ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

sábado, 22 de fevereiro de 2025

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS CORES


PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS CORES

O lamento eterno

Nós becos e favelas

Periféricos da baixada

 onde todos são invisíveis

Seja, preto, pardo ou pobre

A zona do extermínio

Quando a justiça cega

Tropeça na beira do abismo

Bate meta na bacia das almas

É mãe que enterra filho

E filho, que ainda não fala pai

Estão no balaio do extermínio

Do escudo cor de chumbo

E Bruno, Maria e José

Até crianças roubam futuro

Não são óbitos, são estatísticas

Quantos votos vale um morto?

Nessa política belicista ?

No cálculo do fascismo

Nas mãos da milícia

O sangue escorre nos bueiros

E somem no projeto Higenicista

Fascismo moderado bate o martelo

 primos de primeiro grau

Dos que empunham o punhal

verde amarelo

De republicano só tem o cano

E a benção da universal

Promessa de falsos messias

Escudo há de tornar tela

Da residência dos artistas

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHA


Nenhum comentário:

Postar um comentário