A TRAIÇÃO DO RECALQUE
A traição do inimigo oculto
Que desperta no abraço falso
E sente-a ponta do punhal
Alvo do recalque oposto
Que rasgara na carne
É composto em seu cerne
A camuflagem do ódio
Que externiza na alvorada
Aproveita a brisa do acaso
Para destilar seu fel
Tinta tóxica em singela pincelada
Compõe as sombras na arte da vida
Mercadores da fé são o ópio do povo
Que renega em si despeja no outro
Não é um ribeirinho. É esgoto
Esse é ponto de partida
o sorriso é o que disfarça
O prenúncio da mordida
Que antecede cada bote
-remete algo similar?
Não causa estranheza
Se quer é mera coincidência
O sarcasmo lambuzado de ódio
É o extermínio velado da inocência
Recebe conselhos da sabotagem
Travestida de amigo
Subjetivando o quadro
Sua natureza morta a cada dardo
Com veneno destilado em doses
Para que nada faça sentido
Enquanto o amigo dissimulado
Esforça se a ser
A falácia solidária
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS
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