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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

HENRI & A MENINA





HENRI & A MENINA

Encantado no palhaço Henri
Chapéu coco e nariz de látex
de mãos com a luz menina
Funde-se Pai, o amor e o ator.
Que em si pretende difundir
O Pai o filho e o espírito rirem
No diamante desse ser Humor
È pai , filha e o afeto
O legado no nosso laço
E que seja bem dado
Com brilho das lágrimas
Do choro de alegria
Como é bom
Reciclar-se em vida
E o melhor do meu viver
Esta em ser poeticamente
Na arte de ser ou não ser, eis a questão
E o acaso me leva
No remexer nos livros
Surge a pasta empoeirada
Histórias de paixão
Musica do melodrama
E a palavra abraçada ao coração
Assim multiplica essa ciranda
O toque da ancestralidade
Do nosso mito clown
E quando as  peripécias da vida
No passo a passo do embrutecer
Esquecemos de trazer do passado
O que veio para ser alado
O que tempera nossa paz
E se abre como portal
Além do bem e do mal
Quando vemos o amarelo
Reluz de paradigma
Da velha pasta
Que o tempo deu
Lá dentro do embaçado
Na imagem do meu sagrado
Signo do que somos
E sua  poesia revelada
Calmaria performática
De Sérgio & Carolina.

SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO SP 803.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

LACAIO CORPORATIVO





LACAIO CORPORATIVO

Lacaio  gatuno
Que intermédia destinos
Subordinado a cretinos
Supervisiona a zona
em vista seu bem querer
aval méritos clérigos
dos que mostra bunda
impõe seu brado,
sociologia do tédio
igualdade para barqueiro,
para conduzir ao seu fado
de uma liderança fatídica
não importa princípios
até seu ego é mascarado
Óleo queimado
 da engrenagem fatigada
na moral és assédio
Que tem como objeto
A gloria de seus estragos
Avareza dos sentimentos
Gestores da lida alheia
Retarda a vanguarda
Zíca corporativa nesse
Tribunal das incertezas
Só o que sente se justifica
Da ultima bolacha do pacote
É o tropeços com mediocridade
Cevada  sem filosofia
Declara  ao pasquim da vida
A contra luz, esse anti-herói
Cromado de boçalidade
Burlo das metas
Sujeitos nefastos
Sujeiras e lastros
E uma dama esdrúxula
Quem diria!
Ao passo da arrogante infâmia
Sentidos desconexos
Qualquer obra embarga
Vive a história como chagas
Sendo câncer de cada estrada
Lacaio da meritocracia


SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO SP 803

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

RECICLAR-SE


RECICLAR-SE


O clímax da Graça
Seja vela, estrela.
 Momento especial
Que venha por um surto
desse ventre ancestral
a ternura em  posição

como magia e fantasia
A vida é a bela
do lúdico carnaval
Ao buscar leituras de outrora
Na estante esta a história
e todos fragmentos

A lida deu ao tempo
que justifica esse elo
que me faço contar
Vai além das criações
Da inicio ao novo ato
A troca e o contato

Fazendo-o atemporal
E depois de tantos de:
 “se por ventura”
Veem amenizar a dor
Respondo sem clausura
Sem amassa o lenço

Há um encanto
Que tem que ser resgatado!
Encontro a  existência
de uma linha quebrada
Ciclo interrompido
De como amor  era conduzido
Nessa dança da sobrevida

SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

PARADA DE BREQUE



PARADA DE BREQUE

Nossa! Quantas paradas
Veem desorganizadas
Àquelas paralelas
Galeria de agoniadas
Da floresta concretada

A parada em movimento
Na penúltima parada
da linha Tucuruvi 
no passeio paralelo
no entorno do gafanhoto
tem assunto para lá de metro

E a alma acamada
No norte sem norte
De um acabar de tarde
Ao prelúdio da balada
E seu fluxo abalado
No colo do confinamento

Ao vento na praça
abatido sentado
Acentua  àquele banco
Com pomba infectada
indultos do pensamento

de uma  fé bastarda
Sob traços de concreto
Parece fumaça, faz facho
Desenhado por um jato
Para auto, papo reto
Do que foi essa jornada


Ora a vivo fomentado
Hora prado noutra pranto
Rola, e bola na parada
Samba que vai e  back
Ritmada na caixa
num compasso arranhado


som dos trilhos
passa pelo Brisado
chega a praça
nem tudo é fumaça
nasce samba chorado
numa cadência do tempo

Sobre o tempo quieto
Resgata magoas de outrora
Numa revista melódica
O urbano arquétipo
Da lembrança cantada
Na parada do breque

SÉRGIO CUMINO – OBSERVATÓRIO 803