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segunda-feira, 23 de abril de 2012

BRINDE NA FARIA

 BRINDE NA FARIA
Que noite na faria
Quem diria
O brinde pela vida
E os anos da querida
De frente aos pinheiros
Aos sons dos automóveis  
 buzinas dos motoqueiros
Sorrisos em batida de caixa
Mais algumas na faixa
Dezenas de loiras geladas
Para aquecer a noite
Chuchu com suco
Com a cara acamada
Irmão, Brothers, camarada
O júbilo e carinho se servem
Cada um na sua vez
 no nosso circulo armado
Deia bate radio para Hilário
E sua primeira Dama
Do metro desembarca a Helen
Ricardo tosando os atalhos
Para horizontes projetados
Iniciado o rito de alegria
E nutrir, iluminar e banhar
A loira celebrada
Stella deu folga as magoas
Chamamos nossas fadas
Pascoal é taça  completada
Ao lado da patroa amada
Despedimo-nos do rancor
Magda secretariando as aparas
Dos pães acebolados
Andreza dorme em  cotia
Ou na casa da tia?
Resta para mim
Rabiscos de palavras
Da Noite brindada
Sabatina da euforia
Na calçada da Faria
SÉRGIO CUMINO

sábado, 21 de abril de 2012

CAUSA DO MEDO ELEITO

CAUSA DO MEDO ELEITO
O que busca cria a causa
Seu lamento enruga o credo
E faz do gozo náusea
Amanhece sempre amarga
Alimentar obstáculos é efeito
Versão singular da queda
Convívio de tudo que assemelha
Fica em estado de pausa
E as boas vindas que se tarda
E seu desejo rarefeito
A distância do querer alarga
Pelas ondas de um mar morto
Veleja com aragens que roga
Maremotos nos sentimentos
Dos medos que tem elegido
Da intuição ouve ruídos
Um espiral sem rota
Em aguas de um vazio absorto
Não radia mais a pele
Seu destino você que interfere
Culpar o outro que prefere
Na natureza de sua canção
Desafina a vida melódica
Não respira seus rebentos
Por mais que sejam singelos
Inibe o canto do corpo
Navega sem emoção  
Com vontades dizimadas
Do cosmo ignora a logica
Vida escapa pelo vento
Sobre a tutela de um pecado
Que mal entende direito
Justifica o mau olhado
E a solidão da noite calada
Que faz da moral autoflagelo
E funesto tudo que pede
E o olhar cega-se ao universo
Assim crê jamais ser amada.
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ

sábado, 14 de abril de 2012

LUA NUA

LUA NUA
Você ascende meu sol,
Por saber ser lua.
E faz da caneta e papel;
 Marca do pé passeador.
Que vagueia em veredas
 Buscadas d alma
Caminha por noites
Compasso da destreza
 Entre guardiões da rua
Num samba de roda
Que filosofam meu profano
Na ternura da calma
Melódica palavra
Embebeda ardente e mel
Sopra o hálito do querer
Aquele que seca o lábio
pela boca hidratante  roga
Da sede tua nasce à nota
Trilha celebra o sol se por
a silhueta de suas formas
a gravidade nos aproxima
a ponto de respirar o outro
Em Seu céu minha língua
É o cometa errante,
Numa dança que acasala
O namoro e a prosa
Depois do radiante, o abajur.
Faz  luz a sua renda
Na bruma magica de ser
Da multiplicação do querer
Desvaira as normas
Entrego-me ao sorriso
E a sua pele que afaga
Das silabas tira o rubor
Pelo seu corpo deslizo
versos para desvanecer
As crases das linhas tortas
Para o desejo ser preciso
E florar a fêmea amada
Sérgio Cumino
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quarta-feira, 11 de abril de 2012

ATRAÇÃO

ATRAÇÃO
Quero ser a paz
Que a faz feminina
O amor da vontade louca
Ser o juízo perdido,
Que a diferença faz,
E tudo que provem
Ser a arte de sua sina,  
Na luz da presença
Protagonizo o que penso
minha vontade seu imã
Próxima sem resistência.
Dialética da sua consciência
Ser seu quero - quero
Que cutuca paradigmas
A voz que vem do além
O beija flor que leva
O pedido a estrela que caiu
nem vejo o tempo que levo
Para ser o devaneio etéreo
E no seu sonho de menina
Quero ser o toque viril
A inspiração que te acordou
A poesia do seu mistério
A oralidade de sua graça
O calor que assedia
Projeto-lhe fogo do desejo
Uma ponte que chama
Sensual divina dama
Boca, rendas e o fio.
Seu mel que embebeda
Uma Deusa, quem diria.
Sirvo-lhe o vinho na taça
De mim o melhor que sei
Declaro amor na praça
Como arauto servil
E a toalha que escorrega
desenha sua graça
Fortalece a essência da lei
E o magnetismo da atração
SÉRGIO CUMINO