DILEMA SOB CHAPÉU
Passa pela pausa
Ponto na vastidão
E a causa da reflexão
Por um lampejo
Retira o chapéu
Olhar que brisa
Acalma os receios
Para suspiro dos ares
Refresca os neurônios
Fruto inspirado
Passa pela náusea
Quando a cabeça respira
Vagueia no lapso
Conteúdo dos sonhos
É o buraco negro
Desse pacato universo
Que por ímpeto
Abraçou o lápis
Pelo sentido entendido
Torna uma isca
Passa pela causa
Que busca no lago
Circula e arrisca
Por no papel
Com duvida no risco
Por em palavras
O que a mente embaralha
É a busca do cisto
Tentativa de dialogo
De si consigo
Passa pelo trauma
Providência e seu intuito
Do intuitivo arisco
Rebento do supremo
Ora promotor
Outrora seu réu
Embarque sem juízo
E o medo perverso
De Phatos e Ethos
Passa pela Várzea
Transborda estéreo
Da poesia sem margem
Devaneio ignora Logos
Engasgo análogo
E como desacato
Desordena relatos
Para dizer algo novo
Nesse paradigma velho
SÉRGIO CUMINO – PCD – POESIA COM DEFICIÊNCIA