RAÍZES NA EROSÃO
A mágoa não é água salubre
Que nutri a terra que pôs os pés
Não fertiliza, a razão estagna
Reverso, o oposto ao desejo
Se quer o desafio do obstáculo
Que daria sentido ao drama
É um parasita de tentáculos
Que suborna a dialética
Enfraquece a própria prece
Torna moribundo o credo
folhas caem ao som lúgubre
Das ventanias do pensamento
É compostagem de falsas retóricas
Os estalos é o mais próximo
Que os galhos chegam da Prosódia
Não há retratação
A preposição uma ação patética
Vácuo doravante
No retrato da natureza morta
Talvez o luto da decepção
O estado bruto da inércia
Niilismo e seus rompantes
não passa de adubo toxico
para alguma reflexão
constatação sem controvérsia
E o amor apagado pelo rancor
A sorte é, o lamento ser legado
De uma opereta sem noção
Torna o desejo procrastinado
O sonho é tronco desidratado
Quando a Árvore da vida
Magoada perde o chão
Faz as raízes depressão.
SÉRGIO CUMINO
O CATADOR DE RESENHAS