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sexta-feira, 7 de março de 2025

ULTRAJE BRADA

ULTRAJE BRADA 

Qual o amanhã que espera?

o alimentado pelas ilusões

Bajulando o ser e não ser

Na feira da conveniência 

Arrolam suas expectativas 

É quando dão mata leão

Na divina esperança

E se vê, asfixiado pelo medo

Do amor, da dor e do anseio 

pernas travadas pelo receio

E o dia se repete

A vida eterna, sente se fraco 

Nessa realidade ilusória 

É preciso coragem 

Contra estigma vulnerável

Carrega a força do indignado 

Já com os pés no chão 

Transpira desequilíbrio 

com menos entusiasmo

As datas se aproximam

No inoportuno calendário

A neurose do pingo da pia

Se potencializa no tic Tac do relógio

Medo pródigo, a invisibilidade digital 

Procrastinar a vida para vive-la 

Não estar presente no tempo real

É o paradoxo que o diga

A véspera, potencializa 

 impacto onde pisa.

Seja positivo ou negativo 

Memoria expressa no retrovisor 

Segue em frente com cautela 

Será melhor a de costume ?

Do que desconhecido nos reserva ?

É na dúvida que nos capturam 

Ultrajando a dignidade 

Saia do automatismo 

Esse moedor de sonhos

Que sente na carne

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS 

   

                    

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