A DEPRESSÃO DA EXISTÊNCIA
A cada páreo que persiste
A ilusão da existência
Terceiriza o fardo
Num desfecho árduo
Para que dê audiência
Aí não há divina providência que se renda as querências
Se esquiva dessa sabotagem
Entre Eu e o Mim
Acho que deixei na gaveta
De mitos esquecidos
O martelo que quebra
essa porcelana mofa
Que incomoda cá dentro
O delírio da resistência
Convive com pressentimento
Presumido, núcleo da farsa
Oriundo das redes de sandices
Bombardeio de tolices
Que mutila os fatos
És um quadro abandonado. de natureza morta
Mas o que importa é a busca
Não o status.
Como nuvem que passa
E traz tempestade nervosa
Para o alagamento moral
Dos pensamentos fugazes
Um suicidado abandonado
Na margem da várzea
Lutando pelos sentidos
Que a angústia rapta
É protagonista e a corda
Na medida do impossível
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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