PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS CORES
O lamento eterno
Nós becos e favelas
Periféricos da baixada
onde todos são invisíveis
Seja, preto, pardo ou pobre
A zona do extermínio
Quando a justiça cega
Tropeça na beira do abismo
Bate meta na bacia das almas
É mãe que enterra filho
E filho, que ainda não fala pai
Estão no balaio do extermínio
Do escudo cor de chumbo
E Bruno, Maria e José
Até crianças roubam futuro
Não são óbitos, são estatísticas
Quantos votos vale um morto?
Nessa política belicista ?
No cálculo do fascismo
Nas mãos da milícia
O sangue escorre nos bueiros
E somem no projeto Higenicista
Fascismo moderado bate o martelo
primos de primeiro grau
Dos que empunham o punhal
verde amarelo
De republicano só tem o cano
E a benção da universal
Promessa de falsos messias
Escudo há de tornar tela
Da residência dos artistas
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHA
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