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terça-feira, 31 de julho de 2018

GALDINO O COLIBRI



GALDINO O COLIBRI

Pai Galdino
Homem de todas as épocas
Serenidade de um sábio
Escolta os olhos
Determinados da esperança
Que entra nos corações
assim colibri colhe o néctar
Deixa sentido a quem  sente
Com um toque de arte
Que a vida o ensinou

Esse  Preto Velho
No mundo de maus caminhos
Onde as pernas o abandaram
Não impedem suas andanças
segue jornada dos sonhos
onde a roda da vida
não é oprimida
E seu Poti, encantado
girando leva ao caso
E todos seus canais

Seu Galdino danado
È que um dia foi senhor
Considerado Doutor
Hoje ele é Seu, meu de todos nós
Porque esse velho
atrevido e engajado
Um Negro rodado
Que abusa da expressão
Jamais espera sentado
E vice e versa

Sentado espera jamais
Conhecedor do descaso
Hasteia sua bandeira
Devidamente grafado
Deficiência não é vaso
esse seu legado
afaga seu povo
inspira o poeta
Assim ensina a todos
É que na vida, é professor

SÉRGIO CUMINO – Poesia Com Deficiência.