ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

quarta-feira, 27 de julho de 2011

BOLSA DE PANDORA

BOLSA DE PANDORA

Mulher e sua bolsa

São duas em uma

Se atrever separá-las

A deixa mais que nua

Frágil como louça

Porque a bolsa tem alma

Guardiã dos sigilosos segredos

Bolsa tem pele

Que traduz seus anseios

A bolsa mimada

Protegida como uma filha

A bolsa cheia insígnias

Que lhe revela nobreza

A bolsa tem laços

Intima como uma amiga

Daquelas para toda hora

Como deusa e o bornal

Enfrentam percalços da vida

A bolsa tem mitos

Em punho, a faz, divina

Testemunha seus medos

No abraço da esperança ferida

A bolsa carrega fama

Caminham em cumplicidade

A bolsa a faz dama

Ampara a lagrima escorrida

Trunfo que lhe da vantagem

A bolsa te completa

Estará lá tudo que precisa

Como lâmpada magica

A bolsa a faz sensível

Quando saca de dentro

As palavras do poeta

A bolsa a faz única

Abrir a quem não pertence

Injuria do atrevido

A bolsa de pandora

Que carrega a esperança

A bolsa revela felina

Ela entende sua vaidade

Do batom da boca atrevida

É o baú de desejos

Prevenida para sexo gostoso

O espelho para sua magia

Menta na camisa de Vênus

Aroma de particular fragrância

As rendas que a faz faceira

E todos seus enigmas

Há também a bolsa rainha

Para mulher não há diferenças

No colo elegância

Já no corredor de sedução

Bolsa a faz poderosa

Pelas noites urbanas

De mãos dadas

Olhares assanham.

Pela sensual e misteriosa.

 
SÉRGIO CUMINO

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O SALTO DA BELA

O SALTO DA BELA

Que graça sobre o salto

Glamour da passarela

Sabor flutua a estima

E fascina de assalto

Pela dama Arqueira

Que não anda, dança.

Não caminha, desliza.

Como porta bandeira

Bailarina da opera Carmem

Seu corpo balança

Sua sensualidade atiça

Seja nos palcos

Ou na plateia

Quando os desejos ardem

Pelo feitiço dos saltos

Torneando-a singela

Fêmea que brilha bela

Faz o olhar virar cortês

Mulher sabe o que quer

Até quando para a esquina

Tupiniquim ou na Argentina


Mesmo projetando os pés

Na cruzada de pernas

No requinte do café francês

Ou jantar a luz de velas

É bela e ninguém a segura

Homens tiram a cartola

Cupidos armam a flecha

Estendem o tapete de pétalas

Aguça invejas carolas

Todo o deslizar da doçura

Seja na sedução do tango

Na alegria do samba

Encanta até os ascetas

Com sorriso das ancas

Ressalta beleza da Dama

E a alma de malicia pura

Luminosa sobre a agulha

Sedutora com as formas

Sempre serão amadas

Em requintes plataformas

Sensual e sobre salto.

É mulher de divina doçura.

SÉRGIO CUMINO

domingo, 17 de julho de 2011

PAI, FILHO e TODOS OS SANTOS.


PAI, FILHO e TODOS OS SANTOS.


Em nós tudo se eterniza
Quando nos vemos
Parte do vento
Aguas em essências
Chamas de mítico fogo
Alimento de nossa terra
Torna o caos em brisa

Aprendemos tudo que lemos
Pessoas, cosmo, tempo.
Que somos fragmentos do todo
A chave do sentido da vida
Mergulho no oceano
Olhando do topo da serra
A alma se harmoniza

Com puro viemos ao puro rendemos
Como átomos em movimento
Morremos e nascemos
Somos estrelas e as cadencias
O que o sentir realiza
Aprender a vir o que não vemos

Os sinais que nos intriga
A divindade no pedido da Bênção
Descobrir-se poção do sortilégio
Aí fluímos consonância
Protagonista e seu antagônico
Criamos nosso filme de arte

Extrair sabedoria de toda tensão
Vemos o virtual e o real
O olhar nosso privilegio
Através de nossas inconstâncias
Como lados da mesma face
Signos de muitos cultos

Cantigas de todos os cantos
Culturas na mínima célula
Trágicos e cômicos
Somos o além e seu duplo
Caminho e a trégua
O Pai filho, e todos os santos.


SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ

sábado, 9 de julho de 2011

DOCE DE ARAXÁ

DOCE DE ARAXÁ

É Terra de dona Beija que seja
Vive a bela de Araxá
Contei uma história de Amor
Princesa, minha alteza,
Somente a ti, vou me declinar

É de uma vida Caminhadeira
Por um Brasil doce de lá
Trarei seus botes numa cesta
E minha viola para te cantar

Caminharei pra ver toda riqueza.
E ver pra ser, tudo que me der
Até as Frases de todas as letras
E a magia de São Tomé

Contei uma história de Amor
Princesa, minha alteza,
Somente a ti, vou amar

Brindarei a luz da fogueira
Liberando coração no mote
Amor a sinto nas estrelas
A doce forma que me vier

O que indica onde esta meu norte
Mas nesse assunto quem vai falar
Em doze cordas do bem me quer
É a viola quem vai narrar

Contei uma história de Amor
Princesa, minha alteza,
Somente a ti, vou deflorar

Em meu colo venha e sente
E se espalhe com seu doce mel
Divina dança seja o seu trote
Doce de leite da estrela do céu.

SÉRGIO CUMINO


sábado, 2 de julho de 2011

COBERTOR DE ORELHA

COBERTOR DE ORELHA

Aquecidos beijamos arrepios lambidos,
E pela saliva nos mistura, entorpecidos.
Alteramos o entendido em ousado,
Deixamos assanhado. Mundano;

Beijo, que provoca o melado, festejo.
O sussurro que te fez perder o ar,
Vira fagulhas que derruba medos.
Zunindo assanha o amar,

Excitados nos faz afluente
Os nêutrons, fótons e pelos,
Onomatopaicos de todos os sons
Corredeira mística da mente.

Servir para voar, horizontes ramos.
Voando pelo céu de percepções
Aquece se prova o diferente,
A casta rude impõe planos

Ouriça se ousamos,
E o corpo subverte
Sensações ardentes.
Num estar puro moleque

Roço-te até molhar o intenso,
Contornos! Dedos quentes
Êxtase do delírio vosso.
De cima a baixo, dentre o ventre.

Mãos a faz pétala, num toque leve.
Meu sexo e seu mel crescem
A toca molhada, meus lábios secos
Sob a gruta, e de concha reserve.

Pernas que se abrem lampejos
Todas as veleidades explodem,
Em milhões de vontades vadias.
Sob a coberta! Entre chamegos.

 
SÉRGIO CUMINO