ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

sábado, 26 de junho de 2010

CÚPULA MORENA

CÚPULA MORENA

Uma pele, um sorriso

O corpo que fala

A excitação testemunhada pelas

Paredes molhadas

No vapor do banho

A palavra toma vida,

O corpo, aprendiz.

E o vapor, vem de dentro

Com a força que move a maquina

Que move o querer.

Estado de espírito é o sorriso

Da pele de essência

Sem temores, pura e nua

que descobre no sensual, seu templo

Da mulher ao suspiro menina

Um sorriso de rubor nas faces

Nas faces do mundo da nova ótica

Nas fazes mágicas de cada lua

Um mundo de novas cores,

Novas trilhas, novos medos

Contra a farsa do indecoroso passado.

Agora é graça de passo acanhado

Pelo parque da cidade, vai descobrindo

Que o frio na barriga, só, o do inverno

Porque o poeta do toque afetuoso

Olhar tênue, e as mãos que se estendem

Rompendo com a vida rotineira

Na temperatura do desejo,

Gozando bons intentos

Faz da morena poesia

E descobrir a beleza do movimento.

Para modelar a nova mulher,

Mulher brasileira


SÉRGIO CUMINO

terça-feira, 22 de junho de 2010

DANÇA DO RETRATO

DANÇA DO RETRATO
Imagem que transcende a imagem

Arrasta meu espaço com sua musica

Pelos ficam eretos com sua aragem

Voeja a saia com graça de geógrafa

Traceja os caminhos dessa viagem

Com beleza, furor e sem fronteiras

Ali estagnado atendo ao bailado

Sou olhos do contorno ela coração

Impulsiona conceitos que avança,
É a alma que se deixa fotografar
Toda musica da mulher faceira


Até quem sem visão é contaminado

Jubilosa é a estética da tentação

Desvenda balé do suspiro platônico

Fazenda que baila gera o vento

Magia da saia a faz feiticeira

Sopra charmosa ao vigilante ouvido

Acoplar aos meus olhos atônitos

Zunido de um sussurro atrevido

Ensina que essa encarnação

Com graça será mais bem vivida

Liberdade pela sagrada loucura

Segura a saia rodada com a mão

Que movimenta a explosão querida

No registro da sua sala pra vida

No doce do lar se faz menina pura

E a imagem emana de si inspiração
Sérgio Cumino

quinta-feira, 17 de junho de 2010

QUE HOMEM É ESSE?


QUE HOMEM É ESSE?

Que homem é esse que me invade?

Surge do nada e em mim se instá-la

caiaque que desliza em meu sangue

Cativa minha natureza empático abade

Olhar de que já sabe antecipa minha fala

Um rito sedutor que me molha em transe



Que homem é esse que me persegue?

Tira em dois versos o domínio de mim

e leva-me a burlar meu próprio voto

pelo singelo prazer de me vir entregue

E me faz rosa, flor de Liz e jasmim

Sonho ser despida e amada no solo



Que homem é esse que me pede?

Insolente como quem não me quer

Indulgente de sabor romântico

Faz-se eterno o instante breve

Faz-se profundo meu ser mulher

Um mergulho de amor Límpido



Que homem é esse que me cega?

Que faz do profano o sagrado

Insegurança transforma em arte

Gentil anárquico e rude me pega

Que faz desse homem amado

Causador do desejo que arde



Que homem é esse que odeio?

Que parece ter parte com diabo

Que faz festa com meus infernos

meus fervores principio dos anseios

Da vida ao meu pecado sonhado

E a moral impune em flagelos



Que homem é esse que quero deletar?

Em prol de tudo que acho correto

Mantedora das rotineiras situações

Que bate de frente sem indagar

Qualquer argumento do alfabeto

Com atos e furor de vividos tesões



Que homem é esse que nunca toquei?

E sinto a ponto de me deixar impotente

A voz que arrepia sem nunca ter ouvido

Ele sabe de mim que nem eu mesma sei

A quem eu me abrirei e clamo que entre

E como selvagem libero meus sentidos.

Sérgio Cumino

terça-feira, 15 de junho de 2010

ABSORÇÃO INTIMA


ABSORÇÃO INTIMA



No recluso do quarto alado

Ela sente a solidão orquestrada

Em veios por pensamentos viu

Na busca da satisfação ausente

No tumulto intimo do silencio

Sob a luz do abajur azulado

Responde ao vento vindo da rua

roga a boca que provoca arrepios

lábios que sabe sussurrar o que sente

Mesmo fechada como as janelas

Sobre o lençol, o corpo pede o amado

Em devaneios sublimes seminua

Que por trás de suas persianas

Sente seus murmúrios como assovios

Mágicos penetrantes a sua alcova

Abotoada ao invasor imbecil

Mas ao calor mágico atende o chamado

Recriando seu corpo belo ardente

Ao qual reserva fresta que lhe resta

Esta na medida para romper a sela

Entregue a vontade que a rouba

No frisson, torna pernas em tranças

O que põe a bailar o brilho da vela

E a coreografia do corpo sobre a cama

Rola e embola aos sonhos assanha

Evoca a imagem que o desejo empresta

sensualidade e cheiro dos cabelos a cada fio

são signos aquece mulher fatal e bela

No silencio do seu aposento cresce a chama

Suas unhas sobre o lençol branco arranham

o corpo imaginário do amado sem arestas

Que tempera seus pedidos e desejos com cio

Fica louca selvagem e nada mais que a prenda

vivencia o sopro sonhos e façanhas

Entrega a singular orgia asceta

Que faz suas coxas lisas emanar seu rio

E úmida acorda o bico das mamas

Dedilha o ventre do tesão que orquestra

A mão que escorrega louca sem meta

Abusada e tarada sob vermelhas  rendas


 

Sérgio Cumino



sexta-feira, 11 de junho de 2010

QUER NAMORAR COMIGO?


QUER NAMORAR COMIGO?

Quer namorar comigo?

Um namoro com cheiro e novo

Com gosto de tudo é possível

Com o prazer de nos conhecer

Original e meio tímido

Meio ousado, meio moleque

Saboroso cheio de quereres

Um namoro Recheado de Carinho

Terno de suspiros e sussurros

Ao pé do ouvido ,apaixonado

Como tempos e outrora

Um namoro de Cabana ,

mesmo que seja sobre a cama

onde se monta a confiança

Do empenho mutuo divino

Divinal sedução

Sublime de quereres

Majestoso de vontade

De namorar para fazer

O outro crescer

Existir e caminhar

Um namoro com movimento

Um namoro de admiração

Para sermos e florirmos

Com os vislumbres do namoro eterno

Que nasce com o sol, aquece com paixão

De um jeito tupiniquim, namoro tropical

Com vida e temperado

com a brisa da manhã

Banhado na sua luz e acordarmos namorando

Um namoro da noite

lavado com a luz da lua

Regado a vinho e poesia

ritual que a faça exalar

Essências como as flores

Um namoro com colo

Um Ninho especial

Que encoraja medos

De caminho aos anseios

E realiza os quereres

Um namoro de afeto

Que a faça mulher amada

Felina e criança

Que a faça gozar

Um namoro com tesão

que frutifique nossas absorções

Que sejamos uno

E conhecemos outro por inteiro

quando rolamos sob o lençol

sob os sonhos

Entre ,mistérios e brumas

um namoro com prospecção

com veredas florescendo.

passo a passo que cultiva o dia a dia

Um namoro do tempo

Romântico com dimensão épica

Uma narrativa que vire

História de amor

Um namoro meigo

Pensado e construído

Irresponsável e irresistível

Com final feliz e enroscado

Com pipoca e cafuné

Renovado e intenso

Que atende pedidos

Daqueles que nos amam

E querem nos ver namorar

Sabem que assim sempre

Um namoro de torcida

Sábio e cheio de vida

De passeio no parque

De beijos que levita

Um namoro com arte onde

Coloca leva o caos ao talento

um namoro suntuoso

belo e terno que não falte

chamego e toque gostoso

vontade de estar

mil formas de abraçar

que seja contagiante e fiel, que

desperte no mundo o desejo e amar

e múltiplos pedidos de

Quer namorar comigo

Sérgio Cumino

quarta-feira, 9 de junho de 2010

NAMORO

NAMORO

Parada das esquinas

Relíquias de prazer

Descobertas a cada dia

Saudoso mês

Beijo, vida explicita

LOVER’S MIL

Trilhas ventos, lua

Meus dedos a umedece

Suas mãos tornam-me ereto

A antropofagia nos une

Como-te a todos os momentos

A noite torna manha

Manha tarde se torna

E os sorrisos brilham como sol

Energias cósmicas, línguas úmidas

Entre folhas existem ninhos

Nosso covil amor

A boca delira pelo

Calor de seus seios

Chama de sua gruta

Pela quente mulher.

Sérgio Cumino

segunda-feira, 7 de junho de 2010

CONTORNOS

CONTORNOS

Quando seu olhar roga pelo toque

Vagueio a mente em vales supremos

Como quem contempla do cume

As formas e magias da bela

Sobre o domínio das mãos fortes

desperta todo desejo que temos

Minhas palmas pairam como lume

Envolvendo-a como neblina na serra

Contemplando-a de sul ao norte

Acende os sentidos por todos pelos

O contorno paira por cima e ilude

A tensão a prometida fadiga terna

Enfim nos entregamos a toda sorte

Que o tato e cheiro definiram sermos

O contorno paira por baixo e assume

Deixá-la acesa como magia da vela

Iluminada pela delicadeza do toque

Envolvidos sem clausulas ou termos

Mas causador da criação do seu açude

Quando rolamos, no lago, cama e terra

Desnorteia sobre mim em galope

Mas assinada com as unhas no fêmur

A força, a dança para nosso ajuste.

Ao meu corpo o cavalo sem sela

Para que seja amazona em trote

Eu servo da graça e seus desejos

E você Deusa num rito sob o tule

Entregue ao meu roçar a sua Relva

Nessa vida somos apenas hospedes

Entregue aos deleites de nossos beijos

Que nos faz brilhar como vagalumes

No meio dos mistérios da nossa selva

Sérgio Cumino

quinta-feira, 3 de junho de 2010

CAROL, A VIDA SE LANÇA


CAROL, A VIDA SE LANÇA


Que Ode me ensine

Arte cavalheiresca do arqueiro Pai

Para quando lançar minha nina

Que linda mulher se torna

E que valha a pena sua ida



E o mundo aparece e define

Com gosto de quero mais

Que saiba enfrentar a sua sina

E todo desejos que transborda

Porque o cosmo é minha mira



Até mesmo os que a inibe

E o que intuição nos traz

A ilusão de doce menina

Quando quebra transforma

Sentindo o quanto querida



Uma nova Carol se exibe

Sob a coroa de Iemanjá

Onde o mistério lhe atina

Que a vida cíclica a retorna

Superando suas feridas



Ao coração de pai que reside

A minha bebe e sua manha

Os segredos e sua lida

A mocinha e as novas formas

Sua alma mítica



A uma mulher que exprime

Senso da arte nas entranhas

Singela devoção pela vida

Como Ogum e a bigorna

E as vontades transcritas



Que Osalá a paz lhe ensine

Osun como amor ganha

Sangô que a justiça a siga

Iemanjá seu ASÉ lhe roga

Pois Olorum não te limita.



FELIZ ANIVERSÁRIO MINHA FILHA – SÉRGIO CUMINO

terça-feira, 1 de junho de 2010

***GEMIDOS AO COSMO***


***GEMIDOS AO COSMO***

Sinto seu corpo todo cantar um gemido celestial

Sinto seu corpo todo se arrepiar, como uma safra de tesão

Sinto seu corpo todo, dançar para o acasalamento

Sinto seu corpo todo evocar meu xamã animal

Nesse rito de magia e emoção

Eu te degusto amor, como sempre sonhou

Eu te degusto amor como jamais saberá,

Eu te degusto amor, como nunca sonhou

Eu te degusto amor, pondo o mel jorrar

Porque seus sentidos se misturam

E as concordâncias, se exalam.

Todo o clímax toma forma

Entrego a ti a minha boca

Entre as chaves  de suas pernas

Para que espalhe sua doçura

Entre os colchetes dos meus lábios

Peço-te que mexa com candura

Entre os parênteses do tesão ávido

Deixa sugar seu corpo livre das aspas

Deixa seus sentidos, fazer erros ortográficos

Repleto de frases e termos desconexos

Traga sua alma para mim é o que me basta

Com, grito de amor nas corredeiras do seu rio

Seja a musica que tocada por vosso sexo

Umedeça a saliva no mistério de sua mata

Acaricie minha face em seus pelos arados

No olhar do êxtase geme como uma reza a Baco

Celebrado com flores e vinho

Num cenário de furor e desejo derramado

Semeando sua pele macia e seu ninho

Para se sentir a fonte do universo

em seu corpo profano e sagrado

Seus sussurros mantras

Seus anseios intuitivos

Seus suspiros Tantra

Tornando-se musica seus gemidos ao cosmo


Sérgio Cumino

TRILHAS DE UMA ATRIZ


TRILHAS DE UMA ATRIZ

A atriz
no assoalho de madeira
luzes e magia
despeja gotas de suor
de seu ventre artístico
E no tapa ardente
da esperança da vida
chora a criação
No clímax do drama
no foco da cena
ela em descobertas
cambaleia a personagem
nas pernas bambas do
teatro da vida
entre dramas e comédias
é o grito
da mulher pirofágica
que a faz a Dama das Camélias
e todos nós na rua
e todos nós na cidade
envoltos da sedução mágica
Mulher atriz abre o sorriso
Com a alma pura e nua
sem casta ou idade
menina e improviso.
É o caos
És poetiza
És moleca
sabor brigadeiro
sabor de vida, despindo- se
de casacas e fachadas, para
Ser
Por inteiro
criança, força, mulher.
Ser
Monologo  que se diz
a procura, encontro e gozo
Ser
absurda e ATRIZ.

SÉRGIO CUMINO