ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

terça-feira, 30 de novembro de 2010

PRELUDIO AOS SONHOS


PRELUDIO AOS SONHOS

Você esta acordada?
Vejo que passeia a cabeça
Com a brisa da noite
Encoste-se em mim, amada
E flutuemos sem sentença

Você esta tensa?
Prisão da rotina estressada
Encoste seu corpo no meu peito
Naveguemos juntos nessa regata
deliciosa onda a deriva em nosso leito

Já respira mais leve?
Os corpos dançam colados
Sinto pelo suspiro de sua pele
Uma musica, nos ajeita de lado
Melodia da noite nos faz abraçados

Seu corpo me pede?
sedução do movimento acanhado
aroma de flores da fêmea exalam
e sua anca provoca rebolado
sensual a serenata falada

Você esta arrepiada?
É minha língua moleca
Que brinca com seu brinco
sinos íntimos que falam
Evolução do nosso calor

Sabe como me sinto?
Meio eu meio você
Dois de um único sabor
Renovação do meu ser
Pulsar de todo amor

Gosta como te pego?
É minha mão que escorrego
Pela extensão de sua coxa
Temperado com chamego
Deitados em concha

Como pode me amarrar?
Suas pernas me laçam
Colando-me ao seu calor
Minhas em meio as suas
Nossos tesões se trançam

Como eu te invado?
Roçando a calcinha cavada
pedindo entrada do Phalo
gemidos e sussurros cantam
embarque na gruta adorada

Como a amo?
Igual a harmonia dos astros
Desenhados em seus ombros
Fadigada entregue meus braços
Tornar a amá-la. Meu próximo sonho.

Sérgio Cumino

sábado, 27 de novembro de 2010

ATREVIDA

ATREVIDA

Limiar de cada palavra

entre o brilho do olhar

Arrepio do ventre

acende os amantes ao cio

Anestesia e eletrifica mente

choque da fêmea alicia

Jogo lançado a sorte

boca sedenta ao dorso

Lua que inspira a loba

exalta a devassa nua

Alvoroço no corpo pauta

linhas que me contorço

Tesão de tê-la minha

suores viram poção

Feitiço de seus sabores

começo do clímax e riscos

Dentro de ti não me reconheço

carinho mágico em seu centro

Degusto com delicioso vinho

jorrado no desejo dos bustos

Performance do eterno amado

prosa é sussurro que te alcance

Desperta como suave rosa

essência do tônus alerta

Rompe as falsas decências

pernas abrem-se aos horizontes

Libera os calores das cancelas

prenda meu corpo como revela

Graça do passeio de suas rendas

arrepia os pelos por onde passa

Desnuda felina que geme e mia

liga meu lábio a sua vulva

Tremor incontido que instiga

sentidos a todo fervor

Melodia quente dos gemidos

dialética da pudica e vadia

Querida ritualística e cética

Mulher, fêmea e Atrevida.
 

SÉRGIO CUMINO

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

PRELIMINARES

PRELIMINARES
 
È a busca do olhar
A dança dos ares
Secar da saliva
Da boca ousada

O sentir respirar
Movimentos aos pares
Harmonia atrevida
Entregue à amada

Anseios de estar
Riqueza e detalhes
Silencio cativa
À vontade sonhada

Velas a bailar
Sensuais altares
Banheira amiga
Peles aromadas

Pétalas a flutuar
Pontuando as fases
Com vinho que brinda
O sentir-se desejada

Aquece para beijar
Como sonhos de Oasis
Os quereres que atiça
A Volúpia assanhada

Ela sabe provocar
Balançar as bases
Com Rendas exibidas
Para deixá-la pelada

Sussurros a arrepiar
Com sensuais frases
As que o pelo ouriça
Da fêmea cantada.

Insinua a boca tirar
Com Carícias Audazes
Na trilha que excita
E a fazê-la tarada




Sérgio Cumino

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CONSCIENCIA NEGRA

CONSCIÊNCIA NEGRA


Fundamento a uma raça
A afirmação a toda prova
Estigma marcado de peleja
Constata sua coragem emergir
Através dos sentidos em marcha
Transpõe vir à pele como nódoa
Dar uma direção a quem deseja
Um mundo justo sem oprimir
Vai alem do protesto na praça
Olhar que faz a vida nova
Traz da alma num mergulho
Força e esperança para intuir
Todas as afirmativas do basta
E busca em seu mando, SER
Batida livre do puro orgulho
Lisura ancestral que faz sentir
África que nosso filho possa ler
Além das trancas e celas
O coletivo branco diz ter acabado
E passou do ferro a corrente moral
A conquista do novo nasce do saber
E naufraga ilusórias caravelas
O pensamento é livre não atado
Forquilha a história de injurias
Esta além meu preto! Do bem e do mal
Quando abre seu sorriso negro
Sejamos um povo de tranças belas
Gritemos chega à época de lamurias!
Um dia saborearemos o plural
Para mim, é irmão, não pigmento
Somos folhas do mesmo trevo
Supri falsas poses e aparências
Por, musica, história e carnaval
Esta em si, seu conhecimento
É herdeiro de caçadores e reinos
E nossa identidade é sua existência
Não de uma civilização escravista
Não é nem mais nem menos
O caminho tem suas evidencias
Segue alem de nossas vistas
Bom do brasileiro tem seu jeito
Quando te orgulha de ser negro
Sua consciência só e viva
Se não for inimigo de sei mesmo
Troquemos o “pré” por nobres conceitos.
Sérgio Cumino - Poeta de Ayrá