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sábado, 15 de março de 2014

ARMADURAS IRONICAS

ARMADURAS IRONICAS
Aponta um dedo  armadura
Contra três contrários
Assim sou apontado
Ignorando o tempo
Injurias ao anti-herói
Pelo despeito do interlocutor
Para sombrear, é claro
O que é fato e consumado
De que adianta ser discreto
Se solta o ego ao vento
Se me faz escudo do rancor
O que mais me dói
Ser a  fatura dos delírios
Quando exposto
A fuga dos fatos
a onda do despeito
com olhar estrábico
Faz do defeito
Pinceladas do recalque
Na ausência que compõe
A natureza morta
O que importa
Que o que vem a cena
Não passa pela porta
Obstruída por garranchos
Que outrora bico de pena
Nessa emoção camaleão
Traveste ranço por ranchos
Para compor as corredeiras
Do centro da tela
Mas quando o vazio preenche o todo
O que é fonte da vida vira lodo
Julga previsível demais
Assim se pergunta,
Para que dar mole a sensatez?
E faz estética virar plástico
E os cantos da moldura
Torna-se curva de rio
Porto do desequilíbrio
Esconde-se por trás
Do telhado de vidro
A passional do contrassenso
 Incoerência em ditos brados
O que não tardia
E a luz amanhece o engodo
Escondido entre certo e errado
Traços falhos  ironia atônita
Em Passo falso atrás viria
Os fatos que causam nojo
Dessa cegueira convicta
Não se deixa ouvir
Nem quando ou onde
O que o povo grita
Em prol das vidas gurias
SÉRGIO CUMINO