ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

quarta-feira, 23 de abril de 2025

REVELA-SE COMO PEDE

REVELA-SE COMO PEDE 

Porque diabos se repete?

Pergunta quando senta 

No banco da desilusão 

Por mais que a vida é cíclica 

Ha um ponteiro emperrado 

Que patina no mesmo lugar 

No relógio da dúvida 

É o dia da marmota 

Tragédias vividas 

Vira e mexe voltam

O que atrasa sua lida

Sobe despenca

Lastros de impaces 

As frustrações no amor 

Torpores e suas tratativas

Tantas lágrimas escorridas

Perde seus referenciais

Perversão dos cafajestes

Os fariseus da resistência 

Impelem a consciência 

Sabotando os humores

O que pedes não resolve

Se não alterar como sentes

cérebro coaduna com emoção

É como interpreta a inflexão

E o contraditório faz festa 

 a emoção e seus embrolhos 

E saem as remessas de ação

o que recicla amores ordinários 

Patrões indigestos 

E a traição de tantos parceiros

Como se escrito estivesse 

Idiota na testa.

Basta fazer o teste.

Desapegue do sofrimento

E os sonhos reconstrói 

Para que o novo renasce 

Sementes novas na floresta

Sua árvore florescerá

Isso se chama graça

a conecta com que importa

Virar a chave, engate a primeira

Receba o olhar que lhe flerta

Com o novo prisma do desejo

E afastará o salafrários 

Marombeiros e malafaias 

Perdoe amor traiçoeiro

Ou será eterno desconforto 

Com o seu senso de justiça

Encontre novas possibilidades 

E desconstrua velhos costumes

o coração guia a flecha de Ode

Como reza o arqueiro zen. 

E o destino se libertará 

Das correntes das mágoas 

De um passado fedegoso 

E saboreará o deleite,

e amar e ser amada 


SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

 

PRESENTE NA JORNADA

PRESENTE NA JORNADA 

Pedi sabedoria na vida 

Surpreende-me com a forja 

Com conselho do fogo

Talha aspectos sensíveis 

Como espadas de batalhas

E o machado do arquétipo

Símbolos apontam propósitos 

E não consegue conceituar

Desequilíbrio das dualidades 

Ver Deus e o inferno 

de um profundo ateísmo

Suas valas e seus abismos

Para onde se deslocar?

Valores que norteiam mistérios 

Amores alimenta ilusões

Leva ao transe o ceticismo

Repetições são alertas 

Da crise sem visão 

Em sua estagnação 

Palpite não é empatia

Sagrado fala pelos sinais 

Estabelece as fases 

e vagueia as mentes vans 

Fisgado em meio às brumas

 os amores vem e se perdem

A memória é do espírito 

Submerge na consciência 

Em Águas profundas

Doce encantada e benta

Dar vida a intenção

De fora espiou pela janelinha

Estava perdido no tempo

Com o erro dos seus aceitos

Enquanto há sentidos 

Prontos a despertar 

Cá dentro.Templo do peito

 medo é mudança de rota 

Se é certo o que o destina?

Ou são delírios do instinto?

É a centelha da escolha

Se filtrar os ruídos 

Sem chamar os abismos 

Que emperram a porta

Odu os afastam

Para não desviar do caminho 

Múltiplas liturgias 

Respectivas doutrinas 

A dúvida que atina 

Nem sempre te explicam

São sumos do espírito

 o sincretismo ancestral

Fortalece as raízes

O conecta ao seu pleno

E é o primor da compaixão

Quando o ar habilita

Vento é movimento 

Canta com as árvores 

A mudança de estação

 ser a luz que ilumina a folha 

Brilho Expressará arte

Da Norte ao discernimento

Leve luz onde for

E a trilha sagrada 

Que herdara da mãe terra

Conhecerá o luto espiritual 

A perda que fortalece a alma 

Que a fé é alternativa 

O que faremos com as dúvidas?

É Ressignificar o dogma

Junto as rugas da experiência 

Aprendidas nas derrotas

Como ensina sua sina

Viraram totens 

no altar da Liberdade

Sentir-se presente na presença

Com as sutilidade que vibra

Conexões divinas 


SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

terça-feira, 22 de abril de 2025

ISA DAS RENDAS


ISA DAS RENDAS 

gaiola dos abandonados 

Foi o nosso encontro 

Nós fora e ela dentro 

O amor faceiro rompe 

 grade do impedimento  

No charme do instinto

       ao fundo das expectativas

Surge um miado fininho 

 vinde entre as rendas 

Protegida da Sete Saias

Isa como uma brisa

 uma gata tempestuosa 

Cinquenta tons de gata

Em uma gata cinza

Dividir o espaço com a carteira 

na bolsa que a levou as compras

Era maior que o blush 

Cabeça de fora via curiosidade 

Sem passado nem futuro 

Nos ensinou o presente

A musa das manhas

Cada pose um flash 

Como régua do crescimento

Estou a seus cuidados 

compensa seus arranhados 

É o carinho bailado 

Desliza entre as pernas 

Como passo marcado

Com alma de caçadora 

Morde os pés e corre esconder

Mas o que foi inesperado 

Depois de eu estar operado 

Colocou-me a seus cuidados 

patas ao lados dos chinelos

Olhava fixos no esforço 

Observou até deminuto 

Raios e trovão 

Cadê a gata meu irmão? 

Ninguém esconde 

mais rápido que ela 

Tanto que não li na noite fria 

O gato preto de Edgar Alan Poe

Temia que tivesse pesadelo

amor exagera nos cuidados

Se me conhece sabe como sou

Nossa troca foi essa 

Em todas as trocas e pelos

Amassada de pãozinho 

Antes no peito agora avariado 

Amassado e nas coxas

Para deitar no colo

Tentar entender cada miau 

Com a semiótica onomatopaica 

Virou terapia ocupacional 

Parece saber yoga 

De tanto que se contorce 

Mas gosta de uma janela 

apelidamos de namoradeira

Quando ajoelho ao orixá 

Cá está a gata ao lado a rezar 

Deve ter algum combinado 

Lá com pessoal de Ayra 

Algo explica a devoção e fé 

Lado a lado

Na tristeza, alegria 

 pedaços de frango, porque não

Pai de gato também não!!!

Que é minha filha. Isso ela é !!

Desculpa termina a poesia 

Que está miando pedindo ração 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS

segunda-feira, 21 de abril de 2025

ABRAXAS LAPSOS

ABRAXAS LAPSOS 

 a dualidade se abraça 

No útero da cabaça 

a dança do chocalho 

Na intenção da utopia

 O afoxé do pleroma

Onde nada se separa

o sumo dos elementares

Tudo junto e misturado

Suas 365 esferas 

vácuo das possibilidades

O duplo da persona

Eros e thanatos

A luz e as trevas 

 revolucionário e o idiota

Entre o bem e o mal 

E seu além autoritário

“Deus e o diabo

 na Terra do Sol”

Libertário e o tabu

variantes e atenuantes

De quem serve quem 

Universo a humanidade

Lograra o rito ancestral

De natureza opostas 

Pois o que importa

São postas nas rotas

distintas que se atraem 

desejo e as pedras 

Jogadas e barragens 

Confrontadas no pêndulo 

de amuletos gravados 

E seus símbolos sagrados

Contra descaso com a vida 

É os princípios da misoginia

É a negação da origem 

Dá terra , mãe nossa

paradoxo do que se completam

Incondicional que se abraxas 

Na conexão dos plexos 

As esferas circulam o mito 

Eras que antecedem o conflito 

Surpreende que era previsível

Fustiga o pânico da alma 

Dos monstros modernos

Do inconsciente coletivo

Quando o tempo era criança

Florada encampa a oralidade 

Palavra cantada é herança

Recebida da minha avó 

Ouvida pelo meu neto

Chega ao neto dele

Oralidade que irriga 

A semente da liturgia

a poesia dos símbolos

Se encanta dos mistérios

Muito nos conta a estética

Pela melodia do enigmas

Gnose poesia da genética 

Percussão do tempo 

Em ritmos sincréticos

A flor de lótus 

Que Embeleza o pântano 

É a coroa de Nanã 

Faces da mesma moeda

Essa colcha de arquétipo

Completam-se em ser uno.

Na psique do olorum

Lemos um livro em chamas 

Que te chama ao mergulho

Reposicionando o mundo

Que pulsa dentro do peito 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

 

sábado, 19 de abril de 2025

PRETA E PET PETINHA


PRETA E PET PETINHA 

 

A gata é a graça em Dó

a resenha dessa prosa

 com as ancas avariadas

Cambaleia o equilíbrio

Da gata, gatinha, gatosa 

Como chamam a amada

Com ela não me sinto só 

Felinas são anjos da guarda


De pé, ante’Ré 

Mímica minimalista

Destreza da linguagem

Brilho de criança animada

Brinca descontraída 

correndo pelos cômodos 

Esvoaçando os pelos pretos

Ressignifica a gata manhosa


Mia as ondas do Mi.

Desmonta a guarda 

Já nem sei quem sou 

Seu miado é o chamado 

onde a simplicidade fica

Até rancor ajuda a diluir 

Faz poesia do papel amassado 

Que o poeta jogou 


Roça as pernas em Fa

Como o pedido falado

Ronronar ao lado é par

Dorme até suspira

Já o poeta, inspira 

Fortalece a sintática 

Do pensamento miado

Semânticas onomatopaicas 


Barriga exposta em Sol

É o signo de elegância 

No peito o respeito a oxalá 

Como um echarpe natural

Alvinegra de luvas brancas

É a gata de Black tie 

Ou performance de Clown


O rabo é batuta de cá a Lá 

Fato do miado cantado

Atrai gatos trovadores

 Declamando no telhado

É difícil explicar a mágica 

a menina dos olhos chamam 

No formato de jabuticaba 

É cafuné para os humores


E tudo muda em Si

Basta a maestrina acordar

Sinfônica família

Na maluca harmonia

Regida pela gata de notas

Até a lágrima fica encantada

Esse amor é uma música 

Cuja partitura ela vai arranhar


SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

 

sexta-feira, 18 de abril de 2025

JUDAS DE FORO PRIVILEGIADO


JUDAS DE FORO PRIVILEGIADO

Se sangue de Cristo tem poder

Ele deu sorte, aqui os glóbulos 

Excitados pela ganância 

 Agitada pelos neurônios 

Revela subserviência inerte 

Adultério moral está no sangue 

Também pudera o pobre coitado

Ingere uma salada de falácias 

Fábulas dos costumes 

 Produz Sangue de barata

e escorrem pelas calçadas

Hasteando bandeiras clássicas

Estrada dos justos 

Foram expelidas do mapa

Atrapalhava os rentistas

Deixam pontos soltos

Na soleira do meio-fio

O que fazem na noite sorrateira 

Com seu bornal de provimentos

Na tribuna do sem cabimento 

A paga de 30 moedas 

Por cada voto de confiança 

Sem conferir deita a urna

Rendido ao beijo na face

Eleitor pego pra Cristo 

No calvário do cinismo

Crucifica reputações

 desvirtua na lida da abundância

Já preço do sangue do Salvador 

Cotado na bolsa de dizimista

Judas moderno vende o estado

Quebra o cabo do martelo 

Mutilando sua soberania 

traição é a força motora propulsora do desespero

 slogan desse coletivo

 “Sem sapiência não há conflito”

ervas daninhas no campus

Impede produção de cultura 

comércio com bancas de drama 

Da paixão, ilusão e fome

Lucro certo com a demanda 

Pobreza é a lenha que queima na lareira dos oligarcas

escribas e anciãos congressistas dessa farsa 

São marionetes bem pagas

Não há reflexão pelos extremos

Espreme a dignidade alheia para os seus proveitos

 das emendas sagradas

Da linhagem de iscariote 

Traição corre nas veias 

Defendem massacres 

sem audiência com o demônio

O povo em risco de morte 

Precisa de um Cristo forte 

Porque seu sangue virou areia

cada bancada tem seu caifás 

Em conluio com os golpistas

Para eles tanto faz 

De qual via tem a desonra

Traição é tração do que desvia

Não há golpe sem pote de pratas.

Sem criar alvoroços nas praças 

O que faz a nação crucificada

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS

 

quinta-feira, 17 de abril de 2025

AMOR PULVERIZOU


AMOR PULVERIZOU 

Paixão desvirtuada 

Como explosão da puberdade

Recorrente em temporada

Fogo que a deixa louca 

A mente destemperada

Versão moderna do mito 

Poção de Tristão e Isolda

Com tempo de validade

São sentimentos perecíveis 

Apodrecerão o fruto proibido

Cicatriz para a vida toda

Por vezes não fecha 

A mascara do encanto 

Mal entendido do frisson 

Procura reciclagem

Agora pena flutuante 

Passado que figura no retrato 

De uma história mal resolvida 

Após efeito da poção

Da viagem que não era pra ter volta 

Probabilidades que negava

O gato nem pardo será 

Já não se reconhece no outro 

Em troca do espaço do vazio 

Vácuo do desconhecido 

Para melhor descrição

 da sua fugaz fantasia 

Não saberá o que encontrar 

Melhor que a desilusão 

Cara metade que te reflete

Como o ego te descreve 

Desejo em procrastinação

A mudança fragiliza a porcelana 

A quebra das relações 

Para estancar a sangria 

No caixa do achados e perdidos 

Desejo a novas paixões 

Restringida sumariamente 

 A velhos paradigmas 

Amor ficará a deriva

Se continuar a amar espelho 

No mar dos desiludidos 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

                             

EGO QUE ERA LEGO


EGO QUE ERA LEGO

A pantomima se desdobrava

Limite do proscênio 

Para validar as signos do ego

Que era um lego e não sabia 

Torna sombra contra luz

Cada elemento uma identidade

Adulterada como previsto

conforme conveniência

Da troca de cena

Roubada antes das noções

Discernimento e afeto

Métrica do justo e correto

De acordo com rendimentos

Como manda o figurino 

Subtexto forjado

Não Percebi a linha tênue

Entre desejo e objeto 

Que iludem na sala de espelho 

e cancelaram seu reflexo

Sobra performance do ego

Nem sempre convincente 

Por tanto que dê pro gasto 

Dos abutres intermitentes

E alternadas no espaço 

Igreja, trabalho e no poço 

Da razão e ilusão 

No vácuo atola hospedeiros

E respira os anseios

Construído pelo outro 

Com orgulho e respeito 

Enquanto abandona a si 

Personagem funcional 

Do teatro de mal gosto

Remediada a persona

 Realidade do contexto 

Um grande elenco de si

 dessa comédia dell'arte

E ninguém o reconhece 

Nas regras de validação 

Fora acertos a parte

Da alma corrupta 

A mente é tablado 

Arena de aprovação 

desaprova seus mérito 

Deboche aos valores

 Que renegam a conduta

A farsa atrai público 

Era da demência 

De território incerto 

Mal se vê por perto

Nesse insano sequestro 

Os signos no lugar vago

Para constituir pensamento 

E terceiriza os desejos 

Que pensa serem seus 

Até consciência arrendada

Cuja voz interna programada

Dissimula para que se iluda

Que pensamento seja na vida 

Prerrogativa própria 

A viver é papel em branco 

Da árvore do conhecimento 

E se colocar cerne do pecado 

Como ficção que lhe inspirou 

O mal entendido desperta amor

Brilho que reflete nos olhos

Cenoura que puxa ego

 Turbulência volátil 

Serão folhas secas 

Que um dia foi flor

Crise é espelho sem aço 

Luz que desce em pino 

No Íntimo da personagem 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

                                     

quarta-feira, 16 de abril de 2025

SAGA DO ZÉ PINGUELA

SAGA DO ZÉ PINGUELA 

Resta saber o que lhe resta

Sobrou mais nada

Na curva dos restos

Nada se aproveita

Sentido ferido

 no mundo de abjetos

Entorno do Zé ninguém 

Segue deveras aturdido

cabisbaixo cruza viela

 cascalho de pedestre

Papo reto sem prosa

Vê se encontra rastro 

Da desnorteada razão

Vagava na quebrada,

Na baixada, na favela

Passa pela roda dos parça

Pede fogo para o enrolado

Sem coragem que te leva

Sem combustão, de pele seca

Zé areia e da tapa na pedra

Dessa lida de estiagem

De um Zé qualquer 

Doutrina como regra

Vigor da distopia 

Como o sonho se perdeu na enxurrada ?

Miséria do tudo ou nada

Recicla a sorte

Sem bem me quer

No descarte de dejetos 

Lembrar estressa a goela

Da uma parada, abastecer ilusão

Pede dois dedos da amarga

Para ludibriar o desgosto

Dizem ser falta de Deus

É que é difícil enxergar

A saga do Ze Roela

Onde realidade é ponto cego

Lua não reflete na fossa aberta 

Contanto que as pernas

Não Desequilibra na pinguela

Se pecado, adianta- o perdão

Hoje tomará outro tanto

Que era a parte do santo

Que já teve devoção

Antes do último inverno 

Bebe a existência ausente,

a encruzilhada triste e torta

Ante sala do purgatório 

Tenso, com direito a cruz credo

 Quando será último prego?

Mãos ásperas arranham o copo

Cimenta a rústica digital

Que já não o reconhece 

Virou sobra de território 

Tormenta desce queimando

Homeopática pá de cal.

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 



          

sábado, 12 de abril de 2025

VERDADE!?

VERDADE!?

Palpitou a razão pura

“Com a pureza da resposta das crianças”

angelical, arte da simplicidade

Capturados pela catarse

Verdade sofre um abalo

no campo das possibilidades

Contexto das desculpas 

Será um conceito ou fato?

Consenso dos pontos de vista

Divergente no olhar, pelo interesse

Determinante na linguagem

Eloquência das reticências

Lente se depara com a veracidade

Num flash repentino

Ou ponto forjado da vista viciada?

 se o dono da intuição lhe serve

Olhar enviesado, ostensivo divergente

Corpo presente, mente ausente

Onde colocar a verdade !?

Como se perdesse lugar de fala

Com a vista inversa

Será a verdade força propulsora da dialética

Com consultoria a carta Magna

Ou Mantra da propaganda fascista

Lógica com verniz do engodo

Mesmo assim não convence

E se for conveniência do acaso

em punho a caneta da história

Verdade fragiliza a existência 

Adaptação é livre a nova marca

 frisson da frígida tendência

Moral da vida concreta 

Encontra no distanciamento

Ou na entrega calculada

Moldada pela razão 

O imperativo categórico

Imprevisto são regras universais 

Insônia dos justos.

Posto na prateleira do obsoleto

 Razão é a bússola de qual contexto 

 elencado ao plano de apostas

Teses, antítese e síntese 

Fato é uma falácia mutante

Protagonismo da perversão 

A verdade tem sua sombra

Quando evolui fortalece 

Na Friagem do chão rústico

da caverna dos mistérios 

Caravanas especulativa

E o roteiro das abstrações 

Argumento periféricos 

Regidas pelo livre arbítrio 

Em meio a conflitos históricos 

Lucram com incerto,

Ignora o ético 

 Em nome da verdade

Uma para cada fase

De acordo às conveniências

Com toda franqueza 

São fragmentos de sua lápide 

Até fatídica certeza.

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

                   

sexta-feira, 11 de abril de 2025

MORFÉTICO ORDINÁRIO

 


MORFÉTICO ORDINÁRIO

A espera nos conformes

Cria fungos no bom senso

Padrão de comportamento

Altera o discernimento

Do politicamente correto

Hipocrisia peculato de ideias

com status de discreto

Se a unanimidade é burra

Ou um colapso coletivo

Sintoma da abstinência

Sintaxe do paradoxo

No Conceito de coletividade

Faz do idiota personalidade

Verme da vala comum

Representa casta conservada

No umbigo introspectivo

Convicto ordinário

Da Jaula moral que veste

Limite de sua liberdade

Sem banho literário

Gera estupidez de rebanho

Garimpo Germina tolo no lodo

Conservado no éter da distopia

Para não ter proposição cognitiva

revela a regra do jogo

Germina a criatura transgênica

Rasga a arte e rosna para o artista

Desconhecido é comunista

Conforme manda o parlatório

Nem que provém o contrário

 infectado não há contraditório

Improviso é subversivo

Insight’s não são bem vindos

Causa vertigem no alienado

Rendição argumento fácil

Tosco sem socorro

A ignorância engajada

Massa descarrilhou ao extremo

Seguem o apito de cachorro

Torna calamidade, destreza

Um ser do bem abençoado

Pela doutrina nefasta

Na alma pequena burguesa

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS


quinta-feira, 10 de abril de 2025

SINO TOCA


SINO TOCA 

Sino dos ventos 

É o canto de Oya

Dando outro rumo

Estigma do mau agouro 

Para felicidade entrar


Sino instrumento cônico 

E sabe que está a falar

Badaladas dão sinais 

Marcar as passagens 

Da vida caminhante 


Sinto o sino milenar

 Som da terra, prosa e verso

 Ásia a sumir do horizonte 

Liturgia e consagração 

Reverbera o universo 


Sino da igrejinha 

Toca a meia noite 

E o galo chama o guardião

Da vibração oculta

Do mundo das sombras 


O que sino vibra

Fala com a alma

Seja torre, imponente 

Cantoria do adjar 

Que leva ao transe


Arauto do povo

Festa, missa ou morte

Sino cochicha com a terra

Reverbera a água 

Dança do fogo


guizo , chocalho ou xaorô 

Imanente do espírito 

Entre nações Iorubá 

Poder do arquétipo 

Que vibra no Yawo


Sino a bença interior 

Bate no peito, sua oca

Ritmando dor e amor

Com ferro no bronze 

Conforme badalo toca 


SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

                       

segunda-feira, 7 de abril de 2025

DELÍRIO EM PESSOA

DELÍRIO EM PESSOA 

Quando Fernando era muitos

Muitos se vêem em Pessoa

Outros desapercebidos

Dentro desses tantos me vejo

Ora cara , ora coroa

Raridade na primeira pessoa 

A ponto de não saber quem sou

Se sou eu, ou meu duplo

Efeito de luz, jogo do espelho

Desconheço a própria fuça

Se um ponto em meio de muitos

Muitos seguidores ocultos

A narrativa sai no ponto

De parecer verdade

Tornar simpática 

 Persona non grata

Oratória do algoz 

Para pessoas da praça 

Manter a distância 

fala na terceira pessoa

Ao entorno do próprio umbigo

Ou que tipo que ressoa

Até fazer fumaça

Sem se importar contigo

Será que carrego uma marca

De nascença ou da boutique

Pode ser um chip

Injetado na minha psique

Faz a duvida abandonar o porquê

E qual sentido em ser um

Vai que me multiplique

Tenha um, com defeito de fabrica

Um de mim. Ser o capeta em pessoa

A paróquia vai ter um chilique

Realmente! Viver não é preciso

Preciso, é acostumar com isso

Depois de inventando imprevisto

Pessoa substantivo presente

Discernimento ausente

por conta e risco

Subjetivo, louvado seja

fulano ou beltrano, é pessoa

maioria tipo submetido

Criatura um gajo cativo

A própria existência cassoa

Pessoa se intitula déspota

Impessoalidade tirana

O absurdo não é conversa atoa

Como foi em outra época

Subserviência vira compromisso

Trama meticulosa do atrevido

Mete o personagem no rebuliço

Com crise de identidade

Até QR Code te denunciar

Sua consciência artificial

É pessoa sem memória

Seu descarte é cadenciado

Sem direito a aposentadoria

O sonho devidamente apagado

No vale dos excluídos

não é visto não é lembrado

A Hegemonia das ilusões

Conforme desligado

Pessoa sem legado

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

        

sábado, 5 de abril de 2025

LINGUAGEM INSANA



LINGUAGEM INSANA

 loucas entranhas

Sutilmente cavam

Fendas na linguagem

Inconsciente coletivo

Limita o raciocínio

A certeza emburrece

A pensar por extremos

 desvirtua percepção

assombra a razão

Ressignifica conceitos

Você nem percebe

a convenção dos signos

Tece o incoerente 

Embrutece a neurose

Símbolos desviam fatos

Chega a overdose

Para virar manchete

A cultura do “falso”

Mistura os quereres

Aliado e adversário

Pastor e narcóticos

Cúmplices no delírio

Com Arquétipo de Fausto

Desse Baralho viciado

Uma licença neurótica

Justifica a perversão

Nessa marcha Paranoica

 Assassinos do bom senso

Genocídio do bem comum

Altera o padrão da língua

Penaliza a coerência

Em prol de valores próprios

 nas ondas dos chipes

Da ao boato veracidade

E os arautos dos tópicos

Surgem aos milhares

Enquanto psicótico

Alienado fragmenta

 sucessivos cortes

levando a realidade

A plástica estética

deixa a encargo

Da estratégia do perverso

Para definir a espécie

Conforme as manobras

Engajam as cifras

Insuflam dividendos

A entrega do mercado

a cópula fascista.

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS


SAGA DO FILHO DE AYRA

SAGA DO FILHO DE AYRA

Trilha do meu destino

Depois que a torre desaba

Paradigma cai na vala

Revelam as cantigas

A sina do escolhido

Com a justiça de. Ayra

Recolhi pedras de raio

Puxei outra carta

Consultei Ifá

Tive a benção de Oxalá

-Siga os ventos de Oya

Na dúvida encruzilhada

Esu quer sua paga

Para essa exatidão

Tira medida de cima abaixo

Toda lástima do estado

Fita nos meus olhos

Via o filme da minha Saga

Safana e meus biomas

Com sabedoria cínica:

-Com surpresa, ou devoção ?

A trilha que caminho

Já tem muito espinho

Morte e a foice

Curvas tortuosas

- Nessa parte de sua lida não tem mais pechincha

Fala Tinhoso de voz melodiosa

Gargalhada exata

Que lapida meu instinto

Dessa vida não precisa

Oue determina meu Odu

Qual sentido me leva a tu

O que seria audível

Na sociedade inauditavel

Arredia a existência

Será o paladar?

Do que não for mastigável

Nessa vida antropofágica

Nem todo mundo e digerível

- já que a estrada é tão rodada

-Sabe diferir mel do fel

Por ventura os olhos

Com ajuda do farol

Aprendi enxergar as sombras

E sabedoria do Sete Mares

Experiência Gira Mundo

Depois do mergulho profundo

Agradeci, um por um

Bagagem desse louco

Abebé de Oxum

Previne atraiçoarem

 Testemunho da força

Com base no riscado

Desenhado na mandala

Emergi sem mais nada

Guiado pelo pássaro sagrado

Fundamento da Mãe terra

Energisa corrente sagrada

Para mundo girar

Aprender novos ares

Fogo cuida da noite

Lua exibida no lago

Cantil, canta sede de vida

Que busca no rio da jornada

E ser o centro em si

Entre ser e não ser

Opção é renascer

Onde o graal é moranga de Obara

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS


sexta-feira, 4 de abril de 2025

CHUVA DE OXALA

CHUVA DE OXALA

Depois da estiagem

Deu ao ar, umidade

Cristais das nuvens 

Balé das águas 

Serena na queda

Agracia o espírito

o sorriso das flores

Resgata a criança 

Abençoa a humildade

Chuva do pensamento 

Limpeza de Oxalá 

Deixa alma serena 

 despertou a vontade 

Sem dizer na saudade

De conversar com a chuva 

 in loco, banhar alma

Limpar amargura 

Do que te prende

Esfria a cabeça 

Eu falo por reticências 

ela escuta o silêncio 

Descarrega a nuvem 

Resgata o crente

 Ao oculto do seu templo 

Gotas de água benta 

Apaga brasa

Baixa a poeira 

Percussão nas telhas

Resumindo o pó 

Água da calha

Nas veias das dúvidas 

Fura as ondas

Tira as manias 

Dispensa a revolta 

Dos ruídos da vida

Alegra o jardim 

Abastece a fonte

Saúda Iroco

E os Deuses da floresta 

Refresca a mente 

Da árvore do conhecimento 

Escorre a água 

Pela cuia da vida

As folhas molhadas

Dançam em silêncio

Fortalecendo a raiz

Sacia sede das mudas 

Alecrim e arrudas

a terra fecunda

Da Graça a horta

Como a benção do pai

As gotas escorre no rosto 

Hidratada Esperança 

Nos jarros da temperança 

Mistério do poço 

Roupa molhada

 asas a que não voa

Torna as palavras aladas

Os pássaros param

Meditar e contemplar

Deixa o som conversar 

Sem precisar cantar 

Palpitantes no lago

A chuva é melodia

Na memória emotiva 

Farras de criança 

Alegria da festa das rãs 

E o coral das saparias

SERGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 


                                  

quarta-feira, 2 de abril de 2025

CATARSE SHAKESPEARIANA



CATARSE SHAKESPEARIANA

Somos macacos nus

Que cobrimos a vergonha

O que não esperava

Alma que carrego desde outrora

É atriz quatrocentona

Na pena Shakespeariana

Que se revela eterna

Performando a realidade

Conforme cada ato

Drama e melodrama

E nossas comédia dos erros

E descuidamos da decência

E ela desnudou se no tablado

Baseado em conflitos reais

Dos embargos que carregamos

Sobrevive por séculos

Mantém se contemporâneo

Já desconheço quem sou

Quando me vejo na personagem

Gozando meus desejos

Desenrola a dor e terror

Como tivesse compartilhado

Dos meus segredos

Revelam se a cada cena

Nós e cordas descem cenários

conflitos encenado

Como arenas ostensiva

Vivências da catarse

Mostra previsível

O que jamais previa

Que viria nas frases

Ação das minhas entranhas

Em autópsia seculares

Meus demônios são de:

“Macbeth”, “Hamlet” e “Otelo”

Passa na favela, cidade e castelo

Até a inveja retrata

Cobiça e decadência

No talento do interprete

Imponente Ilusão e horror

Se alteram na sequência

Há mais coisas entre eu e o palco

Que sonha a vã filosofia

loucura silenciosa , quem diria

Em versos e prosa

As verdades incontestáveis

não escapam pela coxia

porque nos veem estáticos

O teatro em plena magia

 Com proscênio e bigorna

 mostra que nossos quereres

Pagos a qualquer preço

A ilusão é nossa história

Ignorando as consequências

Minha biografia é um drama

Angústia, fome insaciável

Cegueira desesperada

Tantos paralelos identificados

Que esperamos próximo ato

Amor que enfrenta

A polarização das famílias

Como embates de alcateia

Veneno de Romeu e Julieta

 Espelho na sala de espetáculo

Retrato vivo, do que representa

Do lado escuro da plateia

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS


segunda-feira, 31 de março de 2025

MULTIVERSO

MULTIVERSO

A lua me olha grande

Me banha pela janela

Aberta , brisa o calor

Do meu sono andante


Surgirão a capela

O palco de cada ato

herói meu condutor 

Enredo que atropela


Surreal se torna fato

Se porventura supor

Sonhando supera

Consciência do relato


Flutuante o saudou

o junto e misturado

Real e imaginário

O não crível cooptou


Sopro desconhecido

Viagem do sonhador

Sem rota ou clientelas

o corpo desprendido


Vasta fontes vividas

 percepção ao relento 

A mercê da memória 

Providência seletiva 


Navegante que vaga

Seja por onde for

O espaço revela

O tudo e o nada


Experiência oculta 

Tem seu esplendor

Transcender é saga

 Recebe e não reluta


Astral do protetor 

É telo nessa juntada

Da aventura conjunta 

Divagar com andor


 Córtex da poesia 

 o sono navegador 

A lógica acamada

Rota a revelia 


Variantes desconexas

Tem sua liturgia 

No cosmo operador 

E o além que lhe testa


corpo na lida cansada 

Reparando a letargia 

Sonho do sonhador

 na vocação alada


Consciência desprende

Deixa corpo descansar 

Universo revelador 

Encontra tantos entes 


Não nota a noite passar

Nesse divino passeio 

Sou o condor dos andes

Até onde a mente voar


Provável perder lembrança 

Forma da alma acalmar

O poeta e seu duplo

No cortejar da esperança 


Os vislumbres da mente

Que a revoada passar 

Mexendo por inteiro 

É viver poeticamente 


Demonstra prenúncios

Que o Tempo revelará 

Como sopro e gorjeio

Experimento adjunto 


Tempo atemporal 

Onde nasce Déjà Vu

Sonho como oracular

 Ressignifica o mundo 


Fragmentos capitados

O porvir de norte a sul

Acena ao espírito 

O médium lapidado 


Distorção temporal 

Opera fora das leis

Distorce padrões 

Da visão sensorial 


Aprendizado em estar

Da terra ao ar rarefeito 

Nada será como antes

De dormir e levitar


SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

                                

domingo, 30 de março de 2025

APELO DO CORAÇÃO

APELO DO CORAÇÃO

O que ficou no coração

Perdido depois de três safena

É que no jardim da liberdade

Incongruência “animus e anima”

Ambiguidade existencial

nem sempre são flores

As toxinas drenam livre arbítrio

E desnutrem a concentração

No subsolo poesia revela

Açúcar e doce e tem seus males

Os processados na evidência

Dos mercados, nosso armário

Engodo do sabor, sabotagem interna

A boca dos condenados

E o colegiado das proteínas

São cadeiras vendidas

Organismos condensados

Tiram o mal gosto da imprudência

Dão a sentença,

Autos que descreve a morte lenta

Nova roupagem dão ao veneno

No Anúncio do intervalo da novela

Condenado a doenças modernas

Conforme a dosimetria

Dos carboidratos instantâneo

Ou a safra formosa peçonhenta

Reacionário conservantes Processados por produção

E se equilibrar nos propósitos

Empanados de sódio

Tempera o prato do ódio

A enfermidade fomenta economia

Nutrição da necropolitica

Nutre os negócios

E o aviso foi cirúrgico

De um corpo que disse:

-Eu paro aqui, chegou o limite

desse jeito siga sozinho

Para desbloqueio da couraça

Quando o apresentam o abismo

Do leite materno ao limbo

Há um cardápio de saboreados

Da subserviência da confiança

Escolha e finalidade fatais

E a gula desenfreada a náusea

Da procura existencialista

Reflexos do sentido da vida

Abusos da negligência

Na abundância da morte

Energia coletiva adultera

E bagunçada na cognição

Depressão do estômago

O faz pensar pelo fígado

Camuflagem de gordura

Engana impressão precisa

Perdoa minha indisposição

Ela tem vida própria

Anos de má nutrição

E academia de maus tratos

E as loucuras da esbornia

O álcool, baixa frequência

O pó o conduz a pó se tornar

O transforma na casa da luz vermelha

Delírio sintético

Vulnerável, aos extremos

Com razão amordaçada

postar alegria antes que passe efeito

Flash do desorientado postado

Inocência da rede dos ignorados

Do que nos alimentam

Para chegar ao ponto de devoradorado

Óleos vegetais refinados

Como a disritmia dos energético

Bloqueiam plexo solar

A chamada , da escola de si amar

Dentro do portal da Mãe terra

Profundas raízes fazem a força

a flecha de Ode aponta o caminho

Clamado pelo arauto do lamento

Vem do apelo cá do peito

A chance lançada a renascer

Reavivar a vibração de ser

Orgânica e reorientada

Da terra, fogo, água e ar

E a conexão sagrada

A cadência eloquente

Tira neblina da mente

E um punhado de grãos é magia

E meu Odu descreve o caminho

me pede que o ajude ajudar.

Que renascer é destino

E o navegar do refino

Pelo universo de possibilidades

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS

sexta-feira, 28 de março de 2025

PALANQUE DOS ALGOZES


PALANQUE DOS ALGOZES

Condecorado a servo

Dos Assassinos de Cristo

Levam a mão ao céu

Acenando para inferno

A outra nos proventos do crente

Que consente

A fabula do proselitismo

E as certezas absolutas

O incentivo aos que se moldam

Espumas da cognição

 assim o que é que tem que ser

Contanto que não tenha “porquês”

Andará por campo minado

Horror de ser abduzido

Milícias na comunidade

No afago da conformidade

Para ganância do pastor

Caverna zona de conforto

Respectivas bolhas

Aconchego de pertencer

E não ser cancelado

Coral das histerias coletivas degustam sopa de ódio

Para dogmas requentado

Fogueiras modernas

Queimam reputação

Mesas de mediação

O isolamento da reflexão

A filosofia é inimigo sem redenção

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS