ESSE BLOG NÃO PERTENCE SÓ AO POETA, ELE É DE TODOS NÓS

terça-feira, 28 de setembro de 2010

FEROMÔNIO DA PALAVRA

FEROMÔNIO DA PALAVRA

Feromônio que me invade

Como sol que adentra o quarto

Raio macula a minha trindade

Destrona a falsidade divina

Desordena a discrição coletiva

Torna doce meu conjunto amargo

No calor plebeu que atina

A chama nova do âmago

Entorpece o desejo que afago

Esfumaça o medo que me retinha

Torna nobres os meus demônios

Feromônio que me invade

Desperta o poético no safado

Liberdade anárquica no humano

Como sol que aquece o plexo

Acalora o tesão e seus sinônimos

Faz da palavra chama acesa

A flecha de desejo cravado

E o sangue pulsa meu sexo

Tornando-nos uno pela química

Ao grito do silencioso estalo

Acorda da caverna o instinto

Feromônio que me invade

Entropia da ordem cívica

Discurso gemido sem nexo

Com suspiro que me calo

Harmônico uivo desafinado

Hidratado na quente gruta

Temperada com cada verso

Tributo da erótica mímica

Fascínio da primavera que se sele

Quando hormônios estão no ar

Faça as malas da tensão

Feromônio que me invade

O esquecimento da labuta

Vive-se a vontade intrínseca

Do Toque a flor da pele

Paradigmas em plena luta

Luz que banha cada víscera

Todas as estações o pólen

Pelos ventos são alçadas

Que conjugam o verbo amar

Chave encantada de cada tesão

É o feromônio das palavras.

SÉRGIO CUMINO

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

TRANÇANDO CACHOS


TRANÇANDO CACHOS

Na trança, quente que nos assanha

Com trama, bailada pela cama,

Laços a invade, com macho de cachos

Desejos absorvidos, suspiros, e pelos

Envolve-me, me chama seu cio, me consome

Engole-me em sua gruta... Num embalo, num porre

Os gemidos são musica como sussurros perdidos

Que grita pelo meu phalo, quando corpo levita

Invade mergulhos pedidos, para que perna me abrace

Fica tremula em pirofágicos gozos, nos pontos da fêmea

Fica louca, ternura amada, no beijo na boca

Deliciosamente safada, sem pudores pelo que sente

São suspiros nascidos desse poeta atrevido

Faço do desejo uma trilha, e dos corpos abraço

Prelúdio do calor interno há um chamado sutil

É a garra do querer, na caricia que a afaga

Dedo escorrega o fascínio, rompendo medos

Pincel que desenha o corpo com o incolor do mel

Faz da alvorada mistério e a noite sagrada

Roço menina, contorno sua sensualidade felina

E que meu corpo, fique sobre o deleito solto

Seu querer é partitura da melodia de ser

Meu amar é a sinfonia harmônica de estar,

Visto sua mascará e interpreto sua alma

Dialética dos quereres na grafia do seu sorriso

Deixe sua mão brilhar na nossa arte de se amar

Deixa seu gemido cantar, o orgasmo estampido

E sente como ele te dança para você eloqüente

Pulsa o amor de sua natureza em uma quente salsa

Mexendo sobre mim, seu o rio, a onda o vento

É o som do acalento, somada a oratória do silencio

É o conjunto dos desejos, que cria nosso mundo.

Sérgio Cumino


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

MEL

MEL

Quero seu mel,
Na coreografia dos seus desejos vividos,
Quero seu mel,
Na musica do seu gemido melódico,
Quero seu mel
Que mina do seu corpo querido
Quero seu mel
Como banho de minha alma,
Quero seu mel
Para amor ser nosso código
Quero seu mel
A criação de sua fauna
Quero seu mel,
Como benção de todo seu céu,
Quero seu mel
Que regue amor amado
Quero seu mel
Para sorver-te mulher
Quero seu mel
Por toda graça untada
Quero seu mel
Para arte dos corpos gozados
Quero seu mel
Como fonte do seu querer,
Quero seu mel
Numa úmida cavalgada
Quero seu mel,
Para o tempo esquecer,
Quero seu mel,
Que seu querer me mele,
Quero seu mel,
Para entrega do meu ser.
Quero seu mel
Na química da pele
Quero seu mel
Como ouro do amar
Quero seu mel,
Como seu amor terno,
Quero seu mel,
Pra meus sentidos vibrar.
Quero seu mel
Aquecendo nosso inverno
Quero seu mel
Para que de vida o meu caos,
Quero seu mel
Para nossos corpos assanhar
Quero seu mel
Além do bem e do mal
Quero seu mel
Onde os corpos se fundem
Quero seu mel
Como liga pra abraçar
Quero seu mel
Como gozo de plenitude
Quero seu mel
Para que não marque apenas o lençol.

Sérgio Cumino

terça-feira, 7 de setembro de 2010

JULIANA’S

JULIANA’S

Quantas vezes hei de suspirar seus dias

Inspiro-me na sua bela graça nascente

Anos que constroem passos de nossas filhas

Entrego-me a seu colo macio e poente


È o movimento da Juliana em mim

Simultaneidade de todos seus sentidos

Quantos dias formam seus jardins

Quantas noites serestas seus gemidos


São anos que passam em bemol

Melodiosa edifica meu amor

Escrita no movimento do girassol

Alimenta meus sonhos corpo e calor


Juliana’s de ti nasce formosa na Carolina

Nos seus passos, medos e jeito de olhar,

Na doçura, Juliana reluzente de mina

Solidárias preguiças da sua manha de ninar


 
Pra celebrar seus anos deixo para Camila

Nossa sapequinha a Julianinha caçula

chama a Mãe boba, linda, mamãe minha

Que pelo materno carinho lê-se até bula


 
Somos as flores que namoram seu sol

Sementes de um amor que germina

A Milinha agarradinha com a Carol

Nina nossas ninas com bela cantiga


 
São os botãozinhos que naninha deu

A cada sorriso é pique é pique

Toda hora é hora para um beijo seu

Por a mesa é diário pique nique


Parabéns pelos sonhos que sonhei

Que todas as datas sejam queridas

Juliana que fez o melhor que cheguei

Dona de um sorriso que cura feridas


Acompanha o sol em sua dança

O astro que a faz linda mulher

Com sorriso que te mostra criança

Sou entregue ao carinho que me der


 
Parabéns pelos anos de louvor

E por nós, que por ti cresce

Juliana que pulsa no trovador

Cantando o que lhe engrandece.


Salve Juliana sua data querida

E tantas lindas que estão por vir

Trinta e cinco de vida vivida

Quanto ao meu amor, só basta sentir.


Sérgio Cumino