A INDIFERENÇA RECICLADA
Loucura nessa vida
É o caos pulsando
De manhã até fim da tarde
Que faz me catador andante
Resenhando quando ando
Não canto, não danço
Deixo a loucura interna
Interaja, com o diálogo
Análogo a um peripatético
Interagir com cabaré na mente
Espécie observador cético
Arranhando uma opereta
Com elenco diversificado
Mantendo olhar discreto
Desde aquele mal humorado
as ondas de caretas
Hordas do descasos
Turista mal amado
Sob sol pelando
Quase alucinado
Reciclado põe no saco
Segue avante
Com a benção de Iemanjá
Na estância de praia grande
Assumo o tiozinho pacato
Porém de fino trato
Pelo caminho eu penso
Junto ao Invisível desalento
Seguindo contra vento
Passo pelo percurso
percussão sem compasso
É a fome que para passar o tempo, reverte em pensamento
Isso quando possível
Somando a miséria a maresia
Que converte em poesia
A marola da hipocrisia
A criação é o ímpeto
E o que diferencia
Que não vem da alma
Essa vem do fígado.
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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