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domingo, 23 de dezembro de 2012

CONSTATAÇAO

 
CONSTATAÇAO

Ter você aqui,

Na extensão do meu braço

Sob a luz do luar

O eterno torna fato



Ter você aqui

O amor é o enfoque

O que nos faz sentir

A pintura do toque



Ter você aqui

Pairando sem gravidade

Ao lado das estrelas

Festejo de sua vaidade



Ter você aqui

Pelo céu de sua boca,

Recebo ar de sua cúpula

Deixo-a mole toda solta



Ter você aqui

com furor e sereno

no casulo nossa concha

faz desse mundo pequeno





Ter voce aqui

Murmuro a boca quiuza

De notas agidas sua sumula

Mais nada a deixa confusa



Ter você aqui

o mel escorre a face

Sussurro a deixa tonta

as pernas iniciam o enlace



Ter você aqui

Um sentimento tácito

De querer que afronta

Qualquer orgasmo classico



Ter você aqui,

Quanto ao pio da coruja

E a morte das conjecturas

Sob o feitiço da lua



Ter você aqui

Eu me despeço

De dogmas morais

Pela poesia do gesto



Ter você aqui

E o germe do amor

Em colos divinais

Semeando sua flor





Ter você aqui,

Tao próximo da boca

Sem forma e pressa

O beijo a deixa louca



Ter você aqui

Minha vontade é a sua

Meu corpo jangada

Da sua ousadia nua



SERGIO CUMINO

2 comentários:

  1. Bela poesia, me reportei ha um tempo atras...senti saudades

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  2. Ousado, o é ter voce aqui? Sentir nossos corpos colados, as bocas a se tocarem, mãos entrelaçadas, desejos ardentes, o susssuro que tonteia, ter nosso casulo como local para explorar todas essas sensações, tremor depois de tanta excitação? Tudo tem um único sentido, o outro como centro de suas vontades e bastando um toque para que aflore esse turbilhão de emoções. Faz realmente pensar no que "é ter voce aqui". Lindo, perfeito, maravilhoso, caro poeta.

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