O ESPELHO DO INDIGNADO
Quando gera o desequilíbrio
No refino aristotélico
Implode o drama dramático
Aos espectadores da trama
Desatentos passam os olhos
E não veem o protagonista
O prefácio da invisibilidade
Rompe-se a quarta parede
E não existe público
- Isso não é possível.
Exclama o indignado
E os milhares de joinha
Até corações postados
Por fim eram o engodo da
Ação dramática e seu desejo obstáculo
No coreto da praça virtual
Encena o teatro do invisível
Com enxerto do absurdo
Que te levam pactuar
Com a irrealidade postada
não separa o joio do crível
-E os ensaios diante do espelho ?
-Já que tocou no assunto
Quem está no meu reflexo
Foi validado e não me representa
É um outro salvo no arquivo morto
Ansioso das notificações
Sofre com a maldição do cancelado
Senta em cima dos próprios dilemas
Com a vaidade monetizada
Somos alvo fácil.
A audiência do mercado
Impõe o passo dado e pra qual lado
A penitência do simulacro
Você se encaixa no regaço.
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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