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segunda-feira, 24 de março de 2025

REVOADA - MENTE

REVOADA - MENTE 

O motor do pensamento 

Ronca mais que o abuso 

Das ranhuras do tráfego 

Histriônica narrativa

Sob o canto dos pneus 

Corrompe a indagação 

e te consome pela palma mão 

O perfil compartilhado

dados embriagados 

No mito do vinho de palma

E toda manifestação mundana 

Faz a sina dar cavalo de pau 

E os valores da conexão 

Cuja luz desconjura a sombra 

O compasso iluminado 

O desafio a solitude 

Quando está em modo avião 

Respira o silêncio sem poluição

Onde a paz é seu retiro 

Que o desvia de certos gatilhos 

Preferido pelo fel da fábula

É jangada aderiva 

nas ondas sonora 

Sirenes das emergência 

Indica lamento das dores 

a procura de socorro 

Ao mesmo tempo

 que grita pra dentro 

Medo e o apavoro 

Equilíbrio desapega 

Das curtidas baluarte 

Das muletas da existência 

A essência do sagrado 

Faz jus a pertinência 

E todo axé que trará 

Desse brinde solitário 

A convicção do eremita

Resgata da torre

A graça Fun Fun 

Das águas de Oxalá

Onde o nada é tudo

Para a mente flutuante 

Sobre a benção de Orixá.

SÉRGIO CUMINO 

O POETA DE AYRA 



 

                                   

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