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sábado, 5 de abril de 2025

LINGUAGEM INSANA



LINGUAGEM INSANA

 loucas entranhas

Sutilmente cavam

Fendas na linguagem

Inconsciente coletivo

Limita o raciocínio

A certeza emburrece

A pensar por extremos

 desvirtua percepção

assombra a razão

Ressignifica conceitos

Você nem percebe

a convenção dos signos

Tece o incoerente 

Embrutece a neurose

Símbolos desviam fatos

Chega a overdose

Para virar manchete

A cultura do “falso”

Mistura os quereres

Aliado e adversário

Pastor e narcóticos

Cúmplices no delírio

Com Arquétipo de Fausto

Desse Baralho viciado

Uma licença neurótica

Justifica a perversão

Nessa marcha Paranoica

 Assassinos do bom senso

Genocídio do bem comum

Altera o padrão da língua

Penaliza a coerência

Em prol de valores próprios

 nas ondas dos chipes

Da ao boato veracidade

E os arautos dos tópicos

Surgem aos milhares

Enquanto psicótico

Alienado fragmenta

 sucessivos cortes

levando a realidade

A plástica estética

deixa a encargo

Da estratégia do perverso

Para definir a espécie

Conforme as manobras

Engajam as cifras

Insuflam dividendos

A entrega do mercado

a cópula fascista.

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS


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