O POETA ERRANTE
A tramoia dos padrões
É piso lizo que escorrega
E aí começa a epopéia
Poeta caído, anjo sem asas
Procrastinando sem chão
Subvertem o que liberta
Deixam vaga aberta a solução
A árvore do conhecimento
Não dá frutos em terra tóxica
Alucinado na paranóia
Faz o que dizem certo
Para o que lutar?
Se lhe deram a solução
Mas a mente inquieta
E o andarilho sem opulência
Os arautos do conformismo
Dizem: “aceita que dói menos”
Mesmo assim não se conforma
Sabe que a dor é conselheira
Vê a escrita como o remédio
Espécie de divã interno
No dilema com seus infernos
Um embate com contraditório
Segue sem procuratório
Um dissidente da caverna
Um catador de resenha
Um Quixote errante
contra o vazio insignificante
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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