FLUXO DE CAPITAL
Há uma rede no subsolo
Há poesia do subterrâneo
De um sub povo, acordado
A miséria paga dobrado
Um fato consumado
Um dengo de alta de juros
Sei lá o que, neoliberal
Verborragia dos falsários
Autarquia vira bruma
Na calada da noite
A catarse das pratas
Paraíso fora do mapa
Protagonismo oculto
Para os acionistas vitimização
Edital da imprensa arrendada
.Geopolítica das bolsas
Do vil mercado
E o teatro de sombras
Até o inatingível, factoide
Do dialeto sem eita nem besta
Síndrome de Judas
E o que fala não se escreve
Por apenas trinta moedas
Fique até final do vídeo
Qual custo da ferida
Essa sangria não sacia
Curtida a chagas alheia
Incompatibilidades da farsa
Dialética contra narrativa
É a tomada da ruas
A utopia das células
A profecia do espírito
A faixa esticada, mãos calejadas
Reafirmar a palavra de ordem
No estigma da jornada sofrida
A intuição é o louco
Desse fisiológico
de cartas marcadas
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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