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terça-feira, 31 de julho de 2012

ESPELHO DE LUZ

ESPELHO DE LUZ

A felicidade do coração
Tanto pulsa quanto arde
Recepciona o inesperado
O arrepio do suspiro
E agrega ao melhor servir
Pelo brilho da alma nua
Calar-se para não magoar
E sentir adversidade
Para aprender a nadar
Mesmo se houver limite
Tem que ter ação
Não fique triste
O que é esta por vir
Porque o ócio
Movimenta neurônios
Alia-se a filosofia
Como comadres
O diabo da cabeça vazia
Interaja com seus demônios
o horizonte sem dimensão
lá e Onde a coruja pia
Construo uma porta
Para oportunidade bater
Vou de pronto conferir
Quando seus olhos
Faz-me derreter
Pela menina amada
Esbaldar alegria
Magico espelho
E a reflete no mundo
Conectados pelo amor
Que se torna lindo
Na utopia dos sonhos
Inteligência das células
Numa valsa intimista
Sua luz um conselho
Que o corpo pode tudo
Contanto que seja rindo
Somos tudo, nada somos.
Somos o lago da Libélula
A mosca dragão artista
O branco e o vermelho
O torto e o prumo
O trançar das pernas
Somos deus e o anjo caído
O absurdo de sorrir dormindo.
É a vivencia de vontades eternas

SERGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ

domingo, 29 de julho de 2012

CREPÚSCULO DE CADA CICLO


CREPÚSCULO DE CADA CICLO

Cada ano em mim Ayrá
Dá-me ago. para eu falar
Ciclos lunares findos
O sentir em orbitas
Um ano que avança
Do reflorescer do ventre
A inteligência dos instintos
Emerge do mergulho
Vindo do oceano da alma
Útero da camarinha
Meu porto seguro
O barco de Obará,  
É preciso para navegar
Nessa rota sem rumo
Nada foi como os planos
Faz  da mente convés
Redige a carta magna
Que é ano de provação
O consenso do equilíbrio
Do respiro mundano
Ao encontro com a fé
Na antessala é o caos
Umbral  é o social
Da Simétrica da razão
Mira do  instinto
Em punho o Oxé
 Como  Bem quiser
 “viver não é preciso”
Esteja onde estiver
Entende  a estibordo?
Dialogo com que eu sinto
Esbornia e a gloria
O humano o mito
Como viver é engraçado
Hora existencial   sombrio
Hora Parsifal apaixonado
Não consigo ser mais comedido,
Com meu tesão multiplicado
Na  sedução de cada escrito
Quando vier a ser nublado
Não consigo ser convicto
Com as nuances de sentimentos
Dos rompantes dos acontecimentos
Quando pelos ficam arrepiados
Não há como ser incrédulo
Mesmo a virtual falta de chão
 Conciliatórios e mistérios
 Entre os ciclos lunar e solar,
Passo meus momentos a pensar
Em dissuadir o medo,
O criador de sacrilégios.
Com a prontidão e oportunidade
Hão de caminhar de mãos dadas
Junta as correlações infinitas
E o preceito das boas sinergias
É a trilha que melhor sorver
A magia do fogo de  Ayrá.

SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ

quarta-feira, 25 de julho de 2012

OXALÁ LEVANTOU A E FEZ ANCESTRAL

OXALÁ LEVANTOU A E FEZ ANCESTRAL

Oxalá se levantou para chamar
Avocou seu conselho
As trombetas do silêncio
 Na essência e respeito
 Dos seus elementos
Com a mítica do tempo
Rogou pela filha que
Guiou o mar,
Coreografou ondas
E as levou ao banho.
Das pedras de Xangô
Como ensinou a Yabá. 
E também a presenteou
Com filha e neta de Iemanjá
E a caçula já é mãe de Oxum
E seu vento de dendê
Para ninguém nos deter
Somos seus rebentos
Foi assim que nos criou
Com a glória ilustre
O signo do nome Guiomar
Agora tudo mudou
Olorum fará uso do calor
E da experiência que soprar
Quantas velas a navegar
Porque Oxalá se levantou
E a minha mãe convocou
É a hora da filha de Oyá
No dia Inhansã se pôs a dançar
Nessa noite que a lua sorriu
O inverno enganou os olhos
 Aqueceu os sentidos,
 E nos fez filhos queridos
E as netas e seus brilhos
No dia que nos fez chorar
Rogar seu descanso em paz
Foi desejo de todos os amigos
Vamos a dor abandonar
Somente ela, vai cessar.
Saudade não é dor
É a chama de o nosso amar.
Penetra a Ancestralidade
Transformação do pesar
Evolução pura e leve
Em vida um bambuzal
Inclinou e não quis quebrar
Espírito da mulher guerreira
Que sua prole vai acompanhar
E onde me abordar
Direi Benção filha de Oyá.
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ
 
Poesia em memória Guiomar Barba Silva (MINHA MÃE), falecida 23/07/2012

quinta-feira, 19 de julho de 2012

NORMAL SER SURREAL


NORMAL SER SURREAL

Sou um homem normal,

Com conflitos constantes

Crises e rompantes

Cinismo dos anos

Como qualquer mortal

Que respira o odor

Do abafado efeito estufa

Do ozônio desse sistema

Sujeira debaixo dos panos

Sou um homem que fedo

Como outro qualquer

Personalizo cada olfato

Cada pensamento

Merece o seu esterco

Os miolos que assamos

Delírios dos sonhos

Sente-se até o cheiro desleal

Como é peculiar de mim

Mesmo que não cheire nada bem

Sou um homem que vejo

Tento traduzir o olhar

O carinho do destino

E caminho com amor

Os mistérios distinguir

Aprender com oposto

Com universo ancestral

Que digam que seja assim

Pode ser que não

Às vezes me falta

Saber por aonde vamos

Sou suicidado em si

Sou o sacrilégio para o cardeal

Rei morto é rei fosco

Mas sou um servo de fé

Conflito esta no composto

De cor quente do amar

O cintilante da luz sol

Sou o alvejado destino

Aqui sou lá também é.

Hora pela a flecha de ode

Ou a caça do cupido

Pelas ondas do mar

Pela magia do Oxé

Eu serei o reflexo

Multiplicador da imagem

Atinja os corações tristes

Com essência do sorriso

Sou homem das Marias

A da Fé, Graça, Joana.

Intuição e seus avisos

Entrego-me ao silencio da Brisa

A pureza da utopia

Desse mundo surreal

SERGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ

domingo, 15 de julho de 2012

DIVINA RENDA INTIMA

DIVINA RENDA INTIMA
Rendo meu olhar contemplativo
O qual eu dedico o meu legado
Pelos contornos femininos
Arte que compõe do corpo
Ao secreto prazer desenhado
Instiga o olhar atrevido
Daquele que almeja encantar
Véus que cobrem a gruta
Foco do desejo calado
Abstratos embelezam o bojo
Absorta aos traços finos
Musicalidade ao rebolado
A torna cumplice do espelho
Rendas que adornam a fruta
Tramas que acendem o amar
Para ser linda não há receio
Tratado que sele
Junto aos cupidos alados
E assume o horizonte felino
Dando graça a conduta
Seu talento que difere
Abusa da forma de sonhar
Aspira ao que esquenta
Contrasta com a pele
Jeito de a mulher domar
Os corações apaixonados
Meu tributo a suas rendas
Que me inspira a namorar
SÉRGIO CUMINO

quarta-feira, 11 de julho de 2012

NOTAS QUE TE NOTA

NOTAS QUE TE NOTA

Jeito fascina-se pela candura
Dará sentido as cobiças
Põe poros a ansiarem
Faz da graça palanque da praça     
Do anseio aos meus sentidos
Sorriso que se abre brandura
Candura que torna fascínio
Ambiciona sinfônicos jeitos
Coral de células dessa sonata
Faz do sorriso, diva apaixonada
Traços doces laços românticos
Discursa em estado de graça
A ser fêmea sem purpurina
Ser musa de todas as rimas
Arrojos da simplicidade
Compõe eternos cânticos
Com sopro do olhar
Tempera a fauna com flora
Arte e toda sina. 
E o refino que vá embora
E vem jeito donzela.
Terra que germina encanto
Regada pelo mel do cio
Epopeia dos sonhos
Incendeia toda flora
E toda malicia da bela
E a magia de ser simples
A força ritual da fauna
Cria-se o desejo que somos
Rende-se ao poema avatar
Em todo gestual que aflora
Sobrepõe medo que apavora
E toda eloquência revia
Como mergulho no seu rio
Sem culpa, desculpas.
Ou auto sabotagem
Como uma luz, uma alma.
O brotar da aurora
Sua divina imagem
Ser a musica da poesia

SÉRGIO CUMINO