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domingo, 26 de junho de 2011

POETA DA GAFIEIRA




POETA DA GAFIEIRA

O batuque nos fósforos

Retarda lá pelas tantas

A rítmica tropeça

Porque a vista alcança

Rebolado da Negra

O arrepio ouriça os ossos

A alma vira bossa sem pressa

E mistura poesia, desejo, dança.

A caneta é o garçom que empresta

Com fonte no querer vem à escrita

Feita no guardanapo sem elegância

dando sentido a cada suspiro

Romantismo do tempo da “estudantina’’

Escreve em versos e prosa

Seu andar é um teatro de revistas

O bailar dos seios do decote atrevido

Alegria que ilumina a mulher e menina

A graça da negra com suavidade da rosa

Nunca em tantas boemias tivera bela vista

Olha que a noite lhe reserva divinas histórias

Mas nunca remelexo fez dos sonhos, sentidos.

Batidas do coração viraram sinfonias

Guardanapo é o lençol da mulher fogosa

Que hoje enxuga a lagrima da memória

Passaram muitas luas de pandeiro batido

O boêmio não percorre mais pelos bares da vida

A musa o eterniza com sua poesia e relíquia.

SÉRGIO CUMINO




3 comentários:

  1. VC EXPRESSA PERFEITAMENTE A EMOÇÃO QUE NOS TRAZ A DANÇA, NOS LEVA A IMAGINAR A BELEZA ATRAVEZ DA EXPRSSÃO CORPORAL QUE A DANÇA DE GAFIEIRA TRAZ, TANTO DA MULHER QUANTO DO HOMEM, É UMA DANÇA REALMENTE MARAVILHOSA DE SE VER... PARABÉNS...
    LILIAN PINHEIRO

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  2. SERGIO ...ESTOU COMPLETAMENTE EMOCIONADA COM O QUE TU RETRATOU NESTÁ POESIA QUE É UM POUCO A HISTÓRIA DE MINHA VIDA ...OBRIGADA AMIGO QUE EM POCAS PALAVRAS QUE TE DISSE TU PODES EMBELEZA MEMÓRIAS QUE TINHA TÃO BEM GRADADAS EM MEU CORAÇÃO......MUITO ,MUITO OBRIGADA ... SANDRA

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  3. deve ter um dançarino escondido nessa alma de poeta aí...
    só quem dança entenderá porque eu digo isso!
    conseguiu transcrever aqui o charme e a malicia que a gafieira tem e com a qual seus dançarinos brindam a pista
    beijos sé...chica

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