ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

domingo, 27 de novembro de 2011

DIALOGO DOS SONOS CEDIDOS!


DIALOGO DOS SONOS CEDIDOS!
Nus adormecidos sob o lençol
Postos ao suspiro doce
Do suave vento leva
A fadiga que os trouxe
Colados aos desejos de casal
O sono dos apaixonados
Escuta-se malicia sonolência,
Aquela de dormir junto
Que bom que ache gostoso
Um sono sonhado e vivido
Deleitoso e apaixonado
EU TE AMO!
Letreiro dos assonados
Olho no olho é o portal
De todo bem querer
Em busca do melhor de si
Faz os pressentidos avante
Para agregar ao melhor a ti
Do melhor carinho a fazer
Em sua plenitude de estar
 E do maior prazer
O de entregar num pomar
Desperta a vontade de ser
  O lume do amor incontido
Semear sob a luz do ente
A mulher que floresce
Homem que amadurece
Na tradução do seu ver
Despede o estado carente
Dito pela voz, bem.
Pertinho do ouvido,
Fazendo de cada ar
Fervor de sentidos
Chamas que se vem
Pernas que se encontram
Em abraços de fogo
Respiração que se mistura
Um só suspiro, um só todo!
Assim nasce o trovador
Da poesia daquela alma
Cantando o amor
Em ritmos harmônicos
Ao som de uma valsa
Em compassos do hálito magico
Resgata a poesia fálica
A arte de degustar essência
Misturando os sabores numa só boca
Formando um só corpo, uma só alma.
Como flores de cores de lábios
A extasiar-se no mesmo jardim
Como profecia dos sábios
Fala do calor que excita
Da mesma louca forma
Que a alma acalma
 Nina e te faz mergulhar
No sonho louco e profundo
Para o abraço que acalenta
Afaga, acende o noturno.
 Achego do bem querer
Como se não quisesse
 Que jamais partisse
Metafisico mergulho
Biológico calor
Etéreo o amor
Forma intensa de entrega
Transportam-se do mundo
Onde quer que vá
Como Chaplin o vagamundo
Viram energia em essência
Numa ebulição cósmica
Sem tempo nem espaço
Rumo ao sol das vidas
Tornam mutuo vapor
Encanto da magia da agua
a faz molhada e ele  melado
Pela mina, amada e doce.
E os lençóis cumplices
Do liso ao amassado
E alagado de amor selado
Aclamado com sorrisos e prantos
Emoção da concha apaixonada
Voce Esta lindo, você é bela.
Dialogo dos formosos
Numa ilha de utópicos vividos
 Sem entrada para velho mundo
Com a paz dos panos brancos
Sobre a entrada da alvorada
Novos sonhos aos olhares cedidos
REGINA CAPO E SERGIO CUMINO
dueto de um piscologa e o poeta.
Regina Capo psicologa , espiritualista e segguidora do nosso blog.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PERMITA-ME SER!

PERMITA-ME SER!
Permita-me ser
o pensamento que clama
ser sua pura essência,
o destino de sua cabala
um arrepio que permanece,
Gozo e suas cadencias
um vinho que tenha corpo,
um corpo que tenha vinho,
para minha boca degustá-la
que deixa sua cabeça vaga,
ser o homem que te embriaga,
em orgasmos de reverencias
deitados em nuvens no céu,
ser o desejo que te rasga,
as casacas velhas e amargas,
ser o constante da alegria
e faça da sua nudez ninho,
um campo sem amarras
e o alimento nosso mel.
A magia revelada
Depois de muita estrada
Quero ser o tempo não vivido
O sonho desenterrado
Acalento da mente perturbada
Seu cavalo alado
A cor de suas pétalas
Ser seu medo gostoso
Calafrio sem hora marcada
O amor presunçoso
A ansiedade das vésperas
A esperança que te resta
A fome e a vontade de comer
A boca que tira seu batom
O desejo que seca seu lábio
A vontade e o calor que vier
O suspiro embargado de emoção
A quebra de seus hábitos
Deixar seu corpo em revolução
“O ser ou não ser”
E o subjetivo da questão
O sonho que te molha
A menta do seu hálito
Nas noites de solidão
A lua que te olha
Permita-me ser etéreo
Em seus desejos cálidos
SÉRGIO CUMINO
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sábado, 19 de novembro de 2011

ESPERO QUE ME ACEITE!

ESPERO QUE ME ACEITE!
Espero que me aceite
Sou o alimento da estrela guia
Que deveras sempre recente
O que fortifica novos laços
Sou a nova janela
Que da vista aos seus sonhos
Sou seu duplo
Complemento dos seus passos
Sua reflexão a capela
O tempero da sua vida
Adrenalina e o susto
O desejo e o obstáculo
A ponte da sua sina
É bom que me aceite
Mesmo afrontando a ilusão
Do que é seguro
Provoque a falha de calculo
O desafino da canção
Sou a fome e o alimento
Tempero e seu azeite
Sou seus gestos duros
Oposto do previsível
O caminho sem sacramento
O alarme que encoraja
O risco ao impossível
Vitória dos elos perdidos
Portal das intenções do destino
Porque subverto seu porto seguro
Na numerologia da vida sou numero primo
Seu menino e menina
Espero que aceite meu princípio ativo
Acima de qualquer juízo
Encontra-me nos dois lados do muro
Sou azedo e o doce do seu sabor
As ideias e a criação
Seu dente de siso
Complemento da totalidade intuitiva
Dialética dos pressupostos
O ponto de partida da ação
O coringa do jogo da vida
Possibilidades dos novos acertos
A força do grito da conquista
O alento do caminho! Sou seu erro!
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ

terça-feira, 15 de novembro de 2011

NOITE DE ALMA VAZIA

NOITE DE ALMA VAZIA
Nessa noite me senti vazia
No eco do pensamento
Nem minhas manias
De vestiduras morais
Preencheram o vácuo supremo
Com seus lacres de julgamento
Que a toda vida me entalo
Agora como agua de sarjeta
Vira canoa sem remo
Escorrem pelo ralo
Tudo por uma boca mundana
Que assume o meu sonhar
Subverte diretrizes outorgadas
Aí tornou insólita minha vida solida
E úmida minha vontade pudica
Uma rebeldia que se nega
A couraça da repulsa
Coro dilata minhas têmporas
E amolece minhas pernas
Nem sei se esses lábios
Por quem meus pensamentos duelam
Cantem desejos por mim
Que demônios são esses?
Que me atraem a essa boca vadia
Simples sonho o beijo toma forma
Aquece-me, me morna,
Com maestria meu medo esfria
Meu cálice transborda
A imagem da boca grita
Preencha sua vida vazia!
SÉRGIO CUMINO - POETA DE AYRÁ

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

DEPOIS DE AMADA

DEPOIS DE AMADA
 Tudo nela se transforma
Reverbera sonho de Hera
Leve com nuvens no céu
Pele vira pétala de flor

Ternura salta, entorna.
 A lembrança tempera
Olhar doce como mel
A alma canta com rubor

Se der um suspiro retorna
Revigorada a rotina que espera
Com pés no chão, cabeça ao léu.
Melódicas notas de humor

Não carregas mais a bigorna
Nem se esconde em cavernas
Seus passos flutuam com véus
Seja cá, acolá, onde for.

É a própria caixa de pandora
Secreta alegria interna
Que mal cabe num Tonel
Desfila pelo corredor

O que era foi-se embora
Nova mulher se revela
Subverte antigo cartel
Sem culpa e nem pudor

Para sentir o que aflora
Tem que ter um pouco dela
Ela o verso ele o papel
Amar é a arte do cuidador

Esse novo cio renova
Com abraço que sela.  
Como descida de rapel
Protagonista e o autor

Magia visceral a torna
Orvalho de primavera
O brilho dourado do anel
O espelho e o vapor
   
SÉRGIO CUMINO

sábado, 5 de novembro de 2011

AMANTES EM PLUMAS

AMANTES EM PLUMAS
Quando a magia se apura
Faz da sensibilidade fortuita
A loucura em passo a passo
O beijo do olhar flutua
Numa noite inteira. Toda sua!
Abraço terno, apaixonado.
Revela-se fêmea. Em suma
É docente e aluna
Ele seu servo, seu macho.
Cujas mãos tateiam suas curvas
Suores os deixam molhados
Levando-a devaneios em brumas
Embriaga-se em doces braços
Um sorver de essência, que te suga.
Doce loba geme assim como uiva
Entrega-se arqueada de quatro
Rolando em brancas plumas
Boca que molha suas dunas
Os lábios aguam-se em sua vulva
Entre as molduras do quarto
Descobre-se sua intensidade
De instintos encantados
Beijos em meio às espumas
Gemidos de insanidades
Sem culpa nenhuma
Submersos na agua, ele a laça.
E as pernas roçam juntas
E mamilos doces uvas
Burilados fazem o compasso
De sua entrega na noite felina
Entre suas ancas ele se encaixa
E seu diafragma pulsa
Longo brado da suplica nua
Ama-me! Coma-me! Possua-me!
Assim mulher amada acende
Com sabor do tempero melado.
SÉRGIO CUMINO