MARESIA DOS OLHOS
Que de encantos singulares
Que fascinam e vislumbram
Que me deixa atrevido
Burlo regras do meu ser tímido
Faz do vinho rio da taça
Rito do amor que laça
Entre insanos delírios
e as palavras banham-se
Na pureza de seu mel
Escritas flutuam garrafas
Com mensagens de amor
Em rimas de cordel
Escoltada pelas maresias
E junto aos versos navegantes
A foto que me incendeia
Com a graça da magia
Com estrela do céu
Ilustra meus sonhos em lua cheia
Esse calor que queima
Desse cavaleiro errante
E insiste valer a teima
De que tudo é sonho
Que passa que vagueia
E as lagrimas anárquicas
Que saem subversivas
Com a bandeira da emoção
Porque a vida torna um conto
Que a fada sempre sonhou
O gosto de ser encantada
Em letras amantes cantadas
E as pernas moles de assanho
Aquela que te acorda do sono
Criam lagrimas incandescentes
Alma que chuvisca felicidade
Torna o novo corpo estranho
Como a brisa do seu mar
Serenamente a lua pergunta
O porquê chora?
Não é choro, é o espirito.
Que sorri escandalosamente!
E deixa as juntas moles
E as células pedintes
E ainda não brindou aquele drink
Golpeia instintos ao sabor do luar
Eu a quero molhada
Na imensidão do navegar
É delicia de mergulhar
Nas profundezas do amar
SÉRGIO CUMINO