Sem apresentações
Desencontro impuro
Existencialista e seu muro
Porque me revogou dessa forma?
Aboliu desde cedo
E não vai embora
Não sou vaso prematuro
Sob a mira da bigorna
Porque me apavora?
Distúrbios da memoria
Vislumbre e o furo
O que sinto ignora?
Vem dessa regência
Ser anfitrião
E tudo que apavora
Não ser o que era outrora?
Servidor de sua patrulha
No banquete dos pulhas
Disritmia do enredo
Ainda bem que me atrevo
Cara do condutor cego
Precipício da causa efeito
Protocole, aprove controle.
Agora marionete sem cordas
Antagoniza a farsa
Renuncio suas bases
De imbecil subserviência
Perdoe-me a displicência
Lanço-me ao precipício
É no fim que vem o inicio
Porque dessa brisa?
Por isso aviso
Serei curso, fim e inicio.
Desencontro impuro
Existencialista e seu muro
Aboliu desde cedo
E não vai embora
Não sou vaso prematuro
Sob a mira da bigorna
Porque me apavora?
É o estigma do medo
Sem alterações
Distúrbios da memoria
Vislumbre e o furo
O que sinto ignora?
Vem dessa regência
Ser anfitrião
Da minha carência
Não ser o que era outrora?
Servidor de sua patrulha
No banquete dos pulhas
Ainda bem que me atrevo
Porque o falso poder me assola?
Cara do condutor cego
Protocole, aprove controle.
Agora marionete sem cordas
Porque tanta prudência?
Alicerce de objetos
Antagoniza a farsa
Renuncio suas bases
De imbecil subserviência
Porque não me privo?
Perdoe-me a displicência
É no fim que vem o inicio
Das injurias-me esquivo
Entrego-me ao bem aventurar
Para ser eu não me coíbo
Por isso aviso
Serei curso, fim e inicio.
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ