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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

O POETA ERRANTE

 


O POETA ERRANTE

A tramoia dos padrões

É piso lizo que escorrega

E aí começa a epopéia

Poeta caído, anjo sem asas

Procrastinando sem chão

Subvertem o que liberta

Deixam vaga aberta a solução 

A árvore do conhecimento

Não dá frutos em terra tóxica

Alucinado na paranóia 

Faz o que dizem certo 

Para o que lutar?

 Se lhe deram a solução

 Mas a mente inquieta 

E o andarilho sem opulência 

Os arautos do conformismo 

Dizem: “aceita que dói menos”

Mesmo assim não se conforma

Sabe que a dor é conselheira

Vê a escrita como o remédio 

Espécie de divã interno

No dilema com seus infernos

Um embate com contraditório 

Segue sem procuratório

Um dissidente da caverna 

Um catador de resenha

Um Quixote errante

contra o vazio insignificante 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

 

            

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