DESESPEROS BASTARDOS
Medo virou mercadoria
Por vias incertas
Objeto de desejo
Consumo em doses alternadas
Fragilizado perde o propósito
E lhe transforma em produto
Ou prestador de serviço
A Verdades ilusórias
Da realidade líquida
Escorre pelos dedos
O que restou do amor
Evaporam com segredos
Resquícios de prazeres
Falácias da memória
Perdidas nesse meio tempo
Com incerteza e seus receios
Chantagens subjetivas
Transferência instantânea
Doenças monetizadas
E as retóricas pandêmicas
Saúde é mercadoria
Que agiliza seu descarte
Quando a dor é privatizada
-gostaria de fazer um aparte
do que me resta para abate
E laços que não se completam
Desqualifica a nova tendência
Cujas esperanças voláteis
De pronto são pulverizadas
O lançamento de amanhã
Já nasce superado
Antenados desorientado
Dos produtos lançados
De paz e guerra
Anomalias geopolíticas
Fugas dos acuados
E mentes polarizadas
Corre a muralha que desafia
Fuzilamento de futilidade
Ou imigração bastarda
A valores maquiados
Que a narrativa lhe prega
e recebem do outro lado
Da mesma moeda.
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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