SE AMAR É SERVIR ...
Quero ser o colo que você pede
O poema lindo que inspirou
A bênção que tira o temor
Causa do seu sorriso agraciado
Fazer parte dessa busca interior
Aprender a mulher que pulsa em si
Ser o traço que desenha sua fêmea
Quero partilhar descobertas
De coisas que nem você sabia.
Ser contraste de sua revolução
O guia a outras esferas
O ardil dos suores que te molham
Quero que pulse colada a mim,
A ponto de respirar seu olhar
Intuição de uma paixão quântica,
Que suspiramos na mesma sintonia
Sermos o silencio interno eloquente
Igual aos que pulsam nos meus sonhos
Protagonista do paraíso dos desejos
Ser o barra-vento que a surpreende
Louca debruçada sobre minhas mãos
Que cria toque, a palavra e o mel.
Ser a corredeira do seu rio
E toda nuance de uma paixão
Quero ser o lenço que enxuga a lágrima
E a temperatura que conforte a alma
Ser o olhar que a faz menina
Ser a ousadia do frio da espinha
independente do tempo, que nos separa,
Espaço, traquinas da sua sina.
Combustível da chama que te ilumina
Personifica-la nas deusas de minhas poesias
Mãos que a leva na vida do poema
Aquele que nasce sussurrado ao ouvido.
SERGIO CUMINO
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averá avanço social se não nos reencontrarmos com nossa individuação. A cultura judaico-cristã que prevalece na nossa sociedade brasileira tem como símbolo mitológico o Deus que representa a sociedade. Segundo Joseph Campbell “E quando se tiver uma mitologia que acentua um deus, e não uma deusa tem ai uma religião que acentua a sociedade sobre a natureza, Então com a queda a própria natureza é amaldiçoada”. Temos na história da humanidade formas de exterminar a natureza. Uma delas foi o genocídio de mulheres acusadas de feiticeiras, que foram levadas a fogueira em nome Deus, sobre o pretexto de manterem-se as ordens sociais. O que eram essas mulheres, se sacerdotisas de seitas celtas, que cultuavam sua espiritualidade junto com elementares da natureza e mais uma variedades de povos ditos pagãos, que viam na natureza formas de encontro com espírito.
que circulam no olorum, coabitam em nosso corpo. Essa é a idéia da mitologia básica que foi completamente eliminada da Bíblia desde o livro de Genesis, onde vemos isto: ”Tu que é feito do pó e ao pó retornaras”. A terra não é pó. A terra é mãe. Sendo assim olhe, para as mulheres que conhece, mas antes busquem na lembrança, todas as menções de sabedoria e vinham de nossas avós, sim essas velhinhas, quase na maioria analfabetas, mas detentoras de sabedorias, que nos indicam caminhos até hoje, isso é sinal que a sabedoria da natureza atua nessas amadas mulheres.
relação imediata. Quando for capaz de olhar uma nuvem com olhos que estão vendo pela primeira vez há então uma relação profunda, o fator mitológico primordial é o que Jung chama de coniunctio oppositorum, a conjunção dos opostos. Fundindo-se num belo equilíbrio entre si, uma dança. O prazer de um casal dançando é o do par de opostos numa relação harmoniosa. Façamos nossa vigília sempre e diariamente, para resgatarmos em nossos corpos à volta a natureza, a natureza feminina que ocorre naturalmente dentro da mulher. Assim nossas mulheres não precisarão fazer vigílias contra a violência sofrida por nós homem, e sim se encontrarem para celebrar a existência da Deusa.
