LUZES DO DESTINO
Faceira, arteira,
Nos posta a caminhos,
Flechando o flerte
Nas férias da pretensão
cria laços, paços, e rastros
como cipós em fêmeas matas,
logros brados, ligas fortes
o abraço das belas pernas,
vontades loucas que me ouso
fragrâncias cálidas do meu sonho
subvertendo o inerte
e instantes de chamas eternas
torna suspiro em vapor,
e todo toque que lhe pouso
a louca motiva vibrações
Condutor constrói louvores
trilhos que leva, ao mito das montanhas
ao exotismo da chapada dos Guimarães
e embarco no balanço das hipóteses
brisando a Maria fumaça
até gorjear ao pé do brinco
sabe como ferver,
e dar vida, inspiração
e dar roda ao trilho
No trono dos Anciães
e deliciosa acolhida
como um banho d’alma,
tirando crostas, couraças,
amparos e todos aparos
descobertas e relatos
uma alquimia de luzes,
coragem para desnudar,
e enfrentar a si mesmo,
combustível de esperança,
de bem aventurança,
dos Oxes e das cruzes
tornamos bruxos e clérigos
álgebra é servir e amar
assim como se bastar
saber musicar a vida
abastar –se de suas rimas,
abata com sensualidade
que encante todas cismas
aquece, que nos pede
que é no querer que nos padece
E que sejam as palavras que te aquecem!
SÉRGIO CUMINO