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domingo, 30 de setembro de 2012

TROVADOR E A LUA NUA



TROVADOR E A LUA NUA




Ter você aqui,

Na extensão do meu braço

Sob a luz do luar

O eterno torna fato



Ter você aqui

Meiga ao meu lado

Conjugo o verbo amar

Com ternura do afago



Ter você aqui

O amor é o enfoque

alma nos faz sentir

a pintura do toque



Ter você aqui

pairando sem gravidade

ao lado das estrelas

festejo de sua vaidade



Ter você aqui

junto ao céu de sua boca,

a cúpula , respiro seu ar

meus sussurros sua concha



Ter você aqui

com rosado da face

magia do olhar

pernas que se enlacem



Ter você aqui

um sentimento tácito

de querer mais

navegar no espaço



Ter você aqui,

Sob o feitiço da lua

E o silencio do olhar

E sua alma pura



Ter você aqui

Eu me despeço

De dogmas morais

Pela poesia do gesto



Ter você aqui

E a semente do amor

Em solos divinais

Semeando sua flor





Ter você aqui,

Tao próximo da boca

Sem forma e pressa

O beijo de deixa-la louca





Ter você aqui

Como amante trovador

A divina e amada

Minha prosa seu calor



Ter você aqui

Minha vontade é a sua

Meu corpo jangada

Que a leva nua.



SERGIO CUMINO






sábado, 29 de setembro de 2012

ARDOR & MEL


ARDOR & MEL

Um tesão que sobe,

que desce,

e quer sair em forma de mel

Os seios ficam sensíveis, num simples pensar.

Lábio seca e as mãos precisam agarrar

Com o toque perde controle dos sentidos

Seja nua ou de cacharréu

Num simples piscar

Ao som do poema atrevido

Ficará úmida pronta para amar

E as pernas dançam seu tremor

No movimento continuo de abrir, fechar.

Cadenciada pelo peito que pulsa

A cada pausa do sussurro ao ouvido

Declarada a vontade de sorver

Vaguear sentidos por suas coxas

E a aconchego com todo fervor

E mergulha a boca louca por amar





SÉRGIO CUMINO

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

DESEJOS SABATINADOS

DESEJOS SABATINADOS


Pensamento vislumbra

O encanto sem manto,

E juízo sem toga

Freira sem habito

Eva sem os ramos


E a desnuda toda

Olhar, sentidos, coração.

Da um propósito ao amor

Caos delicioso no querer

Luz quase penumbra

Gemidos quase um canto

Fosforesce o olhar que roga

Muda de cor, a cada verso.

Foi que o medo

Virou tesão.


O brilho dos lábios molha

E as bocas num único sabor

Bem como os céus se unem

Galáxias do nosso universo

E os calores sabatinam

As sinergias sem vestes

Sob o creme e o toque

Aquece com as mãos

A frieza do pudor


Carisma dos olhos que sorriem

Sensualidade do corpo desinibido
Hoje mais vontade que ontem.

Amazona e sereia
Um desejo galopante
Daqueles de faltar o ar

Nos campos do bem me quer
Gozo do poema vivido
Tremores são de orgasmo
Faz dos sonhos presente

Um vinho, um luar.

E a golada no gargalo


Que delicia de mulher


Que me faz viajar


Esvazia a mente

Aquece os corpos
a ponto do tempo parar

 
SÉRGIO CUMINO - POETA A FLOR DA PELE



domingo, 23 de setembro de 2012

APETEÇO-LHE

APETEÇO-LHE
Quero você como a vi
No mergulho do meu olhar
No profundo dos meus quereres
Pela magia dos nossos sentidos
Que faz a cor dos olhos mudar
Coração disparar
Pela chegada do nosso calor
Que você sente o sabor
Quando expresso “gostosa”
Aguço o melhor da vaidosa
Reverencio a Deusa,
 Que reina em você
E vem toda a encantar
A timidez, de aquele olhar.
Os beijos que olhos mandam
A vontade de mostrar
Como era de criança
Para o fluxo trocado
Já vir da infância
Assim o lúdico se faz
E explica toda paz
Que me faz sentir
O amor emergir
Olhar lúdico
Excita sua graça
Leva a malicia
Ao discurso oposto
Aos dedos que passa
Pelos cabelos úmidos
Abraço que faça
Um vapor único
SÉRGIO CUMINO
 


domingo, 16 de setembro de 2012

AMARRAS DA ANGÚSTIA

AMARRAS DA ANGÚSTIA
 Rasgam sua toga
Apagam a visão
Não importa onde for
Nem qual idioma
De nada vale não
E as lagrimas
Quer-se molham
Prendem sua respiração
Aos moldes de conduta
Condição de sobra
Muletas da existência
Mesmo nos escombros
Entrega-se ao amor
Barra-se na razão
Subtrai, não soma.
Apresenta-se a labuta
O mimo que roga,
ainda menino afoga
Méritos da subserviência
estereótipos da culpa
Sob a tutela do bastão
sacramenta seus tombos
assim a moral garante
exuberância da dor
 Supremacia do medo
que emergi da cabeça
inatividade da carência
Em punho luz e lupa
Procure nos calabouços
seu curador interior 
Ciclo da vida esta na morte
é prenuncio de um novo ser
de uma trilha cálida
E suas sinas revistas,
ou não haverá como
ser seu ombro,
seu aconchego,
o toque que a molha,
seu  chamego?
De chances a sorte
Se não matará em si
A desesperança pálida
Ontem falecida
As chaves das questões
Esta  em segredo
Se deixe permitir
A esperança na vida
Ser atrevida
Ao pulsar das paixões
 
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

BARQUEIRO DA SUA LAGOA


BARQUEIRO DA SUA LAGOA

Percebo que a encontro,

A respiração suspira

O brilho e o fogo acendem

Tanto o lembrado

Quanto o esquecido

Somam-se ao transe

Do instinto da alegria

Rompe completamente

Com as rodadas da tristeza

E no ápice das ondas

Que me beijam e alucinam

Faz os desejos se alternarem

Ao próprio impulso e reveria

Zabumbei-a meus sentidos

Marinheiro que aprende a nadar

Tempera todos os deleites

Na unidade de sua canoa

No compasso de cada estalo

Dedos, estrado e selos.

Nem vemos o vinho acabar

A noite varar e a barba serrar

Meu remo em sua lagoa

Desliza como gota na folha

Voa como pólen aos campos

Chega como o beijo da fadiga

Abençoando o sono

Preludio do amor matinal

Para eu ser o seu café da cama

O sorriso dos olhos

E o pensamento atrevido

Seus encantos revelam

Quando os cantos rebelam

Os arcanos que inspira libido

Com o magnetismo discreto

E as essências que nos selam

Das aguas e dos colibris,

Canto da queda da cachoeira,

Toca-me! Provoca-me! Banha-me!

Com o brilho de sua lua

Sob aguas, céu e teto.

Sou imã na forma de te sentir

Aí percebo o sagrado é viver

E recebo portais e outras veredas

Não importa o tempo perdido

Fato que me chega nua

E envolve de tal maneira

Que subverte até o jeito de querer

Desperta vontade de comer seu cheiro

E dar uns lapsos a neurose

Tela fria que a deixa quente,

São as parodias da sinergia

Como rojão o calor sobe

Assim como partes de mim

Combina excitação,

com queda de  paradigmas

Acenando mudanças

Estar nas nuvens é perder chão

Vivencia o desejo

Intenso e singular

Esteja cá e acola.

E o tempo nos torna curto

Penso aqui, o como essa.

Conexão poética

Conforta-me a alma

E esqueço-me do mundo

Para navegar o universo

Eu o barqueiro de sua lagoa.

SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ
 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

EPOPÉIA DE CADA DIA

 
EPOPÉIA DE CADA DIA
 
A vida como poesia aberta
Onde gosto das palavras
Vem do sumo de cada fruto
Linhas e infinitas estradas
De trilhas incertas sem rumo
Das rotas sem rima
Parágrafos de cada sina
Do bagaço da queda
Ao mel da criação
E a paixão que inspira
Que toca o bumbo
Da alegria do coração
Para uma prosa difusa
Ilhas de delinquências
Entorno e seu duplo,
Os homicídios do cifrão
Gozo e o entojo
Tantos momentos
Cheio de referencias
Rimados em lagrimas
É quando o querer galopa,
Com internos acalentos
Estrofes das carências  
E frases entre aspas
Aos fluxos em tropa
Marchando a sua luz
Palavra que penetra
É a que varia a vaidade
O cosmo toma nota
Do amor que produz
Inicia sua tarefa
Lampejos dos sentidos
São cortejos de libélulas.
E a brisa que conduz
O que a vontade injeta
Depressão dos lipídios
As nascentes magicas
Na região dos desejos
Poesia torna um ato de fé
A vida e suas paginas
O plagio e seu dengo
O signo de sua alma
Para que cada dia
Tenha sua nota de rodapé
 
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ