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sábado, 4 de março de 2023

DEGRAUS DE TODO SABER

 DEGRAUS DE TODO SABER 

Primeiro passo e a pisada do medo 

é a subversão do risco 

Orientado pela indulgencia alheia 

Bom estou só, que ninguém veja 

Essa cognição destreinada  

Subserviente a apatia cíclica 

Lances de uma jornada desconstruída 

Dúvida tácita, subia ou emergia? 

Ao virar para trás  

Após algumas obras desse soalho 

Via o mundo que já não pertencia 

Num vácuo dos sentidos 

Quem sou?  

Estou no umbral 

Ignorância e o conhecimento 

Afrontei o cedro 

Duvidei do credo 

Degrau de muitos capítulos 

Tiraram-me do chão 

Sendo que temo voar 

Temporalidade relativa 

Causa das distensões críticas 

E mal sai do lugar 

Se a subida é inevitável 

Entrega-se ao apreço 

Que as panturrilhas sejam letradas 

Sob a luz que o olhar nasce 

aos iluministas da idade da razão 

São lamparinas que acendem 

Vislumbres do conhecimento 

Dos arcabouços universais   

Poetas impõe o ritmo 

Como pinturas da filosofia  

impulsionam a progressão 

Com gracejos a teoria do caos 

Dão sentido a alma 

Relatividade dos princípios 

Por essa escadaria sem fim 

As incertezas são ferramentas 

 Do sobreposto de tantas dúvidas 

Paradigma dessa jornada 

Serem patamares do dessaber  

De uma busca sem epilogo. 

 

SÉRGIO CUMINO – POESIA E A CULTURA DA PAZ 

quinta-feira, 2 de março de 2023

UM PASSARINHO ME FALOU

 UM PASSARINHO ME FALOU 

  Vago indecisos pela vereda do acaso 

de imediato interrompido 

Para onde ir, não há mais tempo 

não posso errar o caminho 

Certo que a alguns passos 

Há uma porteira invisível 

Dela para lá, não se faz ideia de onde vai dar  

Se nem ao menos soubesse onde a tranca esta  

Desamparado ao relento 

A paralisia acompanhada pelas hordas do medo  

Passos passados por campos minados 

Nas atitudes traiçoeiras e seus engodos 

Nem meu orgasmo me pertence  

Até para o silencio, 

 o pensamento foi programado  

Sabe –se a quais intenções eu pertenço 

Condenado pela improdutividade 

Considerada liberdade indecência  

Acorrentaram-me a mágoa 

O ócio me levava a pensar  

Foi quando recebi mensagem do vento 

Um pássaro zumbiu um acalento 

  • Rompa com esse entrave 

  • Siga e construa seu talento 

Inseguro e preso pelos arrependimentos 

Não visualizava ultrapassar as trancas  

O rompimento do fulgor do trauma 

Sinto-me incapaz ao que enfrento 

Com seu assovio bento 

  • Com coração e fé encontra a chave 

  •  entenderá seu real intento  

 

-SERGIO CUMINO –

POESIA E A CULTURA DA PAZ