ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

segunda-feira, 31 de março de 2025

MULTIVERSO

MULTIVERSO

A lua me olha grande

Me banha pela janela

Aberta , brisa o calor

Do meu sono andante


Surgirão a capela

O palco de cada ato

herói meu condutor 

Enredo que atropela


Surreal se torna fato

Se porventura supor

Sonhando supera

Consciência do relato


Flutuante o saudou

o junto e misturado

Real e imaginário

O não crível cooptou


Sopro desconhecido

Viagem do sonhador

Sem rota ou clientelas

o corpo desprendido


Vasta fontes vividas

 percepção ao relento 

A mercê da memória 

Providência seletiva 


Navegante que vaga

Seja por onde for

O espaço revela

O tudo e o nada


Experiência oculta 

Tem seu esplendor

Transcender é saga

 Recebe e não reluta


Astral do protetor 

É telo nessa juntada

Da aventura conjunta 

Divagar com andor


 Córtex da poesia 

 o sono navegador 

A lógica acamada

Rota a revelia 


Variantes desconexas

Tem sua liturgia 

No cosmo operador 

E o além que lhe testa


corpo na lida cansada 

Reparando a letargia 

Sonho do sonhador

 na vocação alada


Consciência desprende

Deixa corpo descansar 

Universo revelador 

Encontra tantos entes 


Não nota a noite passar

Nesse divino passeio 

Sou o condor dos andes

Até onde a mente voar


Provável perder lembrança 

Forma da alma acalmar

O poeta e seu duplo

No cortejar da esperança 


Os vislumbres da mente

Que a revoada passar 

Mexendo por inteiro 

É viver poeticamente 


Demonstra prenúncios

Que o Tempo revelará 

Como sopro e gorjeio

Experimento adjunto 


Tempo atemporal 

Onde nasce Déjà Vu

Sonho como oracular

 Ressignifica o mundo 


Fragmentos capitados

O porvir de norte a sul

Acena ao espírito 

O médium lapidado 


Distorção temporal 

Opera fora das leis

Distorce padrões 

Da visão sensorial 


Aprendizado em estar

Da terra ao ar rarefeito 

Nada será como antes

De dormir e levitar


SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

                                

domingo, 30 de março de 2025

APELO DO CORAÇÃO

APELO DO CORAÇÃO

O que ficou no coração

Perdido depois de três safena

É que no jardim da liberdade

Incongruência “animus e anima”

Ambiguidade existencial

nem sempre são flores

As toxinas drenam livre arbítrio

E desnutrem a concentração

No subsolo poesia revela

Açúcar e doce e tem seus males

Os processados na evidência

Dos mercados, nosso armário

Engodo do sabor, sabotagem interna

A boca dos condenados

E o colegiado das proteínas

São cadeiras vendidas

Organismos condensados

Tiram o mal gosto da imprudência

Dão a sentença,

Autos que descreve a morte lenta

Nova roupagem dão ao veneno

No Anúncio do intervalo da novela

Condenado a doenças modernas

Conforme a dosimetria

Dos carboidratos instantâneo

Ou a safra formosa peçonhenta

Reacionário conservantes Processados por produção

E se equilibrar nos propósitos

Empanados de sódio

Tempera o prato do ódio

A enfermidade fomenta economia

Nutrição da necropolitica

Nutre os negócios

E o aviso foi cirúrgico

De um corpo que disse:

-Eu paro aqui, chegou o limite

desse jeito siga sozinho

Para desbloqueio da couraça

Quando o apresentam o abismo

Do leite materno ao limbo

Há um cardápio de saboreados

Da subserviência da confiança

Escolha e finalidade fatais

E a gula desenfreada a náusea

Da procura existencialista

Reflexos do sentido da vida

Abusos da negligência

Na abundância da morte

Energia coletiva adultera

E bagunçada na cognição

Depressão do estômago

O faz pensar pelo fígado

Camuflagem de gordura

Engana impressão precisa

Perdoa minha indisposição

Ela tem vida própria

Anos de má nutrição

E academia de maus tratos

E as loucuras da esbornia

O álcool, baixa frequência

O pó o conduz a pó se tornar

O transforma na casa da luz vermelha

Delírio sintético

Vulnerável, aos extremos

Com razão amordaçada

postar alegria antes que passe efeito

Flash do desorientado postado

Inocência da rede dos ignorados

Do que nos alimentam

Para chegar ao ponto de devoradorado

Óleos vegetais refinados

Como a disritmia dos energético

Bloqueiam plexo solar

A chamada , da escola de si amar

Dentro do portal da Mãe terra

Profundas raízes fazem a força

a flecha de Ode aponta o caminho

Clamado pelo arauto do lamento

Vem do apelo cá do peito

A chance lançada a renascer

Reavivar a vibração de ser

Orgânica e reorientada

Da terra, fogo, água e ar

E a conexão sagrada

A cadência eloquente

Tira neblina da mente

E um punhado de grãos é magia

E meu Odu descreve o caminho

me pede que o ajude ajudar.

Que renascer é destino

E o navegar do refino

Pelo universo de possibilidades

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS

sexta-feira, 28 de março de 2025

PALANQUE DOS ALGOZES


PALANQUE DOS ALGOZES

Condecorado a servo

Dos Assassinos de Cristo

Levam a mão ao céu

Acenando para inferno

A outra nos proventos do crente

Que consente

A fabula do proselitismo

E as certezas absolutas

O incentivo aos que se moldam

Espumas da cognição

 assim o que é que tem que ser

Contanto que não tenha “porquês”

Andará por campo minado

Horror de ser abduzido

Milícias na comunidade

No afago da conformidade

Para ganância do pastor

Caverna zona de conforto

Respectivas bolhas

Aconchego de pertencer

E não ser cancelado

Coral das histerias coletivas degustam sopa de ódio

Para dogmas requentado

Fogueiras modernas

Queimam reputação

Mesas de mediação

O isolamento da reflexão

A filosofia é inimigo sem redenção

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS


A MORTE DE EROS & THANATOS

A MORTE DE EROS & THANATOS

A morte mora ao lado

Estupidez reflete 

A extensão da sombra 

No bairro, vizinho ,na cama

Na igreja e esbórnia 

Pandemia da inépcia 

A inquisição que vocifera

Contra organismo de saúde 

Negativismo e os costumes

Regimes absolutista 

Estupidez normativa 

Sabotando a semiótica 

Muralha a região dos desejos 

E lamento da imigração 

Larga razão no limbo

Seja o que Deus quiser

Qualquer parte da esfera

Procria guerras eternas

Moral de rebanho 

Afogando debate

Apontam Culpados 

No fervor da conveniência 

E os inimigos imaginários

Torna certo o que é improvável 

Leva cunha de verdadeiro 

Destaca na capa

Portifólio da Arrogância, 

-O que importa que eu acho 

Submundo que germina

Lavam dinheiro e as mentiras

Na máquina da repetição 

A tese da ignorância 

E Manchete subsidiada

Na soberba do preconceito 

Desfaçatez sedutora 

Sintaxes e semânticas

na cara de paisagem 

Da Imprensa burguesa 

Que supera o próprio mal

O racismo nas estruturas 

Que carregam as máculas Cooptam símbolos

Ressignifica ordem mundial 

Para fluxo de honorários 

Atrocidades sob véu do bem

Uma overdose de fatos raso 

 Ilusões confortam

Decreta o fim da reflexão 

Amor é subversão

E o direito de ser diferente 

Absurdo no tudo do mesmo 

Resumido em frase de efeito 

Para fácil absorção 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS   

                                

quinta-feira, 27 de março de 2025

LÍNGUA FORJADA

LÍNGUA FORJADA

A inteligência subvertem

seus devaneios artificiais

A dor cibernética

na calada da noite

provoca apagão

Liberal da língua forjada

Encurralando com método

Olhos grandes de sua lente

E a incerteza da jornada

Vira fato e polui a mente

Que gritam com olhos

Com ego primitivo

Que conseguiu burlar

O louco e o precipício

-Entalado, não consegue falar

Eram juras fundamentalistas

E a arte do convencimento

A língua não consegue expressar

Escritório do embrolhio

Tão falso quanto tóxico

Contamina a ilusão

Relativiza os paradoxo

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS 

 

quarta-feira, 26 de março de 2025

FLUXO DE CAPITAL

FLUXO DE CAPITAL

Há uma rede no subsolo

Há poesia do subterrâneo

De um sub povo, acordado

A miséria paga dobrado

Um fato consumado

Um dengo de alta de juros

Sei lá o que, neoliberal

Verborragia dos falsários

Autarquia vira bruma

Na calada da noite

A catarse das pratas

Paraíso fora do mapa

Protagonismo oculto

Para os acionistas vitimização

 Edital da imprensa arrendada

 .Geopolítica das bolsas

Do vil mercado

E o teatro de sombras

Até o inatingível, factoide

Do dialeto sem eita nem besta

Síndrome de Judas

E o que fala não se escreve

Por apenas trinta moedas

Fique até final do vídeo

Qual custo da ferida

Essa sangria não sacia

Curtida a chagas alheia

Incompatibilidades da farsa

Dialética contra narrativa

É a tomada da ruas

A utopia das células

A profecia do espírito

A faixa esticada, mãos calejadas

Reafirmar a palavra de ordem

No estigma da jornada sofrida

A intuição é o louco

Desse fisiológico 

de cartas marcadas

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS


COMUNHÃO LAICA

COMUNHÃO LAICA

Atributos da língua

 Linguística e a linguagem

Pedra da oralidade

E a esculpida por Aleijadinho

Há ancestralidade

No barroco assim como nas folhas

Tupi e Iorubá. Todas nações Ya

Há uma diversidade de parlatório

Seja bíblia ou alcorão

Monge e pagão

No sertão do catimbó

Ensinamentos do Tao 

Arquétipos do Tarô 

Revelação de Ifa

Profundo ateísmo

E as variantes de Deus

Deusas que acolhem

Deus que nos acuda 

Singular oralidade

Magia na musicalidade

Somado a outros históricos

Multiplica a tiragem

Em diversas tradições

Fogo e da fumaça

Escola da Mãe terra

de samba e afoxé

 Sabedoria de Gaya 

Sincretismo da realidade

Confidencialidade da tradução

E o plantio familiar

Na cultura do espírito

A conjunturas das semiótica

A alma e a civilidade

De uma democracia laica

Soberania cultural

No canto, dança e batuque

Transe e a reclusão

No mosteiro ou camarinha

Templo Estado Laico

São os úteros da elevação

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHA 

terça-feira, 25 de março de 2025

DILEMA NAVEGANTE

DILEMA NAVEGANTE 

As gavetas dos sentidos

Estão em vazio estado

Inspecionado pelo desapego

E seus maus tratos

Na abolição dos status

Devolve prazeres de terceiros

e o desejo emprestado

Não contemplar o absurdo

Fique calado e saia mudo

Não busca significados bastardos

Dos formadores de opinião

Versão opressão e vice versa

No calvário subjetivo

Traga protagonismo para si 

E as circunstâncias, resposta 

Não justificativa de rebanho 

Ser aprendiz do erro

Incapacita ser vítima 

Empantufado de existência vazia

Reverbera imprudência 

Na medida do impossível

 Antes que perca

A última gota de autenticidade 

Na estação do desespero 

Amarrado a insegurança

 Prestes a afogar a esperança 

No lodo e seus arroubos 

Lhe tira perseverança 

Por augaritimos da rede

Lhe pesca como cardume 

De um pescado barato 

Num cardápio de ilusões 

Vira produto enlatado 

Em conserva na ignorância

O que confere essa canoa 

Um autêntico pau mandado 

Desse dilema navegante

Quando se torna pescado 

Padrões lhe tiram escamas

Com estruturas massacrante 

Escolha a rota da vida

 Ou acabará amontoado 

na prateleira de mercado 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

                       

segunda-feira, 24 de março de 2025

REVOADA - MENTE

REVOADA - MENTE 

O motor do pensamento 

Ronca mais que o abuso 

Das ranhuras do tráfego 

Histriônica narrativa

Sob o canto dos pneus 

Corrompe a indagação 

e te consome pela palma mão 

O perfil compartilhado

dados embriagados 

No mito do vinho de palma

E toda manifestação mundana 

Faz a sina dar cavalo de pau 

E os valores da conexão 

Cuja luz desconjura a sombra 

O compasso iluminado 

O desafio a solitude 

Quando está em modo avião 

Respira o silêncio sem poluição

Onde a paz é seu retiro 

Que o desvia de certos gatilhos 

Preferido pelo fel da fábula

É jangada aderiva 

nas ondas sonora 

Sirenes das emergência 

Indica lamento das dores 

a procura de socorro 

Ao mesmo tempo

 que grita pra dentro 

Medo e o apavoro 

Equilíbrio desapega 

Das curtidas baluarte 

Das muletas da existência 

A essência do sagrado 

Faz jus a pertinência 

E todo axé que trará 

Desse brinde solitário 

A convicção do eremita

Resgata da torre

A graça Fun Fun 

Das águas de Oxalá

Onde o nada é tudo

Para a mente flutuante 

Sobre a benção de Orixá.

SÉRGIO CUMINO 

O POETA DE AYRA 



 

                                   

domingo, 23 de março de 2025

ÊXTASES QUIXOTESCOS

ÊXTASES QUIXOTESCOS

A loucura tem seu lugar de fala 

Insanidade faz rococó da realidade 

Desde a puberdade 

 da opressão que ilude 

Fazem de lustre da sala 

Sem energia.

Quando paradigma fragiliza

A convivência da penúria 

É refúgio dos tolos

Longe do contágio 

Ignora os filtros 

da insanidade das castas

 a por venturas convencionadas

O bobo da corte e a anedota 

sem nota de roda pé 

Riso coroa a razão 

Expõe a latrina da doutrina 

O crepúsculo do escrúpulos 

Nesse papo de maluco 

Subverte a lógica 

Num calculo de atenção 

A vista de um novo ponto 

De quem não teme o ridículo 

O riso é crítico da estética

Das regras cínicas 

  Deixa o patético insonso 

Resiste a apatia coletiva

 ressignifica a compaixão

Genialidade de Parsifal

Peregrinação de cada graal 

Nesse grande vale da vida 

É a ventania que te leva

Desprende dos pretextos 

Ela sabe, pra onde indica

Os moinhos de vento 

Transcender a realidade 

Em Êxtases Quixotescos

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

                       

sábado, 22 de março de 2025

UM EU DE LIBERDADE

UM EU DE LIBERDADE 

Terceirizar a introspecção 

As fábulas de uma doutrina 

Vai ser o que a má fé determina

E a negatividade que te suborna 

Roteiro dado se olha os dentes 

Ou lhe tranca a própria sina 

Determina seus corpos 

Suas ladainhas 

É a moral convencional 

Que programa as mentes 

Ao juízo sob medida 

Indecências que te submete 

O mito de morte vida Severina 

No inconsciente moderno

Que nutre reflexão existencial 

A resiliência identifica o sinal 

Nem tudo está perdido

Muito menos encontrado 

Testemunho ocular 

Da cela das decências 

 - que vontade é essa de autenticidade?

Subjetivo subversivo 

Terá suas penalidades

Na polarização do bem e do mal 

O homem moral é essência 

Do Reacionário cívico 

Anula ser o que é 

Quando se é existência 

Contrapõe o grito de ordem

Liberdade Presente.

Flerta com responsabilidade 

Em tudo que realmente acredita 

Ou cai ciclo vicioso da má fé 

Carrega em si a força da referência 

Quando as ações vira canoa 

Na rota da liberdade.

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS    

                           

quarta-feira, 19 de março de 2025

TÉDIO TE CONSOME

      


  TÉDIO TE CONSOME 

Seja suor ou lágrimas 

O pódio da conquista 

 Querer é perecível 

Com Tempo de validade 

E ofertam na palma da mão 

Quiromancia digital 

Uma linha do consumo 

Ao lado da linha da vida 

Flerta a graça da ilusão 

A graça perde a graça 

Depois de tanto frisson 

O encontro com vazio 

Parceria é enfadada 

Como pêndulo 

Êxtase e vácuo 

Da súbita abstinência 

Efêmero não sacia 

Gera sucessivos desejos 

Cada qual o seu preço 

Sem atingir o pleno

Renova a petulante dor

Emergência nos quereres

Nas páginas do lamento 

Procura um lançamento 

Que descontraia seu ímpeto 

No mercado do cinismo 

Constrói paredes frias 

Na penúria da alma 

A sombra que se forma

No tempo dedicado

Nem sempre que empenha

Reflete como noite de luar

E subsequentes círculos viciosos

O tempo percorre no seu tempo 

A ponto de experimentar 

Novas ofertas de angústia 

E já não tem tempo para gastar 

Até a dopamina tá alterada 

Desolado abandono do porquê 

Ciclo não repete mais 

A chegada da jornada 

Ou destrói ou liberta 

A mercê da crença 

Ou Vivência abduzida 

Sucumbirá ao que te consome 

Assim a solidão acolhe 

Perante ao tédio inevitável 

surge a dúvida 

Qual renuncia há refúgio?

O desejo de não desejar 

Força cognitiva do riso 

Ou a mistura com espírito 

E o que lhe fortalece 

Basta viver e verá 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 










  

                                               

sábado, 15 de março de 2025

PROEZAS DA RAINHA GUERREIRA

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PROEZAS DA RAINHA GUERREIRA

Virginiana predestinada

A maçã cai do pé antes do tempo

Sua mãe a faz empoderada

Adversidades já no berço 

Enfrenta maremotos desde cedo

É filha de Iemanjá Ongunté

Não precisa dizer mais nada

Enfrenta o que mostrava fadada

Seria intensa a guerra

Pressuposto básico vira bandeira 

Externa quanto mitológica

Que faz a poesia flexível 

Limiar, da onda e a partícula 

E a vida não a poupa de provas 

Jornada noutro nível 

na puberdade lhe deu foco

Mulher, dará a luz

proeza feminina ,formou suas crias

Valentes do próprio destino

E as provações penosa da heroína 

Ori é o mar que submerge

Digestão e a nova energia 

espiritualidade e seus mistérios

Ataque sério ao seu castelo

O sacrifício dos medos 

Epopéia de uma sina

Bambeou os joelhos 

Lhe deixou de muleta

Batalha com a sombra

Que agrava percalços terrenos

As avarias a fez forte

Mas na sua retaguarda 

o Deus do início e do fim 

É Omulu e sua abençoada palha 

É mulher guerreira, muito centrada

Na jangada da morte e ressurreição

Tiraram lhe o direito de ver

para não ser formada

Mas Ayra lançou seu raio

Tornou a advogada

Questiona justiça, lágrimas retida

Não há recompensa sem renuncia 

Senhor das chagas concedeu 

a visão . Mas tirou as lágrima

para não se mostrar fraca

Suas dores compadecem

Com dores alheias

Maturidade, rodas viraram pernas

Mobilidade pelo mal caminho

Deficiente engajada

 Enfrenta as lástimas da vida

 Por mares desconhecidos 

Desse povo resistente

Sua história é recompensa 

Cada Vitória conquistada

Revela sua jornada 

Após do terror do mar noturno 

A um farol que a ilumina 

A radiância reverbera 

 Triunfo da mente sabia 

Fez do campo realeza 

É a mulher e menina

Guerreira forte, persevera, não foge

O nome ensina, sinaliza o teste 

Deusa juramento,

 divina abundância. 

Vida longa a minha a nossa 

Rainha Elizabete

SÉRGIO CUMINO 

POESIA COM DEFICIÊNCIA 


Poema dedicado a minha heroína Elizabete Nascimento 

                         

quinta-feira, 13 de março de 2025

A INDIFERENÇA RECICLADA

 

A INDIFERENÇA RECICLADA

Loucura nessa vida 

É o caos pulsando

De manhã até fim da tarde 

Que faz me catador andante

Resenhando quando ando

Não canto, não danço 

Deixo a loucura interna 

Interaja, com o diálogo 

Análogo a um peripatético 

Interagir com cabaré na mente

Espécie observador cético 

Arranhando uma opereta

Com elenco diversificado 

Mantendo olhar discreto

Desde aquele mal humorado 

  as ondas de caretas

Hordas do descasos

Turista mal amado 

Sob sol pelando 

Quase alucinado 

Reciclado põe no saco

Segue avante

Com a benção de Iemanjá 

Na estância de praia grande 

Assumo o tiozinho pacato 

Porém de fino trato

Pelo caminho eu penso 

Junto ao Invisível desalento 

Seguindo contra vento

Passo pelo percurso

 percussão sem compasso 

É a fome que para passar o tempo, reverte em pensamento 

Isso quando possível 

Somando a miséria a maresia

Que converte em poesia 

A marola da hipocrisia 

A criação é o ímpeto

E o que diferencia 

Que não vem da alma

Essa vem do fígado.

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

  

quarta-feira, 12 de março de 2025

LIBERTA SUA CRIANÇA

LIBERTA SUA CRIANÇA 

Liberta sua criança 

Das grades do imaginário 

Intangível mas previsível 

Cria se na tenra idade 

Sem grito nem berros

Demarca os limites 

Conforme programado 

Frustrado e bloqueado 

E o medo condicionado

Em seu subterrâneo 

Submete a infância 

Tiram lhe esperança 

Da Inocência viçosa

Idealiza se a presa 

Do que compõe sua cela

Nos padrões recorrentes

Faz se o elo com estigmas;

Porque o medo escraviza 

Mas quando destino é desafio 

Nas encruzilhada da vida

A pureza se manifesta 

Como âmago contesta

Um gatilho que se ativa

Da jornada mal resolvida

Tolice negala, é resistência 

Que sabiamente o desarma

Surge o pânico vigente 

Regresso intransigente 

Se permitir por si ressignifica 

E resgata das falsas correntes

E a liberta do inconsciente 

subsolo da mente 

E integra o que era renegada 

 clímax de conto de fadas 

Quando se permite ser

Na pujança da vida

Acasala intuição e criação 

E a cura de suas feridas

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 





  

                         

SER SEM ENQUETE

SER SEM ENQUETE 

Ser alguém na vida

É que todos projetam

Mas por qual prisma?

Da obediência eterna

Do guia da aprovação 

Criação de uma persona

Na máscara que acredita ser

Mas elas não são eternas

Cairão como fruto maduro

Quando a dor se revela,

Apodrecerão no chão que cultivou

o dia do revés, tudo desmorona

Semelhante a torre do tarô 

 frágil personagem que adotou

Funcional, alinhavando a trama 

Aí pergunta :- para onde eu vou ?

Nada se encaixa na perspectiva vã 

Cabe o cultivo da terra 

 que a procrastinação abandonou 

 a plateia do show 

 o público que se revelou 

É fumaça que a vida dissipou 

O dilema das escolhas se impõe 

a vaga lembrança do que foi

Antes da mentira ordenada

Dessa ficção descabida 

Que justifica a subserviência 

Haja disponibilidade a clemência 

Nova base a indulgência 

Onde tudo é recomeço 

Junta-se aos tropeços

Que dará nos próprios cacos

Deverá sair do automático 

Ressignificando perante si

 Reconstrução está na constância 

Sem dependências morais 

Impostas pelo vulgo opressor 

Para garantir que não regresse

a sopa da subordinação 

Troca vazio vigente para novo

Estando apegado a obediência 

  o ego resiste deixar o palco

Quando deveria ser pilar

O retorno das estruturas

Emerge dos escombros 

Do proselitismo arraigado 

Liberdade de um eu soterrado 

Sem crise de identidade 

Um herói em frangalhos 

a batalha da alma com medo

Os sonhos são sussurros

e mostrará como derrubar muros

 Dará a Cezar o que lhe cabe

Não sucumbirá a vaidade 

Sua consciência não se ilude

Vivenciara sua plenitude

Em seu próprio alicerce 

O porá por inteiro 

Na vereda do destino 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 











  

                                

terça-feira, 11 de março de 2025

DESAFIO DE SER FELIZ

DESAFIO DE SER FELIZ 

Onde mora a felicidade 

E qual significado 

Parece óbvio, nem tanto 

 damos início ao portanto 

Das procuras seculares 

Luxúrias do prazer

O engodo do status 

Trapaças dioturnas 

Se quer encontra o sumo

Para dizer que escorre pelos dedos 

 não identifica atalhos 

Tempo de vida 

Não emite certificado 

O desencontro revelado

num vazio indulgente 

Cinismo do fazer de conta 

Falta de sentido se externiza 

E não pode ser comprada

corroem as possibilidades 

As coisas que vem e vão 

Geram vulnerabilidade 

E os objetos de consumo

O distância da felicidade 

Assim gira a roda da vida

Não encontrará no destino 

Passam estações e nada

É que não mora na jornada

É o primor de foro íntimo 

Que sempre o desviaram

 Não importa galeria de estímulo 

E suas drogas sintéticas

Aos impactos do momento 

Sendo que é bem durável 

 não manifesta na inquietação 

Nem negligência a quem amamos

 Contingência e sua adaptação 

São caricaturas de seus infernos

 Como os rompantes da ostentação 

A felicidade está no amor próprio 

Não em valores externos.

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 








 

                              

CORRUPÇÃO DOS SONHOS

 

CORRUPÇÃO DOS SONHOS

Acordei de um sonho

Pelo que percebo

 sonho acordado

E conforme traçado

Vejo me fadado a iludir

Como sonhador apavorado

Contrapõe a percepção

Transtornos da realidade

Tiram meus Pés do chão

Ou reflexo do pensamento

Do que havia sonhado

E não tinha apalpado

Pra minha convicção

Persiste o pesadelo

Adultera a interpretação

Da psicologia induzida

Os sentidos, sabotados

a noção adulterada

O que é, real ou ilusão

Sem testemunhas na solidão

Pra dividir a reflexão

De como me levou consternar

Memória sucateada

Da invasão de factóides

Impossível de acreditar

Que tudo tinha uma razão

Na busca da subjetividade

O inimigo é oculto

Agente da depressão

São medos que externaram

Sem o controle da mente

As sombras da sabotagem

Da realidade funcional

persistentes, dentro ou fora

 Como há de ser, se não percebido

As abstrações dos sonhos

E suas coletas de imagens

Um cavalo de Tróia

 na medida do impossível

Parecem monstros de Goya

As personagens do delírio

Sagacidade das alucinações

Materializa se, de dentro para fora

Do inconsciente coletivo.


SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS


segunda-feira, 10 de março de 2025

VALIDAR QUE SINA?

VALIDAR QUE SINA?

A esperança que o valide

É a armadilha que oprime

É a espera que se pulveriza

Escorre por superfície lisa

Sem atingir seu intento

Se traduzira em lamento

Longe que a necessidade atina

Cada qual , tormenta sua sina

 cônscio de si é a luz do caminho

Para não se equivocar de destino

Desenhe o mapa de sua mina

Somos passivos de crítica

E do ego inflado

Pelos factóides programados

Desespero que tudo de em nada

Nasce a angústia de ser aceito

Não importa qual estrada

A disciplina terá de ser preceito

Desvie das hordas de intrigas

Onde tudo que vem é previsível

Antes que o coloquem numa ilha

Num embate contra invisível

Nas garras do olhar alheio

Se limita a um ponto de vista

Cujo ângulo não é crível

Na história de suas variantes

Pouco se decorre em sua trilha

Pelos propósito que o desvia

Dessa meada se perde o início

Onde o todo resulta em nada

E a inflexão fadada

Com conjunturas instáveis

E esvazia cada princípio

De opiniões voláteis

Em quais a sua se ampara

Para mensurar os alcances

Que contabiliza o tempo perdido.

E para atingir a maturidade

Transcender a máscara

Chorar de emoção

e entender suas nuances

É quando a reflexão

Une se ao coração

Para mudar de qualidade .

E saborear sua nova versão.

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS

 


domingo, 9 de março de 2025

DESPERTAR

DESPERTAR 

Despertar da reclusão

Além daquele medo

Que o faz hibernar

Há o desapego

Que o tira do lugar

E o depara com a sombra

Do delírio sagaz

Que tem muito a ensinar

Teorias mirabolantes

Está ali no escuro

Com seus segredos

Desejos e receios

A bases dos frustrados

Aqueles que não saíram

Do sopro do relato

Está na zona de conflito

Amores mal resolvidos

Moradia do tormento

Para desvia- lo do autentico

O marinheiro não faz de marolas

Assim como poeta de espumas

teorias são conforto e pretextos

Os detalhes, que o faz avançar

Dedicar se ao seu melhor

Na humanidade horizontal

Há uma busca vertical

Experiência da dor

E excelência do amor

ingredientes do existencial

Para reporta lo a si mesmo

E o bom senso de abdicar

As couraças externas

Que não veste mais em você

Não quebre suas promessas 

Que firma consigo 

Seja guardiã de suas escolhas

Se não outros o serão

SÉRGIO CUMINO 

CATADOR DE RESENHAS 










  

    

sábado, 8 de março de 2025

DESESPEROS BASTARDOS

DESESPEROS BASTARDOS 

Medo virou mercadoria

Por vias incertas

Objeto de desejo

Consumo em doses alternadas

Fragilizado perde o propósito 

E lhe transforma em produto

Ou prestador de serviço 

A Verdades ilusórias

Da realidade líquida

Escorre pelos dedos

O que restou do amor

Evaporam com segredos

Resquícios de prazeres 

Falácias da memória 

Perdidas nesse meio tempo

Com incerteza e seus receios

Chantagens subjetivas

Transferência instantânea 

Doenças monetizadas

E as retóricas pandêmicas

Saúde é mercadoria 

Que agiliza seu descarte 

Quando a dor é privatizada

-gostaria de fazer um aparte

 do que me resta para abate

E laços que não se completam

Desqualifica a nova tendência 

Cujas esperanças voláteis 

De pronto são pulverizadas 

O lançamento de amanhã 

Já nasce superado 

Antenados desorientado

Dos produtos lançados 

De paz e guerra 

Anomalias geopolíticas

Fugas dos acuados 

E mentes polarizadas

Corre a muralha que desafia 

Fuzilamento de futilidade 

Ou imigração bastarda

A valores maquiados

Que a narrativa lhe prega

e recebem do outro lado

Da mesma moeda.

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

  

                   

BUSCA DA EXCELÊNCIA


BUSCA DA EXCELÊNCIA 

Procuro a excelência

Onde há medo de se permitir

Busca constante de si

Ressignificando a existência

Condicionada roteiro alheio

Ao destino faz diferença

 divisor de águas me posicionará

Várzea da opulência

Será ponto de partida

E a inflexão da crise

Alternância, flexibiliza o valor

e combina com a dor e o amor

Romper a zona de conforto

Primeira dose do antídoto 

Princípio interno se vitaliza

A cada dia de conquista

A gratidão exercício pleno

Como olhar nos olhos

E as carícias do sorriso

Já o sentido das adversidades

Forma lógica que não pertenço

E a resiliência se reformula

A fonte da vida no seu quintal

E não havia percebido

Não encontrará fora

O que existe cá dentro

O eterno movimento interno

Recicla o desapego

Dos traumas passados

Dos amigos ingratos

amor não correspondido

Na conversa com a controvérsia 

diversidade e seu brilho 

contextualiza o sentido

numa poesia que fala

Da vida e da tribo.  

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

    

sexta-feira, 7 de março de 2025

ULTRAJE BRADA

ULTRAJE BRADA 

Qual o amanhã que espera?

o alimentado pelas ilusões

Bajulando o ser e não ser

Na feira da conveniência 

Arrolam suas expectativas 

É quando dão mata leão

Na divina esperança

E se vê, asfixiado pelo medo

Do amor, da dor e do anseio 

pernas travadas pelo receio

E o dia se repete

A vida eterna, sente se fraco 

Nessa realidade ilusória 

É preciso coragem 

Contra estigma vulnerável

Carrega a força do indignado 

Já com os pés no chão 

Transpira desequilíbrio 

com menos entusiasmo

As datas se aproximam

No inoportuno calendário

A neurose do pingo da pia

Se potencializa no tic Tac do relógio

Medo pródigo, a invisibilidade digital 

Procrastinar a vida para vive-la 

Não estar presente no tempo real

É o paradoxo que o diga

A véspera, potencializa 

 impacto onde pisa.

Seja positivo ou negativo 

Memoria expressa no retrovisor 

Segue em frente com cautela 

Será melhor a de costume ?

Do que desconhecido nos reserva ?

É na dúvida que nos capturam 

Ultrajando a dignidade 

Saia do automatismo 

Esse moedor de sonhos

Que sente na carne

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

   

                    

quinta-feira, 6 de março de 2025

O SAGRADO E A RENDIÇÃO

O SAGRADO E A RENDIÇÃO 

O sagrado e a rendição 

Recria a felicidade e seu estigma 

Verá a menina dos olhos 

No reflexo do espelho 

E a sincronicidade que arrepia

São pontes que ligam horizontes

 a reflexão vertical, onde a raiz pisa

O propósito reencontrado 

Fragata em busca do sentido 

Pelos vales do reino ancestral 

As lisuras do dogma 

 escorre pela palma da mão 

e segue pela linha da vida 

Uma trinca no paradigma

Que penetra luz

Que os assassinos de Deus

Não conseguiram vedar

Tudo nos vem com um sinal 

 Como os corpos celestes

O julgo do certo errado

Em detrimento do pleno

Vai além do bem e do mal

 É o raio e a derrocada da torre 

Divino delibera o Livre arbítrio 

E a autenticidade das escolhas 

Assertiva e não submissa 

Metafísica tem lugar de fala

Na evolução da existência 

Com a benção de todos elos. 

Transcende a força motora

Reverbera no destino 

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS

  

                   

quarta-feira, 5 de março de 2025

PIERRÔ ABANDONADO

PIERRÔ ABANDONADO

Na verborragia do silêncio

Em confronto a realidade

Cuja finalidade somem

Captura dos princípios

Um vazio a ser preenchido

Pelo regimento da ilusão

Onde não é que supõe ser

São meios que decompõe os fins

E a arte edital do recomeço 

Na epidemia de falos contexto 

Com doenças modernas

e paranoias sistêmica

Estresse da pausa dramática

Que dão audiência condutora

Dessa máquina de moer cultura

E genocida das virtudes identitária

Lidera estatísticas

 de morticínio ativistas

Que vivem no fio da navalha

Nos padrões do andar de cima

Deliberam esperança enlatada

E migalhas que são migalhas

E todo um critério 

A paridade da Reflexão 

Com um balão hélio

De ilusão gasosa 

Dissemina em culpa do esqueci-me 

Ultrapassam o tempo de validade

Necropolitica em dose homeopática

Mercado esse ente fundiário

Mais parece agente funerário

De braços com arrombo acionistas até resistência vira mercadoria

Monetizada nas plataformas capitalista

E a mormaceira da vida faceira

É abstinência do joinha

Se tendência for, lhe dará honrarias

Talvez seja pierrô abandonado

e o trono descartável

 SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS