DEBAIXO
DA SAIA HÁ SETE ANÁGUAS
Lutas
contra a provisão da morte
Que
exercem a gloria do obsoleto
Onde
é a morada da liberdade
Perde-se
às garras subserviência
A
sete palmos abaixo do pleito
Onde
moradia do descaso
Renegando
seu mito
Ao
adequar a outra visão
Conferir
a causa e efeito
O
que teria que ser fadado
O
objeto do combate
Com
sete desculpas distorcidas
Mantemos
séculos de atraso
Interesse
de um país laico
Escondido
a sete pilhas
Do
que eles julgam direito
E
o fiel convertido
Entrega
o pescoço
As
cordas da modernidade
Impetra
o céu se confia
ao
inferno de Dante
Ignora
as leis naturais
Sete
doutrinas dominante
Servidão
da espontaneidade
Sete
palmos aquém
da
moral camuflada
Compensa
o gosto de estar
Pelo
consolo sincrético
Auditor
da fé do outro
Amargo
que adoça o paladar
Culto
de religião casada
Será
sempre filho bastardo
Alça
voo nas asas da sujeição
O
que seria saída a revelação
Mergulho
dos mistérios
Do
segredo oceano
Rompe-se
a jornada pela rede
Aprisiona-se
nas sete tramas
Numa
inversão de rumo
Profundo
torna cemitério
Onde
nem Ikú quer morar
Esse
é pleno movimento
Adverso
estagna como a nata
Em
prol de outros pontífices
Pelo
beneficio de ser aceito
Faz
do mundo interno ascético
Pelo
esplendor da superfície
Não
há libertação
Nem
princípios ou diretrizes
Ficou
a sete palmos da vergonha
A
vocação reprimida
Suprimir
as raízes
Contramão
da evolução
Inicia
sem ramonha
Porque
a Casa Grande afaga
O
estigma dessa senzala
De
manter o fundamento
Sete
palmos debaixo da toalha
SÉRGIO
CUMINO – O POETÁ DE AYRÁ
Não há do que se esconder, ir na contramão, ficar reprimindo seu fundamento somente para ser aceito em um país que se diz laico mas que reprimi de forma velada o que nos foi repassado desde o seio da senzala. Vamos dar um basta e dizer de peito aberto o que nossa raiz carrega de um jeito profundo, sair debaixo dos panos das toalhas e fazer aparente o que por tempos foi escondido para poder ser cultuado. Jeito sábio que leva a refletir de como somos manipulado e oprimido pela massa da aceitação.
ResponderExcluir