Qual o amanhã que espera?
o alimentado pelas ilusões
Bajulando o ser e não ser
Na feira da conveniência
Arrolam suas expectativas
É quando dão mata leão
Na divina esperança
E se vê, asfixiado pelo medo
Do amor, da dor e do anseio
pernas travadas pelo receio
E o dia se repete
A vida eterna, sente se fraco
Nessa realidade ilusória
É preciso coragem
Contra estigma vulnerável
Carrega a força do indignado
Já com os pés no chão
Transpira desequilíbrio
com menos entusiasmo
As datas se aproximam
No inoportuno calendário
A neurose do pingo da pia
Se potencializa no tic Tac do relógio
Medo pródigo, a invisibilidade digital
Procrastinar a vida para vive-la
Não estar presente no tempo real
É o paradoxo que o diga
A véspera, potencializa
impacto onde pisa.
Seja positivo ou negativo
Memoria expressa no retrovisor
Segue em frente com cautela
Será melhor a de costume ?
Do que desconhecido nos reserva ?
É na dúvida que nos capturam
Ultrajando a dignidade
Saia do automatismo
Esse moedor de sonhos
Que sente na carne
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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