BOLSA DE PANDORA
Mulher e sua bolsa
São duas em uma
Se atrever separá-las
A deixa mais que nua
Frágil como louça
Porque a bolsa tem alma
Guardiã dos sigilosos segredos
Bolsa tem pele
Que traduz seus anseios
A bolsa mimada
Protegida como uma filha
A bolsa cheia insígnias
Que lhe revela nobreza
A bolsa tem laços
Intima como uma amiga
Daquelas para toda hora
Como deusa e o bornal
Enfrentam percalços da vida
A bolsa tem mitos
Em punho, a faz, divina
Testemunha seus medos
No abraço da esperança ferida
A bolsa carrega fama
Caminham em cumplicidade
A bolsa a faz dama
Ampara a lagrima escorrida
Trunfo que lhe da vantagem
A bolsa te completa
Estará lá tudo que precisa
Como lâmpada magica
A bolsa a faz sensível
Quando saca de dentro
As palavras do poeta
A bolsa a faz única
Abrir a quem não pertence
Injuria do atrevido
A bolsa de pandora
Que carrega a esperança
A bolsa revela felina
Ela entende sua vaidade
Do batom da boca atrevida
É o baú de desejos
Prevenida para sexo gostoso
O espelho para sua magia
Menta na camisa de Vênus
Aroma de particular fragrância
As rendas que a faz faceira
E todos seus enigmas
Há também a bolsa rainha
Para mulher não há diferenças
No colo elegância
Já no corredor de sedução
Bolsa a faz poderosa
Pelas noites urbanas
De mãos dadas
Olhares assanham.
Pela sensual e misteriosa.
SÉRGIO CUMINO