Anomalia induzida
Entregue a toda sorte
Põe a arte submetida
Sem a menor lisura
Imposta moldura
Aos arroubos desse fardo
A fantasia concedida
Oprimido se sente culpado
Dessa alegoria a qual julgado
Contempla o torpe fardo
é a sorte de uma boa morte
Sugado até última tragada
Nessa sarjeta do descaso
Não se iluda com farda
Largado esquecido e apagado
É o truque rasteiro
Genocídio programado
Camufla o sangue no passeio
Torna o sonho indigente
Dizem ser prudente
Para não contrariar o mercado
Nada é por acaso
de braços com a fome
Uma companheira de porre
A revelia do nada pode
A crença burlesca
Na hegemonia dos tabloides
A farsa que pede vistas
Alinhamento das arestas
E o banal sequestrar vidas
Orquestrada pelas matilhas
E economias fascistas.
SÉRGIO CUMINO - OBSERVÁTORIO 803
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