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quinta-feira, 27 de julho de 2017

DIÁRIO DO POETA DE AYRÁ




DIÁRIO DO POETA DE AYRÁ



Surge pelos sentidos

Como profecia de Orunmilá

O cosmo por onde passo

no momento do regaço

Dilema do que eu faço

rasgando me aos pedaços

sem saber se vou para cá

ou às hipótese de acolá



Ajustando os pedidos

manifesto querer chegar

A cada divino com seu afago

Bará ao seu trago

Cônscio de todo o vasto

Atento aos meus embargos

Tirou-me do estado de pedra

Ayrá autorizou me buscar



Oxum me manha com brilho

Dando poesia ao caminhar

Ogum faz dos trilhos atalho

Ao lado de Ode e seu Arco

Iemanjá fez do colo um barco

um ninho de amor agitado

Temperado com dendê de Oyá

E o gosto de viver e amar.



SÉRGIO CUMINO – POETA DE AYRÁ


sexta-feira, 7 de julho de 2017

VINHO




VINHO

Na  malícia da uva
Ardiloso nos embarca
À viagem ao amor
O som que o brinde vibra
Em ondas do principio
Seja em taças de glamour;
improvisado copo;
ou tomando na garrafa.
Suavemente vem o rubor
E os olhos sorriem
Num “ a quero minha”
Um olhar que não se move
Ao encontrar o seu
Que brilha um me quer
Felino toque ilustrado
Com maresias de pensamentos
Sem insinuar, eu já topo
É o desejo dando bandeira
O que os silêncios
Acabam dizendo
Faz Sensual o movimento
Planamos em folha de parreira
Deitados no tapete mágico
E as fadas, arteiras
Excita até o cupido
Em ondas intermitentes
Trás vislumbres quentes
Os aromas exalam
Como a brisa na relva
Estímulos à libido
E as pernas falam
De sua luta do pudico
Contra assanhamento
Mas o erótico instinto
impera o cio da fera
 os medos calam
Declaram-se abatidos
O vinho nos faz atrevidos
saborear dos sentidos
Como doces cânticos
Tempo torna melodia
Impulsivo beijo roubado
Outros tantos trocados
Enquanto os calores sobem
As vestes caem
aos cantos desordenados
mescla a dama com a vadia
assim os desejos provados
pela bebida dos enamorados
para o embriagar romântico .

SERGIO CUMINO – POETA A FLOR E A PELE