GALDINO O COLIBRI
Pai Galdino
Homem de todas as
épocas
Serenidade de um
sábio
Escolta os olhos
Determinados da
esperança
Que entra nos
corações
assim colibri
colhe o néctar
Deixa sentido a quem sente
Com um toque de arte
Que a vida o ensinou
Esse Preto Velho
No mundo de maus
caminhos
Onde as pernas o
abandaram
Não impedem suas
andanças
segue jornada dos
sonhos
onde a roda da vida
não é oprimida
E seu Poti, encantado
girando leva ao caso
E todos seus canais
Seu Galdino danado
È que um dia foi
senhor
Considerado Doutor
Hoje ele é Seu, meu
de todos nós
Porque esse velho
atrevido e engajado
Um Negro rodado
Que abusa da
expressão
Jamais espera sentado
E vice e versa
Sentado espera jamais
Conhecedor do descaso
Hasteia sua bandeira
Devidamente grafado
Deficiência não é vaso
esse seu legado
afaga seu povo
inspira o poeta
Assim ensina a todos
É que na vida, é
professor
SÉRGIO CUMINO –
Poesia Com Deficiência.