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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ZOUK

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ZOUK

Dama se transforma
Com a magia da bruma
O olhar torna eixo
Os impulsos condutores
O homem a alma adorna
Parece o voar de espumas
O tempo para como beijo
Assim o casal exala sabores

Chocolate com pimenta
Para que os ares se contorçam
Divinas ondas musicais
O coro da sagrada pista
A entrega à dança inventa
Os giros quadros esboçam
Em amálgamas corporais
Graça desenha e risca

Paços com arte e lisura
Celebram a beleza
Suor lubrifica o gesto
Para cerimônia da aliança
Vontade torna fissura
E os pés toda alteza
E as almas levitam plexo
Vento sensual alcança

A confiança não embola
O giro da fêmea
Doa a poesia o Looping
Corpos a palavra alça
Samba que quadril rebola
Desliza a minha pena
No suspiro com ZOUK
Poesia Temperada com salsa

SÉRGIO CUMINO







terça-feira, 25 de janeiro de 2011

MULHER! EU LHE ESBOFETEIO!

MULHER! EU LHE ESBOFETEIO!

Não existem porquês sem nu ficar
Avarias da civilização, que polia.
Couraças para não desnudar
Poder contrario a irmandade
Mistura do solo que me criou,
Do barro de mítica origem
Essência da Mãe terra
Colo do meu espirito sim senhor
Mas o medo da essência livre de amar
Sou esculpido como lapide covarde
Moldado a uma arte que não sou
De vida de virtudes vazias
Sou cerâmica de mau agouro
Ingrato relato da historia que torna
Lacaio do chauvinismo sem valia
Barro essência da vida se deformou
Que traduz o golpe que parte a face
Minto a mim, para que sintam melhor.
E faço o teatro de péssimos atores
No tablado da cena patriarca perpetro
Absurdo da existência sem disfarce
Reciclo o belo em trauma
Subalterna quem nasceu pra Deusa
Encantos que emanam do louro
Confronto com soneto fúnebre
Renego seu amor e louvores
Da Coroa da imortalidade
Com estralo de cada tapa,
Mancha, a chaga lúgubre.
Para maquiar minha alma
Moral recheada de suas dores
Subverto a pureza e realidade
Suas ondas reverbera a mente
Resisto por excelência do couro
Da chibata,  pelica e do suor da palma.
E o medo perpetua a prole
Arquiteto minha cegueira insolente
Pecadora enquanto é abadessa
Mãe criadeira que renego o leite 
Quebre minha mão esse tabefe
O estigma da linha da vida
Estralo interno reverbera mente
É o lamento da resposta de Gaya
O eterno é o latejar da incapacidade, 
não basta para camuflar meu blefe
pela vergonha do olhar me traia
você mulher que se bastar ser
leve e com doçura que me ensinou
a pureza do carinho!
Mãos ancestres de magia e afago,
Relaxamento do mimo,
Os mistérios e cura
Mostrou-me o caminho
E o que sou?
Lama mal queimada
Um vaso em verniz, que não entra o amor.
toque que faz o que não sou
pedir misericórdia conflita com a culpa
você mulher que sempre perdoou
respondo com marcas dos dedos a face
porque lhe bato na cara?
Pela tola vergonha do que sou.

SÉRGIO CUMINO




sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

MADRUGADA

MADRUGADA

Os gatos espreitam a noite
desenhando suas sombras
E na janela, com cabeça na lua,
debruças o colo da mulher
que os boêmios a
chamam de madrugada.

Assim ela é cúmplice
dos gatos no telhado,
dos andarilhos sem rumo,
dos mistérios das sombras
É a madrugada vendo os
sorrateiros da calada, madrugada

E na janela, com olhar na rua
testemunha
a dança dos embriagados
amantes em fuga,
e o silêncio tomando forma
madrugada na alma da madrugada

E na janela, leviana pura
com malícia ingênua
ela fantasia seus medos
a ternura de seus amores ,
a madrugada acompanha
os receios da madrugada

E na janela, com a moral nua.
No sossego da brisa
os cães ladram suas ladainhas.
até o crepúsculo da lua
e o coral da matilha
cantando pensamentos
a madrugada sorvendo
a madrugada

E as lágrimas
que brotam do olhar distante,
que zanzam lavando
os sonhos que a desafiam
e a madrugada sendo confidente
da madrugada

E na janela, a realidade crua
da madrugada alvorecendo
desabando um sonho frágil
e desatando os braços daquele
que faria da madrugada mulher.

SERGIO CUMINO

sábado, 8 de janeiro de 2011

DOCE E LASCIVA


DOCE E LASCIVA

É uma mistura do que se sente

O pão que esperou pra crescer

Alegre como pirulito colorido

Abraço como doce que gruda

Completa, como refeição de bebe

Como chá de boldo, fui Amarga

Dispensável como chiclete mascado

Água nos olhos como manteiga batida

Com caricias fui untada

Como ovos de páscoa desejada

Namoro de goiabada com queijo

Agora na consciência de mulher

Com mel quero ser regada

Com creme quero ser lambida

Meleca os lábios de beijos

E lambuzar a boca que vier

Com fio de ovos pubianos

Mergulho em mim, e sou.

Livre e doce sem amarras

Sou paladares de vida felina

A loba que escolhe o recheio

E a forma de amar que nos lançamos

A poesia do sabor que sou

Chamar-me-ei de gostosa ao espelho

Sem medos pudores ou receios

E ao meu amado o sabor do DESEJO.

SÉRGIO CUMINO

domingo, 2 de janeiro de 2011

DOCE HERESIA



DOCE HERESIA

Força dos sonhos invadia
Essa doce mãe que sou.
Manteve uma mulher a parte
Denunciada pelo gemido sutil
O lado secreto dessa vida boa
O suspiro, o clímax de extasia.
Como poucas vezes se soltou
Faz os quereres virarem arte
Hora de deixar o tesão sentir-se útil
A criança desejava ser feliz. Não atoa.

E chamar o espelho de gostosa
Fogo não ser apenas centelhas
Ser o meu corpo o próprio fondues
Brigadeiro de panela me abraça,
Com recheio cremoso canoa
As curvas de uma mulher amorosa
Nessa vida loba nada se assemelha
Hora de fazer do mel cherry
Enquanto minha perna te laça
Performance do prazer ressoa

Venha boca gulosa, me ama.
Seu lábio no meu corpo geme
Cujo cacau doce e alpino derrete
Deixo-me degustar, até que se farte.
Melódica e lambuzada sintonia
E sirvo-te na cama ou na mesa
Saber ser pura e ousada assanha
E tornaremos chocolate com creme
Com meu desejo fêmeo, perverte.
O louco prazer até que nos mate
Melados em tons de magia
SÉRGIO CUMINO