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quarta-feira, 2 de julho de 2025

RAÍZES NA EROSÃO

RAÍZES NA EROSÃO 

A mágoa não é água salubre 

Que nutri a terra que pôs os pés 

Não fertiliza, a razão estagna

 Reverso, o oposto ao desejo

Se quer o desafio do obstáculo 

Que daria sentido ao drama

É um parasita de tentáculos 

Que suborna a dialética 

Enfraquece a própria prece 

Torna moribundo o credo 

 folhas caem ao som lúgubre 

Das ventanias do pensamento

É compostagem de falsas retóricas 

Os estalos é o mais próximo 

Que os galhos chegam da Prosódia

Não há retratação 

A preposição uma ação patética

Vácuo doravante 

No retrato da natureza morta 

Talvez o luto da decepção 

O estado bruto da inércia

Niilismo e seus rompantes

não passa de adubo toxico

para alguma reflexão

 constatação sem controvérsia

E o amor apagado pelo rancor

A sorte é, o lamento ser legado

De uma opereta sem noção 

Torna o desejo procrastinado 

O sonho é tronco desidratado 

Quando a Árvore da vida 

Magoada perde o chão

Faz as raízes depressão.

SÉRGIO CUMINO 

O CATADOR DE RESENHAS