
Nessa marcha Paranoica
Assassinos do bom senso
Genocídio do bem comum
Altera o padrão da língua
Penaliza a coerência
Em prol de valores próprios
nas ondas dos chipes
Da ao boato veracidade
E os arautos dos tópicos
Surgem aos milhares
Enquanto psicótico
Alienado fragmenta
sucessivos cortes
levando a realidade
A plástica estética
deixa a encargo
Da estratégia do perverso
Para definir a espécie
Conforme as manobras
Engajam as cifras
Insuflam dividendos
A entrega do mercado
a cópula fascista.
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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