Ser alguém na vida
É que todos projetam
Mas por qual prisma?
Da obediência eterna
Do guia da aprovação
Criação de uma persona
Na máscara que acredita ser
Mas elas não são eternas
Cairão como fruto maduro
Quando a dor se revela,
Apodrecerão no chão que cultivou
o dia do revés, tudo desmorona
Semelhante a torre do tarô
frágil personagem que adotou
Funcional, alinhavando a trama
Aí pergunta :- para onde eu vou ?
Nada se encaixa na perspectiva vã
Cabe o cultivo da terra
que a procrastinação abandonou
a plateia do show
o público que se revelou
É fumaça que a vida dissipou
O dilema das escolhas se impõe
a vaga lembrança do que foi
Antes da mentira ordenada
Dessa ficção descabida
Que justifica a subserviência
Haja disponibilidade a clemência
Nova base a indulgência
Onde tudo é recomeço
Junta-se aos tropeços
Que dará nos próprios cacos
Deverá sair do automático
Ressignificando perante si
Reconstrução está na constância
Sem dependências morais
Impostas pelo vulgo opressor
Para garantir que não regresse
a sopa da subordinação
Troca vazio vigente para novo
Estando apegado a obediência
o ego resiste deixar o palco
Quando deveria ser pilar
O retorno das estruturas
Emerge dos escombros
Do proselitismo arraigado
Liberdade de um eu soterrado
Sem crise de identidade
Um herói em frangalhos
a batalha da alma com medo
Os sonhos são sussurros
e mostrará como derrubar muros
Dará a Cezar o que lhe cabe
Não sucumbirá a vaidade
Sua consciência não se ilude
Vivenciara sua plenitude
Em seu próprio alicerce
O porá por inteiro
Na vereda do destino
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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