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domingo, 2 de março de 2025

O ESPELHO DO INDIGNADO

O ESPELHO DO INDIGNADO

Quando gera o desequilíbrio

No refino aristotélico

Implode o drama dramático

Aos espectadores da trama

Desatentos passam os olhos

E não veem o protagonista

O prefácio da invisibilidade

Rompe-se a quarta parede

E não existe público

- Isso não é possível.

Exclama o indignado

E os milhares de joinha

Até corações postados

Por fim eram o engodo da

Ação dramática e seu desejo obstáculo

No coreto da praça virtual

Encena o teatro do invisível

Com enxerto do absurdo

Que te levam pactuar

Com a irrealidade postada

não separa o joio do crível

-E os ensaios diante do espelho ?

-Já que tocou no assunto

Quem está no meu reflexo

Foi validado e não me representa

É um outro salvo no arquivo morto

Ansioso das notificações

Sofre com a maldição do cancelado

Senta em cima dos próprios dilemas

Com a vaidade monetizada

Somos alvo fácil.

A audiência do mercado

Impõe o passo dado e pra qual lado

A penitência do simulacro

Você se encaixa no regaço.

SÉRGIO CUMINO

O CATADOR DE RESENHAS

 


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